Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Capitulo dedicado a san e K2323

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Miguel não estava a fim de muito papo e foi para o quarto me deixando na
sala com a Roberta e com o Santos, que tinha acabado de chegar da rua.

“Posso ir lá falar com ele?” Levantei e apontei para o corredor.

“Lógico, a casa é sua. Avisa para o Miguel que eu to saindo.” Respondeu
Roberta.

“Não liga pra ele, Mia, ele é esquisito mesmo.” Santos fez uma careta,
parecendo chateado.

“Tá bom. Eu vou lá ver o que ele tem.”

Determinada, respirei fundo, atravessei o corredor e entrei no quarto. Ele
estava de costas e quando cheguei ele me olhou. Encostei-me à porta, olhando
inquisitoriamente para ele.

“Você está bravo por eu ter vindo?”

“Não, só estava só me perguntando o motivo?” Estava pensativo, mexendo em um
toca CD’s.

O quarto dele era bem organizado, limpinho, com duas camas, um guarda roupa,
uma TV e um computador. Tinha muitos livros e CD’s.

O quarto cheirava a bebê.

Que coisa, será que ele usava perfume de bebê?

Eu precisava quebrar o gelo. Se não, não teria valido a pena o risco de ter
vindo.

“Por que você voltou?” Queria tirar a tensão do ar.

“Como minhas aulas só começam em mais de um mês, minha mãe pediu para eu
voltar.”

“Mas vocês já sabiam que as aulas só iriam começar em mais de um mês.”

“Sim, mas como eu já tinha resolvido tudo que tinha ido fazer e como todos
os calouros voltaram, eu resolvi aceitar a proposta da minha mãe de voltar e de
ficar mais esse mês.”

“Que dia você chegou?” Respirei fundo e cruzei os braços.

“Ontem à noite.”

Uma pausa de silencio se fez, chegando a me deixar desconfortável.

“Mia, porque você veio?” Levantou o olhar, fixando seus olhos no meu. Movi
mais para perto dele, ficando em sua frente.

“Por que minhas irmãs falaram que você estava aqui e eu queria te ver.” Disse sussurrado, envergonhada por me expor assim.

“Mas não precisava ter feito isso.” Sua voz era baixa e reflexiva.

“Eu agi sem pensar.” Aproximei mais um pouco dele, encostando a perna ao
lado da cama que ele estava sentado.

“Você foi irresponsável. E se acontecer alguma coisa? Afinal você ainda tem
que voltar.” Ele olhava para as mãos, esticando freneticamente os dedos.

Segurei seu queixo, fazendo ele olhar para mim.

“Miguel, eu nunca fiz nada irresponsável em minha vida. Eu sei que fui
inconseqüente, mas eu queria te ver. Eu nem pensei! Eu não sabia se você ia
ficar o resto do mês ou não.” Pensei um pouco. “Também acho que fiquei de
sangue quente quando soube que a Vick está beirando você. Pronto. Falei!!”

Ele sorriu, esticou a mão, me puxou e me sentou de lado em seu colo.

“Vem cá, eu também queria te ver.” Falou acariciando meu rosto. “Porque não
veio cedo com suas irmãs?”

“Por que eu não sabia que você estava aqui.” Acariciei seu cabelo.

“APROVEITEM, crianças, que eu vou ali ver uma gatinha.” Santos saiu rindo
malicioso.

“Nós vamos ficar sozinhos?” Fiz menção a levantar do seu colo, mas ele me
segurou.

“Sim, qual o problema?” Estava despreocupado, agora acariciando minhas
costas.

“Eu não vou pra `cama` com você.” Disse sem graça.

“Você já está na minha cama, querida. Mas, quanto a ‘cama’ que você quis
dizer, não se preocupe. Não vou fazer isso com você. É só você se comportar bem
direitinho.” Beijou minha bochecha, acariciando minha nuca.

Ansiosa, e sem querer perder mais tempo, virei meu rosto e o beijei na boca,
segurando seu queixo. Beijei leve, inserindo a ponta da língua.

“Atacadinha hoje!!” Ele brincou e recebeu minha língua, prendendo-a nos
dentes. Passei os dedos em seu pescoço, acariciando até a nuca, enquanto
brincava em seus lábios.

“Não estou com muito tempo e tenho que fazer valer o risco.” Sussurrei em
sua boca.

Eu estava sentada em seu colo de lado e virei com o corpo de frente a ele.

Ele me olhou assustado, mas correspondeu aos selinhos que eu não parei
de dar.

Aos poucos aprofundamos o beijo, para um beijo sensual, deslizando a língua
em seus lábios, degustando, deixando ficar mais urgente a cada segundo.

Como ele tinha o poder de fazer isso comigo? De me tirar de mim. Queria
afagá-lo, apertá-lo.

Minhas mãos percorriam suas costas nuas, analisando cada detalhe. Passeei os
dedos pelo seu peito másculo e ele ofegou. O beijei do ombro até pescoço,
mordendo devagar. Ele me apertava, mordiscando meu rosto, pescoço, ombro.
Ele resfolegava em meus lábios, e ainda que eu fosse inexperiente, percebia
excitação em seus gestos.

Suas mãos alternavam entre meus cabelos e costas, me apertando.

Levemente ele colocou as mãos dentro da minha blusa, alisando as minhas
costas, depois passou os dedos em volta da minha cintura. 

Eu arfava e sensações desconhecidas invadiam o meu corpo com seu toque.

Ele subiu lentamente a mão, parecia estar intencionando acariciar os
meus seios, mas eu segurei, e continuei beijando a sua orelha e suspirando.

“Quer me enlouquecer?” Disse entre murmúrios, apertando os dedos em
minhas costas, sugando o meu pescoço.

“Nada que você não possa agüentar.” Deslizei a língua em sua orelha e ele me
puxou para frente, criando um atrito entre nós. Enrijeci ao perceber seu
estado, mesmo assim, fingi não perceber e continuei a brincar com a língua.

“Você não está ajudando...” Sussurrou de olhos fechados, gemendo baixinho.

Voltei a beijá-lo na boca, agora sua língua ditando o ritmo, sendo sugada,
acariciada pela minha. Ele sugava meus lábios com fome, uma mão mergulhada em
meu cabelo e outra em minhas costas, por dentro da blusa. Eu podia sentir
quanto desejo havia em seus lábios. O seu corpo o entregava quando ele me
apertava e arrastava sobre si brutalmente, trazendo alguma ansiedade em meu
estômago... Uma sensação desconhecida.

Ele estava entregue, delirando pela sensação, enquanto seus lábios se
moviam, alternando entre minha boca, pescoço, ombros. Eu deitei a cabeça e
ele desceu com os lábios em minha clavícula, com urgência. Ele fazia sonsinhos
roucos e abafados, e continuava me beijando.

“O que você está fazendo comigo, menina?” Sussurrou e mordeu meu queixo,
voltando desesperado para meus lábios.

Ali não havia hora, nem lugar, estávamos à anos luz fora da realidade.

Se eu continuasse ali, me entregaria aos sentidos que me invadiam e às
correntes elétricas que despertavam o meu corpo.

Os nossos corpos se pediam. Viajamos no momento entre pequenos gemidos e
murmúrios.

Algo em mim dizia para parar, pois estávamos a sós, mas algo muito maior
queria conhecer mais, queria continuar.

Meu corpo era mais forte que meu cérebro, então me deixei levar por seus
beijos. Ele mostrava o homem que ele era quando libertado, conduzindo as
carícias, e eu gostava do que conhecia.

Depois de um longo tempo nos torturando com esses atos instintivos, Miguel mordeu o meu ombro, ofegante. “Melhor pararmos.” Murmurou baixinho e me abraçou
forte, respirando cortado enquanto se acalmava.