Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

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Capítulo: 150

 Olá queridas, desculpem-me por não ter postado semana passada, e que eu estava viajandoe não dava para postar, apenas ler, o que eu pude no meu celular.

Mia estava sentada no sofá conversando com a Roberta, que chegara e lhe fazia companhia. Alma ajudou-me a enxergar a esperança. Sentei-me no sofá e trouxe Mia para o meu colo tencionando beijar-lhe o rosto. Ela percebeu a minha mudança de humor.

“Mia, você pode dormir na minha cama, ela é grande e confortável. Miguel, depois você troca os lençóis para ela.” Alma avisou e dirigiu-se à porta para sair.

Da onde Alma tirou essa idéia de Mia dormir na cama dela? Ela vai dormir no meu quarto e na minha cama!

 “Obrigada, Alma, pode deixar que eu durmo lá.” Mia respondeu.

 “Então, crianças, estou indo.” Alma se despediu e saiu.

 “Vamos comer alguma coisa e dormir, pois amanhã vou te levar em um lugar e tem que ser cedo.” Avisei.

 “Eu não quero dormir, vou passar a noite acordada com você. Pra que dormir se vamos ter que acordar? Melhor não dormir.” O bom humor era novamente externado em suas atitudes e ela beijou-me no rosto.

 Sorri e encostei-a no meu peito.

 “Mia... Não está preocupada com o seu pai não?”

 “Só um pouco, estou achando um milagre ele não ter ligado ainda.” Olhou distante.

 “O que quer comer?”

 “Acho que pizza, pode ser?”

 “Pode. Então vamos sair para eu te mostrar a cidade. Vou mostrar onde eu estudei e onde eu brincava. Vamos?” Propus e ela pareceu não se interessar.

 “Não estou a fim de sair não, a cidade aqui é meio fria e eu estou com preguiça de andar.”

“Credo Mia, você é muito sedentária, pior que perto de você eu fico igual. O tempo todo ficamos deitados. Vamos sair!? Vamos passear em alguma praça!?” Insisti.

 “Eu sei o que você quer, tá? Pode pedir algo que nós vamos comer aqui e depois pode deixar que eu vou dormir.” Impôs, saiu do meu colo, sentou no sofá e cruzou os braços.

 “Mas não são nem oito horas e você já quer dormir?” Perguntei surpreso.

 “Você disse agora a pouco que tínhamos que dormir cedo porque amanhã sairíamos cedo, então vou dormir!” Ela mudou novamente o humor.

 “O que foi Mia?! Por que essa mudança de atitude?” Perguntei boquiaberto.

Como uma pessoa oscila as ações assim?!

 “Eu sei que você quer me evitar! Já estou arrependida de ter ficado!” Ela disse com aparente frustração e birra manifesta. Rá! Fazendo tempestade em um copo d’água.

 Puxei-a e sentei-a em meu colo novamente, beijando sua boca calidamente por longos minutos. Afastei-a, quando senti seu ar faltar.

 “Mais calma?” Perguntei sorrindo enquanto ela suspirava.

 “Você tem que parar de questionar, só obedecer! Eu não quero sair, eu quero ficar deitada com você, curtindo segundo por segundo da nossa noite. Dá pra entender!?” Sorriu e me beijou de novo.

 Após comermos a pizza, organizei o resto e lavei as louças enquanto Mia procurava uma rádio no mini system.

 “Ai, ai! Não passa uma música que preste nas rádios daqui essa hora! Tem algum cd bom aqui?!” Mia estava meio impaciente.

 “Eu só tenho de músicas clássicas.”

 “Piano? Orquestra?” Perguntou fazendo careta.

 “Sim.” Respondi sorrindo.

 Com certeza ela me via como o seu oposto.

 “Ai, Miguel, eu quero rock, rap, pop, trance, agitação, qualquer coisa desse tipo!”

 “Eu tenho um cd que eu ganhei. É da Madonna. Não gostei muito não, você quer ouvir?”

 “O NOVO DA MADONNA?!? É lógico que eu quero ouvir!” Mia se portou com uma agitação desnecessária.

 

Busquei o cd e entreguei a ela, depois terminei de secar as louças. Ela estava enlouquecida com as músicas, lendo as letras no encarte e cantando alto.

 

“QUEM É SOPHIA?” Gritou, pois a música estava muito alta.

 Ela segurava o encarte nas mãos e com certeza tinha visto a dedicatória de aniversário no encarte. Abaixei o som.

 “A pessoa que me deu.”

 “Quem é ela? É do seu curso? Ela deu nesse último aniversário, né? O cd é lançamento...” Atropelou em perguntas.

 “Sim, é uma daquelas colegas do curso que você conheceu lá na casa do Tomas.” Respondi e continuei organizando a cozinha.

 “Mas você não passou seu aniversário lá!!” Ela queria prolongar a conversa com a sua curiosidade.

 “Ela me deu um mês antes. Por que tantas perguntas?”

 “Ela é aquela que estava na cozinha? A mais quieta de todas?” Continuou.

 “Sim.”

 “A mesma que te deu o perfume?! A que é a fim de você?!” Insistiu em perguntar.

 “Mia, qual o problema?”

Ela mudou o semblante, jogou o encarte na mesa bruscamente e foi ao carro pegar todas as suas coisas. Ela ficou estranha e distante repentinamente e não direcionou mais o olhar nos meus olhos. Depois foi para o quarto da Alma e fechou a porta.

 Não consegui entender a reação. Fiquei parado como estava, só observando. 

 Quando eu vou entender essa mulher? Uma reação inesperada. A cada dia que passa duvido mais da sua sanidade.

 Minutos depois ela tomou banho e encostou a porta do quarto. Eu terminei de arrumar a cozinha, depois tomei um banho, vesti um short e fui ao quarto dela vê-la e dar boa noite. Sentei na cama para observá-la, ela estava coberta da cabeça aos pés.

 “Mia...” Ela não respondeu. “O que aconteceu?”

 Ela continuou deitada e coberta.

“Miguel, eu tenho uma coisa para te confessar... Eu menti para você e não desejo mentir mais... Você ontem disse que sabia que eu tinha mentido para você e mandou-me pensar e te falar... Então eu vou logo confessar.”

 “Tudo bem.”

 Sentou-se e não se descobriu do lençol.

 “Por que eu não posso comprar coisas pra você?! Por que a sua amiga da capital pode te dar presentes e eu não?! Ela é mais importante do que eu?!” Ela estava muito chateada.

 “Eu aceitei um presente seu, inclusive estou lendo e gostando.”

 “Não foi um presente só meu!!” Alterou o tom. “Eu nem acredito que nós vamos ter essa conversa novamente. Poxa! eu compro com carinho, você devia ter mais consideração por mim...” Ela estava triste.

 Aproximei-me dela e tentei trazê-la para mim.

 “É desproporcional, Mia, o que eu posso te dar perto do que você comprou pra mim? Aqueles óculos são um Ray-Ban, o relógio Adidas original, o perfume Pólo, tudo é muito caro! Isso é desproporcional. Chega a ser constrangedor.” Expliquei tentando amenizar o motivo da minha rejeição.

 “Você já pensou que o que é caro para você, pode não ser para mim? Tudo bem, então encare assim, é um investimento, um empréstimo, um dia, se ainda estivermos juntos, você me dá algo proporcional, me enche de ouro se você quiser assim... Mas, por favor, aceite...”

 “Mia, não...”

 “Miguel, eu já comprei, você devia usar se tem consideração por mim, você gosta de me ver infeliz?” Ela me torturava quando agia assim.

 “É lógico que não.”

 “Pois você me deixa muito infeliz com as suas preferências pelos presentes de sua amiga e rejeição aos meus. É tudo presente! Vai ver ela não é uma simples colega de classe... Tenho sérias suspeitas... Já que dela você já aceitou dois e de mim NADA!!”

 “Mia, quieta... Eu não tenho nada com ela.” Passei os dedos no seu rosto tentando acalmar o surto de tensão desnecessária.

 “EU NÃO IMPORTO QUE VOCÊ TENHA ALGUMA COISA COM ELA! SÓ QUE VOCÊ GOSTA MAIS DELA DO QUE DE MIM!!” Alterou o tom de voz.

 

Eu não acreditava que ela está irritada com isso, fazendo comparações entre sentimentos por causa de presentes!

 “Eu não gosto dela, pare com isso!”

 “NAO PARECE!!”

 Ela deitou, emburrada, embrulhou-se e ficou calada.

 

“Tudo bem eu uso os seus presentes.” Disse contrariado.

 

“Então passe agora o perfume que eu te dei!” Ela exigiu, sorriu manhosa e sentou. Eu não consegui lhe dizer não.

 

Fui ao meu quarto, abri a embalagem do perfume e borrifei em todo o meu corpo. Sentia-me um dominado, não tinha mais desejos próprios.

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