Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

20h30

Chegamos cedo à festa. Os donos da festa deviam receber todos os convidados.

Só tinha chegado o pessoal do cerimonial e uma moça com dois adolescentes,
conhecida do papai. Ele me apresentou, era uma mulher muito bonita, tinha uns
trinta anos eu acho, mas já tinha filhos adolescentes.

Não achei estranha, minha mãe também era assim.

Era Alma o nome da conhecida do papai e seus dois filhos Roberta e Santos.

A menina devia ter uns quinze anos e ele uns treze. Muito bonitos os
filhos dela, não pude deixar de reparar.

A menina tinha um corpão invejável e olhos verdes. O menino parecia um
anjinho, tinha os olhos bem familiar, castanhos cor de mel, lindos.

Já devia tê-lo visto em algum lugar.

Os cumprimentei, saí e aproveitei para dar uma volta.

O salão estava lindo parecia um castelo.

Eu nunca fui muito ligada nessa ostentação. Mas meu pai fazia questão de
festas assim, que saíssem em revistas e tudo mais.

Então, já que ele estava feliz, eu só queria aproveitar.

A piscina estava cheia de luzes, com a cascata ligada. Tudo perfeito.

Andava na parte externa do salão, observando a decoração, enquanto o tempo
passava, quando vi um rapaz encostado em uma árvore.

Logo o reconheci.

“Miguel! É você?” Surpresa, me aproximei.

“Oi, Mia.” Ele parecia querer se esconder.

“Com quem você veio? Você faz parte do cerimonial?”

“Minha mãe foi obrigada a vir, esqueceu? Ela é funcionária e então, teve que
vir.” Respondeu sem sorrir, passando a mão no cabelo.

“Por que você veio? VOCÊ não era obrigado a vir se não queria!” Eu já estava
ficando triste no meu aniversário. Os olhos dele também estavam tristes.

“Por que ela está com um problema no braço e não está podendo dirigir.”

“E o que você estaria fazendo em casa??” Acusei impulsivamente.

“Com certeza coisas muito mais interessantes do que ficar vendo os ricos
esbanjarem poder, jogando dinheiro fora. Poderia, por exemplo, estar lendo
e estudando para ter um futuro onde minha família não precise ser obrigada
a ir à festa de riquinhos para agradar os patrões.” Disse em tom de
repulsa.

Abaixei a cabeça, com a garganta cortada. Estava ofendida. 

Olhei firmemente em seus olhos e sussurrei.

“Você não conhece a gente para falar assim de nós. Meu pai NÃO é um riquinho
esbanjador, e nós somos uma família, toda família faz festa de suas filhas
de quinze anos.” Não agüentaria ouvir ninguém falar assim do meu pai. Ele
é tudo na nossa casa, mesmo tendo pouco tempo em casa, nos criou com dignidade,
com amor e dos ensinou a amarmos uns aos outros. “Você não devia falar de quem
você não conhece!!” Virei e ameacei sair.

“Eu conheço pessoas como vocês.” Falou com escárnio.

Saí de lá correndo para o banheiro.

Que menino insuportável!

Como uma pessoa podia ser tão implicante e amargo assim?