Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Ele fitava longe.

 “E você e o filho dela? Já se decidiram?”

 “Pai, não tem o que decidir. Eu não vou esperá-lo mais, pode despreocupar-se.”

 “Mas você gosta dele.” Era uma afirmação preocupada.

 “Isso é algo que eu não consigo mudar. Mas dá para conviver.”

 “Você estava triste quando entrou aqui por causa dele?”

 Ele pareceu interessado realmente em conversar.

 “Pai... Ele não é uma pessoa má. Ele gosta de mim, só que ele tem que ir sempre.”

 “Então vocês vão parar de se ver de vez.” Pareceu aliviado com sua afirmação.

 “Acredito que sim...”

 O brilho da realidade bateu em meu rosto e eu deixei-me abater novamente. Eu prometi não deixar isso me magoar tanto assim, mas estava muito recente e enquanto a vida não voltasse ao normal, eu não teria forças completas para lutar.

 Ele percebeu minha mudança repentina e me abraçou.

 “Vou ficar aqui com você, pai...” Deitei encolhida na cama dele. Nada melhor que a caminha do papai...

 Acordei na cama do Franco, mas ele não estava mais no quarto. Senti-me renovada com mais um amanhecer. Com certeza ainda tinha alguma loja aberta para comprar alguma roupa para a festa, então me arrumei e desci.

 “Lupita, Santos e Alma, vamos os três ao centro comprar roupas para hoje à noite!” Avisei, empolgada.

 “Eu não vou ficar, Mia, tenho que dar atenção aos meus outros filhos.” Alma disse e beijou Santos.

 “Então vamos pelo menos ao centro almoçar e me ajudar a escolher algo para mim. Santos você tem terno? É obrigatório o uso de terno lá.”

 “Tenho não... Que saco! Tem que ir igual pingüim?”

 “Seria pingüim se fosse smoking, mas é só terno, bobinho. E vamos que você vai ficar muito gatinho de terno. ADORO homem de terno, igual o meu pai gatão.” Eu estava com o humor a mil.

Caminhei elétrica, de loja em loja, decidindo o que ia usar. Tinha que decidir logo por que as lojas fechariam às duas da tarde.

 Enfim decidi.

 Era um conjunto branco de um pano fininho. A blusa branca frente única de babados e quase curta na barriga, e a saia de babados, um palmo acima do joelho, com alguns detalhes prateados nas pontas dos babados.

 Tudo pronto.

 Chegamos em casa, nos despedimos da Alma e ela foi embora. Passamos a tarde nos arrumando, Lupita ajudou-me a pintar e fazer cachos nos cabelos. Na nossa casa estávamos todos animados, as festas nesse clube eram muito boas.

 Dez e meia.

 Decidimos ir somente no carro do Diego e da Vick, era Réveillon e se alguém excedesse em bebida, traria o outro para casa. A festa estava bombando, a decoração era perfeita, tinha muita comida e muita gente bonita reunida. Resolvemos ficar no ambiente de música quente, havia dois ambientes; músicas românticas, outra de ritmos quentes. Estávamos muito animados, e o ambiente de músicas agitadas nos chamou a atenção. 

 “Só tem dois homens e três mulheres, vamos ter que revezar.” Diego avisou.

 “Tudo bem, enquanto vocês dançam vou buscar algo para bebermos.” Avisei e saí.

 Lupita dançava com Santos e Diego com Vick.

 Dei a volta no clube para observar. Meu pai se encontrava em uma rodinha de amigos, tinha uma moça muito bonita perto dele. Será que meu pai não aprendeu!? Pensei.

 Passei por uns rapazes e eles não tiraram os olhos de mim. Fazia um tempo que eu não observava alguém querendo flertar comigo. Talvez só enxerguemos o queremos ver, e eu estava querendo elevar a minha auto-estima. Voltei para a pista de dança para esperar os meninos dançarem com as minhas irmãs. O ritmo que tocava só permitia dançar acompanhado.

 “Oi. Quer dançar?” Um dos rapazes que me encararam quando passei se aproximou e perguntou.

 Eu sorri. Hoje eu estou legal, eu posso me dá a oportunidade de conhecer novas pessoas.- Pensei

 “Mas eu nem te conheço.” Disse descontraindo.

 “Teo Palacios. Qual o seu nome?” Ele era bem gatinho, um jeitinho de Super-Man.

 “Mia, Mia Colucci.”

“Filha do Sr. Colucci?”

 “Sim.”

 “Mia, você é muito bela.”

 Sorri.

 “Essa é velha.” Eu estava descontraída e ele era legal, forçou um pouco, mas era legal.

 “Então dança comigo?”

 “Eu danço muito bem, você tem um minuto para mostrar que sabe dançar se não eu te deixo na pista.” Me diverti e ele sorriu.

 “Tudo bem, eu aceito o desafio.”

 Ele segurou-me firmemente na cintura e rodou comigo pelo salão. Ele dançava bem, eu sorria enquanto dançava. Definitivamente não tinha nada melhor nesse mundo do que música e dança. A dança estava nos aproximando, mas eu sentia algo ruim em dançar com ele, ele me puxava de um jeito estranho, e quando passávamos perto dos seus amigos ele lançava um olhar convencido... Como se eu fosse um troféu.

 “Está acompanhada?”

 “Com minha família.” Respondi.

 “Vamos lá fora?” Convidou com olhar sugestivo.

 Ele estava aproximando do meu rosto de um jeito anormal, rápido demais. Eu não era acostumada com aquilo. Eu podia até continuar tentando esquecer Miguel, mas deixar que as coisas acontecessem rápido assim, não estava dando certo. E ir lá fora definitivamente estava fora de questão, com certeza ele ia querer ficar comigo e eu não estava preparada ainda.

Vi que Geovanni chegou e, embora eu odiasse fugir assim das pessoas, eu tinha que inventar uma desculpa e sair dali. Eu podia até pegar o fone dele e quando eu estivesse melhor ligar, mas hoje e agora não ia rolar.

 “Eu tenho que ir, meu namorado chegou.” Avisei e o soltei.

 “Me dá seu telefone.” Pegou na minha mão me impedindo de sair.

 “Tudo bem, anota.” Dei o número e fui ao encontro do Geovanni. Estava com saudade do meu amigo.

“Está tão linda!” Geovanni me deu um abraço que me levantou do chão.

 “Você também ficou perfeito de terno, dá até um caldinho.” Sorrimos. “Eu estava esperando meu parceiro para dançar!” Disse sorrindo.

 “Então, não está mais.” Direcionamo-nos à pista.

 Dançamos salsa, mambo. Ele me jogava de um lado para o outro, e eu sorria. Estava livre e feliz com minha família e meu amigo. Definitivamente eu vou conseguir, eu não vou mais sofrer.

 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...

 FELIZ ANO NOVO!!!

 Todos nos abraçamos.

 “Por que está assim?” Perguntei quando vi o semblante do Santos.

 “Nada, estou sentindo falta da minha família.” O humor do garoto estava caído.

 “Qual é, Santos! Você viu sua mãe hoje! Vamos nos divertir.” O abracei e peguei champanhe que estava sendo distribuído pelos garçons.

 Hum... docinho.

 O estilo de música mudou e agora começaram a tocar Beyoncê, Rihanna... Agora dançaríamos de turma, assim era muito bom, nos divertiríamos em grupo. Santos ficou mais animadinho depois da virada. Eu ia beber todas as taças de champanhe que passassem perto de mim, estava com calor e aquele líquido docinho estava muito bom.