Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

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Peguei a estrada e olhei para o relógio no painel.

Bom, calculando... Agora são meio dia e meia. Se eu demorar muito, mesmo
tendo que pegar quinze minutos de travessia no rio, chego lá até as quatorze e
trinta. Então, posso ficar lá até umas cinco que ainda chego em casa antes
do papai.

Perfeito!!

Nunca fui tão irresponsável assim - refleti enquanto dirigia - se meu
pai descobrir será muita decepção.

Já estava no caminho, não ia mais voltar. Agora restava cruzar os dedos e
rezar para que não tivesse nenhum policial fazendo blitz.

Enquanto as árvores e estrada se passavam, ainda me perguntava o que estava
indo fazer lá, ou o porquê de estar indo.

Penso que foi o fato de ter visto a Vick dizendo que ia ‘pegá-lo’ que
me deu tanta vontade de vê-lo. Foi isso que me mostrou que eu não queria deixar
ninguém tomar ele de mim. Essa era a resposta mais óbvia. Mas o que se passava
na minha cabeça para achar que ele era meu? Nem ele mesmo dava certeza! Por que
eu estava me iludindo?

De qualquer maneira, não consegui me controlar.

Entrei na cidade e procurei o endereço, que por sorte o Santos tinha me dado
dias antes. Parei em frente a uma casa, onde atrás dela tinha uma vista de uma
montanha e um rio. Ela era simples, aparentemente pequena. Era exatamente
o que eu esperava.

Buzinei e a porta se abriu. Lentamente meu colírio saiu, de bermuda e sem
camisa. Olhei-o da cabeça aos pés, medindo todos os ângulos possíveis. Nunca
fui muito de reparar meninos, mas ele tinha uma beleza
extraordinária. Abdômen naturalmente sarado, pernas torneadas e grossas,
peito definido.

Perfeito.

E agora era todinho meu. Pelo menos por enquanto seria.

Que pensamento promíscuo, Mia - meu cérebro me alertou. Afastei os
pensamentos e voltei a respirar, uma vez que tinha esquecido.

“Você está fora de si.” Disse sem sorri, colocando as mãos de apoio na
porta. “Entra! Alguém sabe que você está aqui?”

“Lupita sabe.” Meus olhos encontraram os seus, e ele não parecia estar
irritado, parecia mais preocupação.

“Estaciona o carro ali ao lado. Uma ferrari no meio da rua chama muita
atenção.” Disse passando as mãos no cabelo.

Estacionei e ele me esperava na porta. Entramos, eu sentei e ele foi à
cozinha.

Ele estava calado e sério.

“Quer água, suco?” Perguntou com o semblante fechado, fazendo com que eu
ficasse sem jeito.

“Não, obrigada.”

Sentada, ainda buscava o motivo de ter vindo. Eu estava sem graça.

Perguntando-me até que ponto eu cheguei por causa desse garoto.

Agi inconseqüentemente.

Roberta apareceu na sala, olhando especulativa para mim.

“Oi” Sorriu educada. Era a primeira vez que conversava com ela, e achei
ela muito parecida com ele. Com olhos verdes escuros e caídos.

“Oi.”

“Uau! Esse carro é seu?” Ele apontou para o carro pela janela.

“Não, da minha irmã.”

“Você já tem carteira?”

“Não.” Falei baixo, me perguntando se ele não iria vir para a sala.

“Alguém sabe que você está aqui?”

“Só minha irmã caçula.” Respondi amuada, sem jeito pela situação.

“Nossa, você está numa fria, hein!” Sorriu

“Eu volto antes de alguém descobrir.” Forcei um sorriso.