Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

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Sábado - Férias de verão

Diego chegou ontem, e como segunda passada foi aniversário de Lupita e não
comemoramos, resolvemos fazer uma festa em nossa casa em comemoração.

Ia ser coisa simples. Nada de amigos do papai. Até por que meu pai
viajou ontem para New York a serviço, então não tinha porque ter adultos
presentes.

Resolvemos fazer uma boite. O DJ que contratamos era muito bom,
então, passamos a tarde organizando o salão de festas da casa.

Santos não vinha mais aqui desde o dia em que meu pai discutiu com a Alma.

Mas ainda me telefonava vez ou outra. Depois de organizar tudo para a festa,
resolvi ligar para ele. De repente ele quisesse vir com a Roberta, afinal, ele
era nosso amigo. 

Peguei meu celular e disquei o número dele.

“Alô.” Tremi. Era a voz do Miguel quem atendia.

Travei.

“Oi...” Ele falou novamente.

E agora desligo? Covarde, covarde, covarde.

“Oi Miguel, tudo bem?” Tentei soar calmo, mas minhas mãos estavam geladas.

“Tudo.” Disse com a voz fria e baixa.

“O Santos está?” Direto ao assunto, Mia.

“Sim, só um minuto.”

Santos atendeu.

“Oi, Mia! Bateu saudade de mim?!”

“Sim, também queria te chamar para vir para o aniversário da Lupita hoje a
noite, chama a Roberta e vem!”

“Não vai dar, Mia, o carro está com problemas, não dá para pegar a estrada.”

“Vem de ônibus e dorme aqui.”

“Não, Mia, obrigado pelo convite, mas o Miguel chegou e minha mãe quer a
gente reunido. Vamos fazer alguma coisa juntos, entende?”

“Sim, então tá bom. Manda um beijo para sua mãe e para Roberta.”

“E para o meu irmão, não vai mandar não?” Sorriu.

“Eu não posso, Santos, e não me torture.” Disse desanimada.

“Eu estou brincando, Mia. Desculpe.”

“Não, você não tem culpa.” Suspirei, sentindo a derrota iminente.

“Mia, posso ser um bobo, mas não sou cego. Por que vocês não conversam?”

“Por que não temos o que conversar, aliás, eu acabei de conversar com ele no
telefone. Ele está ouvindo você falar isso?”

“Não, foi para o quarto e fechou a porta.”

“Então tá, depois conversamos.” Eu queria cortar o assunto.

“Mia, nós vamos a uma praia amanhã, você podia ir...”

“Santos, não faz isso comigo, eu estou namorando...”

“E daí? Olha, ele também é louco por você, mas se vocês querem ficar
nessa...” Ele tentava me convencer.

“Como você sabe disso?” Perguntei, mas realmente não queria saber.

“Eu vejo, qualquer um vê.”

“Como você vê?

“A primeira coisa que ele me perguntou quando chegou de viagem, foi se a
gente ainda tinha contato, eu e você.”

“É normal ele perguntar isso.” Disse, tentando tirar as minhas próprias
esperanças.

“Além disso, ele guarda o convite do seu aniversário de quinze anos, um
que tem o seu book. Lembra? Pois é, ele carrega de um lado para o outro na
mochila dele. Você acha que ele não gosta?”

“Santos, tchau.”

“Tchau, Mia.”

Suspirei e desliguei antes que ele falasse mais alguma coisa que me
convencesse o que eu temia: Que ele sentia falta de mim tanto quanto eu
dele.