Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Seja bem vinda San..espero que goste..e deixa o Geovanni vivo pois ele ainda vai ter o que realmente lhe merece.ta?!

No dia seguinte, acordei umas duas da tarde. Zonza de cansada.

Todos estavam acordados e esparramados pelo sofá.

Meu pai estava sentado em uma poltrona na varanda, lendo o jornal.

“Bom dia.” Lhe dei um beijo e sentei em seu colo. ”O que achou da
festa, papi?”

“Linda, perfeita e emocionante.”

“Cadê a mamãe? Ela não quis ficar aqui em casa?”

“Não. Ela veio com um namorado e preferiu ficar no hotel. Ah, vocês vão sair
com ela hoje à noite, ok? Ela tem que ir embora amanhã.”

“Tudo bem.”

Sentei em uma cadeira perto dele e perguntei uma coisa que estava me
deixando curiosa.

“Pai quem era aquela mulher que o senhor apresentou ontem no começo da
festa, a Alma, eu sei que ela é sua funcionária, mas você conhece ela de onde?

Diego que assistia TV, olhou para mim com indignação. Ele sabia o que eu
queria saber.

“Somos amigos de infância, é uma longa história.” Papai respondeu
aparentemente sem vontade de continuar.

“Eu quero ouvir.”

“Vou resumir. Tive uma paquera com ela quando éramos adolescentes, depois
brigamos e cada um de nós ficou com um amigo do grupo para provocar um ao
outro. Éramos muito crianças. Eu fiquei com sua mãe e ela com o Roberto. Mas aí
comecei a namorar sério com a sua mãe e ela com o Roberto. Meses depois ela e sua
mãe engravidaram. Quase na mesma época, ainda no ginásio, com
apenas dezesseis anos.”

“Mas você gostava dela quando ficaram?” Estava curiosa com essa história.

“Ah, Mia, era coisa de adolescente.” Ele queria cortar o assunto.

“E depois, como ela veio trabalhar na sua empresa?” Insisti.

 Diego levantou aparentemente irritado com o meu interrogatório.

 “Olha só, as duas eram da mesma sala e estavam grávidas. Isso fez com
que elas ficassem muito amigas. Estavam passando pelas mesmas coisas. A
diferença era que Roberto era pobre e não gostava de estudar. Mesmo assim, ela
casou com ele. Quando elas engravidaram eu estava indo para a faculdade na
Califórnia e meu pai comprou uma casa lá para gente. Sua mãe só foi quando a Vick
estava com dois meses. Um ano depois que o filho de Alma nasceu, ela ganhou uma
bolsa na Califórnia e pediu para Marina para ficar na nossa casa, porque ela
não tinha como pagar estadia. Nós aceitamos. Não custava nada, e ela era amiga
de sua mãe. Ela vinha mensalmente ver o filho que ficou com a avó, e sempre
vinha passar as férias com o filho e o Roberto.

“Dois anos depois, sua mãe já tinha o Diego e estava grávida de você. Aí Alma
engravidou de novo, trancou um semestre e teve o bebê em casa. Assim que
passaram os meses ela voltou. Ela era muito batalhadora. Trabalhava em uma
lanchonete para mandar o dinheiro para os filhos. Era muito difícil para ela. Roberto
não ajudava com dinheiro, vivia com mulheres e só queria saber de jogo e
bebida. Então ela se separou dele.

“Sua mãe nessa época fazia artes - dança - e queria muito sair viajando com
a companhia da faculdade. Estávamos infelizes e ela queria ir embora. Eu pedi
para o meu pai comprar um apartamento para ela, e a Alma foi morar com ela até
terminar a faculdade.

“Mesmo assim eu não perdi o contato com a Alma, porque ela fazia Jornalismo
também, e eu estava cinco semestres a frente dela. Então ela sempre me pedia
livros ou alguma ajuda com a matéria.

“Depois me formei e assumi as empresas do meu pai, perdendo assim o contato
com ela por anos.

“Só há uns cinco anos atrás que ela me ligou me pedindo emprego, aí eu a
coloquei no escritório de Monterrey como assistente, era a vaga que tinha.

“Depois a Sra. Susan se aposentou e como Alma é muito competente, deixei o
escritório de Monterrey nas mãos dela. Ela faz um excelente trabalho. Só é ruim
porque ela não tem muito tempo para os filhos. Assim como eu, ela tem que
viajar e ir às reuniões.

É complicado para ela, mas ela tem se saído muito bem. Sabe que só ontem
descobri que ela teve mais um filho?!” Disse pensando longe. “Ela deve ter
continuado se encontrando com Roberto.”

“Interessante essa história pai.” Que mundo pequeno - pensei.

“Porque o interesse por ela Mia?”

“Achei ela bonita.” Respondi sugestivamente.

“Ai Mia, esquece, ela é funcionária.” Disse com um pouco de desprezo, mas
tinha algo escondido em sua resposta.

“Uai, pai, que preconceito é esse? Você já teve até romance com ela!!”

“Não é preconceito Mia. Existem coisas que não dá para misturar, são mundos
diferentes, vidas diferentes. Somos adultos agora. Tudo mudou. Ela é... Não
sei, funcionário é funcionário!”

Quando olhei para o Diego ele estava sorrindo, como se tivesse gostado de
algo no fim da conversa.

Diego se aproximou sorrindo e disse:

“Pai, depois vou contar um episódio para o senhor.”

Olhei para ele com olhar ameaçador. Voltei para o quarto. Fiquei pensando na
história que meu pai contou. Pensei na noite anterior. Queria que Miguel
não ficasse com aquela imagem de mim. Passei horas pensando nos nossos beijos. Senti
uma dor cortando o peito...