Fanfics Brasil - A primeira despedida Entre o Amor e o Poder....MyM...

Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...


Capítulo: A primeira despedida

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O dia passou rápido. Ao fim do dia só me restava dormir e esperar.


 


Acordei com o despertador tocando. Tomei um banho, vesti o roupão e fui ao
quarto do Santos.


“Santos, se arruma que nós vamos sair.” Sussurrei, pegando em seu cabelo.


 


Ele estava sonolento.


 


“Pra onde, Mia?”


 


“Para um parque aqui perto.”


 


“Não vou, estou com sono.” Disse bocejando e se virando de costas para mim.


 


“Vamos, Santos, levanta!!” Baguncei o cabelo dele.


 


“Só se você me beijar.” Fez biquinho.


 


Revirei os olhos.


 


“Vamos! seu irmão vai te encontrar lá, ele veio se despedir.”


 


“Ah! Você prefere ele, né? Ele é bicha Mia, nem adianta.” Embrulhou a
cabeça.


 


“Santos, quinze minutos para você. Põe um boné e passa esse protetor
solar.”
Coloquei o protetor na cabeceira e levantei da cama.


 


“Meu Deus! Todo mundo quer mandar em mim!!!” Resmungou.


 


Voltei para o meu quarto, me arrumei e passei bastante perfume.


 


Coloquei um short bege, uma camiseta e um tênis.


 


Eu sabia que precisava avisar alguém para onde estava indo, então fui ao
quarto do Diego e avisei.


 


“Pra onde??!!” Resmungou sonolento, levantando um pouco a cabeça.


“Levar o Santos no parque.”


“Pra que?” Esfregou os olhos.


“Passear, jogar.” Respondi, como se fosse o óbvio.


“Não mente, te conheço, você tá nervosa.” Ele deitou de bruços.


 


Respirei fundo. Eu odiava mentir.


 


“O irmão dele vem vê-lo.” Me entreguei.


 


Ele abriu os olhos, espantado.


 


“E você vai lá atrás dele?!” Perguntou indignado.


“Não. Vou levar o Santos.” Prendi o sorriso.


“Olha, eu não vou falar de novo para você se valorizar. Também não vou falar
de novo que ele não é para você. Se você quer ir...”
Deixou um tom de ameaça no
ar.


 


Coloquei a cabeça nas costas dele, de um jeito muito chantagista.


 


“Por favor, não conta para o meu pai!” Supliquei.


“Só se ele não perguntar.”


“Diego, eu sempre amei você. Você já foi meu amigo.” Disse manhosa e o
abracei.


“Eu me preocupo com você, Mia.” Amoleceu, passando a mão no meu cabelo.


“Eu estou bem. E a gente é só amigo. Não temos nada.”


“Ah, é? E aquele amasso na sua festa?”


“Foi só um feliz aniversário.” Disse cinicamente. Cara de pau era elogio
para o que eu era naquela hora.


 


Levantei para sair antes que ele falasse mais alguma coisa.


 


“Tchau, te amo!!” Saí sorrindo.


 


Meu irmão no fundo era muito fácil de ser convencido.


 


Preparei uma mochila com duas esteiras dobráveis, protetor solar, toalha,
água, frutas e biscoitos.


 


Santos desceu com uma bola na mão.


 


“Você não vai jogar no sol.” Avisei lembrando os cuidados os quais ele
precisa.


“Tudo bem, Mia!”


“Então vamos.” Saímos de casa.


 


O parque ficava distante da minha casa uns quinze minutos a pé.


 


No caminho o pentelho não parou de me perturbar um minuto.


 


“Mia sabia que todas as meninas dizem que eu beijo bem?”


“Ah é? Bom para você.” Sorri.


“Eu posso beijar você, se você quiser.” Abraçou meu pescoço e fez biquinho
de novo.


“Sai fora seu maníaco!” O empurrei sorrindo. “Tô vendo que hoje vou morrer
de rir.”


 


Ele parou, colocou a mão no queixo e olhou para as minhas pernas.


 


“Você até que dá um caldo. Dá uma voltinha aí!”


 


Dei um tapa em sua cabeça dele e saí correndo atrás dele para bater.


 


Ele abraçou o meu pescoço e voltamos a caminhar.


 


“Fala para mim, Mia, você é a fim do meu irmão, não é?” Perguntou sério.


“Não, só estamos tentando ser amigos.” Respondi sem alterar os tom.


“Eu não sou bobo, já presenciei duas cenas suas com ele, uma no
estacionamento no dia do seu aniversário e outra no dia que você foi me buscar.
O modo como vocês brigam, parece cena de novela mexicana. Qualquer otário
percebe que você é a fim dele.”


“Não é isso, Santos.”


“Continua negando!!”


 


É duro negar a verdade.


Me apaixonei por aqueles olhos desde o dia em que os vi pela primeira vez.


 


Chegamos no parque e faltavam quinze minutos para as nove.


 


Era segunda-feira então o parque estava vazio.


 


Tinha alguns meninos jogando bola na quadra coberta.


 


Logo o Santos se enturmou.


 


Estiquei a esteira no chão, embaixo de uma árvore, e deitei fitando o céu.


 


De repente vejo Santos saindo em direção ao estacionamento e o segui com os
olhos.


Era uma visão.


Lembrei do menino que eu vi a primeira vez no jardim que parecia um anjinho.


Cada ano que se passou, ele ficou mais lindo.


Ele agora parecia um deus grego e sorria enquanto forçava um abraço no
irmão.


 


Aparentemente ele estava feliz, isso o deixava mais lindo ainda.


Vestia uma bermuda bege, uma camiseta branca e um tênis. Igual a mim.
Coincidência ou ligação de pensamentos?


 


Não consegui desviar os olhos.


 


Ele sorriu para mim e caminhou em minha direção.


 


“Oi, Mia.”


“Oi.”


“Obrigado por ter trago o meu irmão.”


 


Pensei antes de responder.


 


“Não foi de graça.” Sorri torcendo que ele tenha percebido a indireta. “Além
disso, estou curtindo o parque.”
Voltei a deitar com a toalha em minha cabeça
olhando para o céu. Cruzei as pernas no ar, despreocupada, enquanto eles
conversavam.


 


Eles sentaram embaixo da árvore que eu estava, e conversaram por um longo
tempo.


 


“Como está o tratamento?” Miguel.


 


“Fiz algumas consultas, alguns exames, mas o resultado não saiu ainda. De
qualquer maneira me mandaram para o nutricionista, hematologista, um monte de
`ista` aí.”


 


“Como os Coluccis estão te tratando?” Se virou em minha direção, olhando de
canto, enquanto abraçava as pernas. Fingi que não ouvi.


 


“Eles são muito legais, todos. Até o grandão. Lá na casa deles eu fico
ocupado o dia todo, não me deixam sozinho um minuto. Tô até fazendo aula de
bateria com o Geovanni, aquele que cantou uma música para Mia no aniversario
dela, lembra?”


 


Miguel sorriu e olhou novamente em minha direção.


 


“Lembro.”


 


“Sabia que eu tenho um quarto só para mim? Acho que eu não vou mais voltar
para casa não, ter que dividir o quarto com homem, aliás, homem não!!”
Santos
gargalhou e Miguel revirou os olhos.


 


“Cara, essa cidade é o paraíso. Como tem mulher bonita!!” Santos continuo falando
disparado, enquanto Miguel sorria das asneiras do irmão.


 


Depois de um tempo conversando Santos se levantou.


 


“To indo jogar! Daqui a pouco eu venho.” Foi saindo.


 


“Santos, bebe água e passa mais protetor.” Falei, me virando para pegar a
água na mochila.


 


“Qual é, Mia!? A quadra é coberta!”


 


“Mas você está suando e fica toda hora saindo da quadra, além disso, o
mormaço queima.”


 


Ele voltou, tomou água, sentou e pegou o protetor para passar no rosto.


 


“Deixa eu espalhar, está todo em um só lugar.” Ajoelhei e espalhei em seu
rosto, depois passei um pouco no pescoço.


 


“Mais uma achando que eu sou criança.” Santos disse revirando os olhos, se
preparando para sair.


 


“Mia, passa aqui na minha barriga também!” Ele levantou a blusa e apontou
para a barriga.


 


Dei um tapa na cabeça dele e ele saiu sorrindo.


 


“Miguel, cuida aí da minha garota, que eu já volto”


 


Miguel observava sorrindo.


 


“Obrigado por estar cuidando do meu irmão, ele pensa que é adulto, mas é um
crianção. Tem que ter muita paciência.”


“Eu gosto dele, está trazendo ‘movimento’ a minha casa.” Sorri.


 


Ele pôs a cabeça nos joelhos e começou a enrolar o cadarço do tênis no dedo.
Ambos estávamos sem assunto. Então resolvi tentar.


 


“Você vai viajar no carro da sua mãe?” Sentei em posição indiana.


“Não, vou de avião. Tinha muita coisa para trazer, então não dava para vir
de ônibus.”


“E quem vai levar ele de volta?”


“Roberta veio comigo, ela está com uma amiga dela passeando, ficamos de nos
encontrar quatro horas.”


“Por que você vai começar antes de todo mundo. Diego só começa daqui há três
meses.”


“Por que esse curso é especial, não são todos os alunos que faz, só
as vinte melhores notas, incluindo todos os cursos. Então é bom para o meu
currículo que eu vá. Minhas aulas começam mesmo depois do Réveillon, em mais de
um mês.


“Mesmo assim vai começar antes de todo mundo.”


“É porque eu me matriculei para o curso de inverno de francês e inglês, vou
tentar ganhar tempo.”


 


Houve uma pausa de silêncio. Eu estava sem jeito.


 


“Eu trouxe lanche, você quer?” Mostrei a mochila.


“Veio equipada.” Sorriu.


“Não sabia quanto tempo íamos ficar, e como Santos obedece uma dieta, me
equipei.”
Peguei uma maçã para mim e para ele.


 


Ele mordeu a maçã e ambos ficamos olhando o Santos jogando na quadra.


Eu não conseguia pensar mais em nada para perguntar, então estava achando o
clima chato. 


 


“Porque você disse que não era de graça ter trago meu irmão aqui?” Miguel
quebrou o silêncio e sorriu torto para mim.


“Hum! Está atento.” Sorri e mordi os lábios, olhando hipnotizada para os
lábios dele.


“Eu sei que você tem uma segunda intenção.” Mordeu a maça e desviou os olhos
dos meus.


“Então você já sabe o que eu quero.”


“O quê?” Ele sorriu com cinismo.


“Que você me beije de novo.” Sorri e deitei de novo na esteira, de
lado, apoiando a cabeça no braço.


“Você não muda, né?” Tinha um risinho irônico em sua boca.


“Você gosta.”


“Eu já estou quebrando uma promessa hoje! Eu disse para o seu irmão que não
ia mais te encontrar por minha própria vontade e estou aqui. Eu devia estar á cem
metros de você!!”


“Ah, não liga para o Diego, ele é legal, até sabe que eu estou aqui.”


“Sério? O que ele falou?”


“Nada que mereça ser repetido.”


“O quê? Que eu não sou para você? Que eu sou um caipira mal educado e
esquisito que não te merece?”
Perguntou sem alterar o humor.


“Ele só está preocupado, tem medo que eu me machuque.”


“Acho que você devia ouvi-lo.”


“Nossa, você é pessimista hein!” Sentei para olhá-lo. “Esquece ele. Esquece
tudo vai.”


 


Ele ficou pensativo.


 


“Você ainda está me devendo.” Disse despreocupada, testando as suas
atitudes.


 


Ele me olhou e sorriu maliciosamente.


 


“Vem buscar. Eu não vou aí te dar.” Desafiou.


 


Determinada, me ajoelhei e me aproximei devagar. Peguei seu rosto com as
duas mãos e o levantei, para que ele olhasse para mim.


 


“Você é muito egoísta, sabia?” Sussurrei. “Sempre sou eu quem tomo as
iniciativas.”
Alisei seu rosto, sem tirar os olhos de seus lábios.


 


“É você quem quer, e eu não estou negando.” Sorriu matreiramente, olhando em
meus olhos.


 


Encostei o a boca no rosto dele, dando selinhos e continuei acariciando
a pele com a ponta dos dedos.


 


“Você não quer?” Falei baixo no ouvido dele, a minha respiração fez o pelo
do rosto dele arrepiar.


 


Ele fechou os olhos e respirou fundo, exalando pausado.


 


Continuei falando enquanto enchia de beijinhos em sua orelha.


 


“Acho que você gosta de ser difícil... Mas eu não ligo... Até gosto.”


 


Arrastei meus lábios alternando entre rosto, orelha e pescoço.


 


Lentamente.


 


Apreciando cada respiração que ele dava.


 


Alisando o seu cabelo.


 


Queria fazê-lo desejar me beijar.


 


Minutos se passaram.


 


E eu continuei.


 


Ele suspirava, mas continuava imóvel.


 


Passei a pontinha da língua no canto dos lábios dele, provocando e
sorrindo mentalmente por saber que em poucos segundos eu libertaria a
vontade e expulsaria a timidez dele.


 


Ele respirou bem fundo, olhou-me perigosamente por minutos e
repentinamente me puxou para os seus lábios.


Foi inusitada a sua atitude. Assustadora até, pois seus lábios sugavam
o meu com fome e me faziam arrepiar. Não era um beijo tímido, como o nosso
último foi inicialmente. Era um beijo intenso e a cada minuto crescia
gradativamente para um beijo feroz.


 


Sua língua invadiu minha boca com ímpeto e eu apertei seu pescoço, como se
me apegasse a vida. Perdi noção do tempo e do espaço. Meu cérebro se
descompactou do meu corpo, e eu o beijava loucamente, como um faminto em um
banquete.


 


Nesse momento eu descobri que não conseguiria mais viver sem isso, sem seus
beijos. Sem parar de me beijar, Miguel foi me deitando de lado, na esteira
que estava esticada no chão, segurando minhas costas. Ele apoiou minha cabeça
em seu braço e instintivamente coloquei minhas pernas entre as suas.


 


Ainda sugando meu lábio, ele passou levemente a mão nos meus cabelos,
descendo pelo pescoço, braços, alcançando a minha cintura e me apertando contra
ele.


 


Ele ofegava, mas me prendia no beijo.


 


Senti sua mão descer para o meu quadril, apertando minimamente o nosso
corpo. Então eu forcei o seu pescoço e o puxei, ele ficando por cima de
mim.


 


“Mia... Estamos na rua.” Murmurou, mas novamente encaixou nossas bocas,
deslizando sua língua na minha. Eu me sentia quente, a pulsação e
respiração acelerada, completamente colada em seu corpo. Por um
momento esquecemos que estávamos em um parque. Por um momento esquecemos quem
nós éramos. Ali só existia ele e eu, buscando sofregamente um ao outro.


 


Pelo meu corpo passavam mil sensações desconhecidas, e minha vontade era
apertá-lo mais, beijá-lo mais. Eu precisava dele, a cada minuto de beijos eu
percebia isso.


 


Depois de longos minutos, ele me rolou para cima dele, me abraçou forte e
beijou minhas pálpebras, sem ar, enquanto acalmávamos a respiração.


 


“GENTE EU PENSEI QUE VOCÊS IAM SE ATRACAR AQUI MESMO!!!” Santos veio
gritando e sentou do nosso lado, procurando algum lanche na mochila.


 


Sorrimos sem graça.


 


“Pensei que tu não gostava de mulher!!” Santos falou com Miguel.


 


“Ele não tinha me conhecido ainda.” Eu disse alisando o cabelo do
Miguel.


 


“To fora! Não vou ficar de vela.” Pegou o biscoito recheado e saiu.


 


Miguel me deitou ao seu lado, com uma mão segurando a cabeça e a outro
alisando o meu rosto.


 


“Ai! Vou contar para o Geovanni! Ele agora é meu amigo, ela tem namorado
viu!!?!”
Santos falou e saiu rindo.


 


Miguel continuou me acariciando.


 


“Como vai o namorado?”


“Vai bem.” Respondi sem hesitar.


“Então você tem um?”


“Já te falei, ele acha que é, e eu deixo.” Pensei um pouco. “Ah, mas eu
nunca o beijei, então quem é o meu namorado é você.”
Sorri.


“Eu não quero ser o namorado. Prefiro ser o outro.” Sorriu e continuou
beijando meu rosto.


“Mas oficialmente o namorado é você, desde meus treze, eu nunca terminei com
você!”


“Então eu já tenho galhas!?” Fingiu indignação.


“Não, ninguém tem galhas, tá?! Não namoro ele, nem com ninguém. Melhor?”


“E o que somos?”


“Amigos... Ou melhor, você é a pessoa que eu beijo.” O puxei e dei um beijo
estalado.


“Tudo bem... Não posso te dar mais do que isso.”


 


A manhã foi se passando sem que percebêssemos.


 


Deitados um em frente ao outro.


 


Ele me olhava estranho e alisava meu cabelo, rosto, braço.


 


Não tinha palavras que explicasse aquele momento, onde ele era tão livre e
despreocupado.


 


“Por que você demora tanto a ceder?” Acariciei sua sobrancelha.


“Por que eu não quero me envolver com ninguém... Podemos nos magoar.”


 


Ele passou o dedo em minha sobrancelha, beijou minha testa, meu olho.


 


“Continuo dizendo, você se preocupa demais com o amanhã... Eu não estou te
cobrando nada!”


“Não é o fato de você me cobrar ou não, seria mais fácil se fosse assim...
Hoje mesmo, eu queria te ver, mas não devia. Arrisquei vir e crer que você não
chegaria perto de mim. Para minha sorte ou meu azar, você é muito
determinada... Então estou aqui preso a você. Sabe o que é pior? Eu ficaria
aqui o dia todo se dependesse da minha vontade.”


 


“Então não vá!!” O abracei e sorri.


“É justamente isso Mia... Eu tenho que ir. Sempre eu vou ter que ir...” Disse com frustração na voz. “Falando nisso, tenho que ir embora, são quase uma
da tarde e tenho que almoçar.”


“Que horas sai seu avião?”


“Quatro horas.”


“Tenho que levar o Santos para almoçar também.” Falei. “O que vai fazer até
as quatro?”


“Não sei, talvez passear pela cidade.”


 


Pensei um pouco.


 


“Vamos pedir comida chinesa e comer aqui?” Sugeri.


“Hum... Pode ser.”


 


Peguei meu celular, pedi frango xadrez, biscoito da sorte, milk shake e
descartáveis.


 


“Quanto deu?” Perguntou colocando a mão na carteira.


“Vinte, mas eu pago, tá?”


“Não, eu já ia almoçar.”


“Eu também tinha que almoçar.” Retruquei.


“Mas você ia almoçar em casa, não ia ter custo.”


“Não vou deixar você pagar, considere que os seus custos de viagem estão
muito altos.”


“Eu. não. quero. que. você. pague. nada. para. mim.” Foi bem enfático. Ele
devia ser daqueles homens machistas que não gostam que mulheres paguem nada para
eles.


“Mas eu quero pagar.” Tentei mais uma vez, já perdendo a paciência.


“Não!” Foi inflexível.


“Tá! Tudo bem, a gente racha!” Desisti irritada.


 


Ele sorriu, me jogou na esteira e se pôs por cima de mim, apoiado com o
joelho entre minhas pernas.


 


“Adoro quando você fica brava!!” Sussurrou em meus lábios e beijou leve.


“O que mais que você gosta em mim?” Sorri maliciosa e enlacei os dedos em
sua nuca.


“Adoro quando você me ataca.” Murmurou macio, dando beijinhos de
luz em meu pescoço.


“Hmmm, bom saber...” Deitei o pescoço dando mais espaço. Ele beijava
casto, cauteloso. Depois voltou para os meus lábios, com beijos delicados.


 


A comida chegou nos tirando dos momentos de carinho. Pagamos e chamamos o
Santos para almoçar.


 


Almoçamos, tomamos o milk shake, depois deitamos os três no chão.


 


Ele na mesma esteira que eu.


 


Descontente, eu sentia que as horas voavam quando eu estava com ele.


 


Peguei um biscoitinho da sorte, comi e li a mensagem.


 


“Guarda.” Entreguei para ele. As pessoas se esquecerão do que você
disse e do que você fez… mas nunca se esquecerão de como você as fez sentir.


“Vou pegar uma para você.” Pegou e me deu. Você é do tamanho do seu
sonho.


“Essa devia ser pra você, não pra mim.”


“Mas não é assim que funciona, Mia. Se eu escolhi pensando em você, tem que
ser sua.”


“Você acha que eu sou do tamanho do meu sonho?” Eu queria mesmo saber.


“Não sei... Qual o seu sonho?”


 


Peguei em seu rosto, sentindo uma dor inexplicável.


 


“Ficar com você.” Inevitavelmente minha voz soou triste.


“Já falamos sobre isso.” Ele encostou as nossas testas, com o olhar infeliz.


 


Ele alisava meu rosto com carinho, mas também tinha algo
diferente. Ele parecia gostar de estar comigo, porém, ele estava certo, o que
poderíamos esperar desse relacionamento? Era perceptível que eu estava
alucinada por ele, e eu notava que ele gostava da minha presença, mas
era um tipo de ligação que não tinha futuro.


 


“Acho que eu vou vomitar, vocês são muito melosos!!” Santos falou e fez
careta.


 


Sorrimos e eu encostei a cabeça em seu peito, sentindo o seu perfume,
enquanto fechava os olhos e aproveitava o instante de aconchego. Só em estar
perto dele eu sentia minhas pernas fracas e sensações extasiantes no estômago.


 


Queria que o momento durasse a eternidade.


 


Queria que o tempo não passasse enquanto eu estivesse em seus braços.


 


Estar com ele era um local de sossego.


 


“Mia, tenho que ir. A Roberta deve estar me esperando.” Sussurrou baixinho
em meu ouvido, me tirando de um breve cochilo.


 


“Já?” Coloquei a perna dentro da dele. Sentindo os pêlos e o calor de suas
pernas.


“Sim, a tarde foi embora.”


“Então tá.”


 


 


Nos levantamos e eu organizei minhas coisas.


 


O abracei, me perguntando por que eu me sentia assim perto dele. Eu tinha
uma necessidade de prolongar tudo, de tê-lo cada minuto mais. Nunca era
suficiente.


 


“Vocês querem carona?” Miguel passou a mão no cabelo e eu tive vontade de
acariciá-lo. Queria perder novamente meus dedos em seus cabelos desgrenhados.


 


Eu não respondi.


 


Não queria me afastar dele, mas não devia forçar mais.


 


“Eu quero, estou morto.” Santos respondeu.


“Então vamos.” Eu disse satisfeita em não ter sido eu a aceitar, e sim o
Santos.


 


Eu sabia que ele não devia ir muito próximo à minha casa, pois alguém
poderia vê-lo.


 


“Está bom aqui.” Ele parou, eu desci do carro e ele também. Ele veio ao meu
encontro. Um pouco sem jeito e tocou o meu rosto. “Boa viagem.” Eu disse sem
saber mais o que dizer. Eu não devia cobrar, nem nos comprometer. Então tinha
que ser uma despedida leve.


 


Mergulhei os dedos em seus cabelos e me ergui para
beijar seus lábios. Ele correspondeu inesperadamente com avidez.
Segurou forte em minha cintura e me encostou ao carro. Definitivamente o beijo
dele só podia ser a melhor coisa que eu tinha experimentado. Nossos lábios se encaixavam
perfeitamente, nosso beijo tinha sincronia e o gosto... Hmmm...


 


Abracei-o forte, sem nunca tirar os lábios de sua boca, sugando
lento, passando a língua em seu lábio inferior, degustando. Era uma
despedida, com um beijo dolorido - pelo menos para mim era - algo que
cortava em meu coração. Ele resfolegava e segurava minha nuca, manipulando
o beijo.


 


Ofegantes, abrimos os olhos, e, com o olhar meio triste, ele encerrou o
beijo com selinhos.


 


“A gente se vê.” Foi o que ele disse antes de me beijar uma última vez na
testa e entrar rápido no carro.


 


 



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** Sem olhar para trás, corri em direção ao Santos que estava sentado na calçada, coloquei o braço no dele e andamos calados até em casa.   Quem sabe em oito meses... Quem sabe no próximo verão... Quem sabe...  


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 942



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  • anita Postado em 24/01/2014 - 15:35:48

    por favor so mas um ou mas por favor

  • anita Postado em 22/01/2014 - 01:20:51

    E essa fic e muito massa adorei ela por favor volta a posta! pfpfpfppfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

  • iza2500 Postado em 17/10/2013 - 10:47:56

    essa fic é excelente, volta a postar please. posta mais! continua. quero saber o final dela. posta mais!

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:27:19

    nao liga para essa menina que te copiou elas sao envejosa pois sua web é a melhor.

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:26:02

    pelo que eu entendir vc nao posta mais nessa web né. entao me ajuda como é que eu faço para terminar de ler

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:24:25

    eu quero terminar de ler mais eu nao to sabendo como fazer. desculpe. é qui eu acopanho a sua web desdo começo e nao to conssiguindo terminar de ler. por isso como é que faz para eu terminar de ler

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:19:05

    oi eu enviei o convite para a sua comunidade e agora o que é que eu faço.

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:15:01

    posta mais

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:14:39

    va cai posta em outra agora é, em qual mais essa web vai continuar. pois ela é muito boa. posta mais

  • cherry Postado em 17/04/2012 - 18:26:11

    excluiii!!!!!!!


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