Fanfics Brasil - Entre o Amor e o Poder....MyM...

Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...


Capítulo: 94? Capítulo

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Mia POV


Fiquei perdida entre o sono e a realidade. Por diversas vezes senti os
lábios do Miguel na minha testa, nos meus cabelos. Mas o torpor e a exaustão
não me permitiram acordar para ver se era real.


O quarto estava escuro quando despertei, sem nenhum sinal de claridade pelas
frestas. Devia ser noite, pensei. Por quantas horas dormi?


Deparei-me com o peito de Miguel a centímetros do meu rosto. Ele ficou!
Estava perto de mim.


Não sabia como fui parar ali, com a boca quase em seu peito nu, mas não ia
me permitir sair.


Não, até que me tirassem.


O seu braço estava embaixo do meu pescoço, seu corpo em frente ao meu. Ele
estava dormindo profundamente, então eu poderia ficar um pouco mais. Passeei a
ponta dos meus dedos pelo seu peito, só para provar que era real. Era tortura
saber que ele não era meu. Não conseguiria viver pra sempre longe de tanta
perfeição. Levantei a cabeça para olhar o seu rosto, conferi se dormia e tive
certeza. Então encostei meu rosto em seu peito e me permiti sentir o seu
cheiro, a textura, acariciando lentamente com um toque.


Me perdi ali por vários minutos, sem me dar conta de ver o tempo passar. Foi
quando senti sua respiração descompassada, sinal que em alguns minutos ele
acordaria, ou já estaria acordado, e pela primeira vez eu tive vergonha do que
estava fazendo. Vergonha de mim mesma por me sentir tão fraca, tão vulnerável,
quando eu não devia estar ali, me permitindo sofrer novamente.


Eu não tive forças, nem coragem para me libertar, pelo contrário, eu não
queria só estar ali com a palma da mão e o rosto em seu peito. Eu queria
tocá-lo com meus lábios, queria beijá-lo, sentir o gosto de sua pele. Fechei os
olhos e deixei meus lábios encostarem-se a sua pele, levemente, com beijinhos
suaves. Era necessidade sentir a temperatura, o tecido. Eu estava convencida
disso.


Senti uma respiração profunda fazendo seu peito se erguer, e ele depositou
um beijo em meu cabelo.


“Mia... Está tarde. Você tem compromisso.” Disse acariciando meu cabelo.


“Você tem horas?” Perguntei sem olhar nos seus olhos.


“Oito horas.” Informou com a voz rouca.


“Daqui a pouco eu levanto.”


Eu ainda estava encolhida perto dele. Eu ainda não queria sair dali. Na
verdade queria me aconchegar mais.


Ele cheirava os meus cabelos e pegava mechas. Era notável que ele estava
satisfeito em me ter tão perto, aconchegada ao seu peito. Eu não entendia por
que ele se sentia assim, quando nós estávamos decididos a sermos só amigos.


Levantei os olhos e toquei em seu rosto, alisando sua pele. Eu não conseguia
me conter, apesar de estar com medo do que aconteceria depois.


Meu subconsciente sensato gritava que eu precisava conversar. Se
conversássemos eu ficaria a par de tudo que tinha acontecido. Mas a minha parte
espontânea dizia ser melhor não. Se eu ainda queria desfrutar da presença dele
era melhor ser sábia e me conter. O meu juízo claro provavelmente era provindo
do desejo de permanecer com ele. Adiando a conversa, eu poderia ter direito a
passar mais algumas horas. Faria a ocasião oportuna durar por mais algum tempo.


“Vamos comigo? Quando terminar eu te deixo no campus.” Tentei prolongar a
dose do vício.


“Para onde você vai?”


“Vou para o ap. do Tomas.” Disse prontamente. Eu não precisava hesitar.


“Acho que não dá.” Titubeou. “Eu teria que tomar banho e me arrumar...” Ele
não tinha certeza e essa estava ganha para mim.


Fiquei animada com a possibilidade.


“Está cedo ainda, a gente passa lá no campus para você se arrumar.” Sugeri.


“Tudo bem.” Foi fácil. “Então está na hora de você se arrumar.” Me afastou
um pouco.


“Ah... Aqui tá bom.” Nossa como eu era patética. Ao invés de me afastar, fiz
foi me encostar mais a ele.


“Você quem sabe.” Sorriu tímido, puxou mechas de cabelo e enrolou nos dedos.


Queria que ele me abraçasse só mais um pouquinho. Não ligo se estava sendo
fácil e forçona, mas eu queria.


 “Miguel...” O chamei. “Você me dá um abraço de amigo?”


Vergonhoso. Vergonhoso. Vergonhoso.


Será que eu o pressionei demais pedindo isso?


 “Claro, Mia.”


Eu já estava deitada em seu braço, ele só fechou o corpo sobre mim e me
cobriu toda com o seu. Instintivamente coloquei minha perna dentro da dele, me
aconchegando mais. Ele me abraçou apertado, mostrando contentamento com a
proximidade.


Os pensamentos da noite anterior invadiram minha cabeça novamente e eu não
pude conter as lágrimas que sem permissão inundaram os meus olhos. Sem um
gemido ou suspiro, eu as deixei rolarem silenciosamente. Miguel as sentiu em
seus braços e me afastou para me olhar, com indagação nos olhos.


“Desculpa, não é nada.” Foi o que consegui dizer e me soltei do seu abraço.


Respirei fundo, limpando as lágrimas dos meus olhos, então levantei e acendi
a luz.


Pronto, estava nova de novo.


Me direcionei às sacolas com as roupas que eu havia comprado pela manhã e
escolhi um vestido justo, tomara-que-caia e verde musgo. Seria casual e
discreto para a ocasião.


Caminhei pelo quarto e percebi que hoje ele estava diferente, aonde eu
ia, ele acompanhava os meus passos.


Eu queria que a noite anterior não tivesse existido, assim eu não faria
comparações.


O olhar dele sobre mim hoje era diferente. Talvez arrependimento. Mas como
uma pessoa se arrependeria tão rápido? Talvez ele não tivesse arrependido, quem
sabe tivesse ficado com remorso por ter me dito tantas coisas sem ter nada
a ver com a minha vida.


Poderia ser isso.


Tomei banho e vesti o roupão para secar o cabelo.


Sequei, passei maquiagem, e fui vestir o vestido.


“Miguel, faz favor. Se eu estivesse em casa, Lupita subiria o zíper. E como
aqui só tem você, vai ser você.”
Me virei pra que ele subisse o zíper do meu
vestido.


Eu não esperava, mas os seus dedos encostados em minhas costas me trouxeram
uma série de arrepios. Eu deveria sair rápido dali, mas ele demorou longos
segundos para fazer uma coisa que Lupita demoraria só um.


Quando ele terminou, eu olhei para ele, que estava sério.


“Pensei que estava emperrado, eu comprei hoje!!”


Voltei para as sacolas e encontrei a sandália, me sentando para calçar.


Ele não tirava os olhos de mim.


Ele estava me achando feia ou bonita?


Talvez fosse a maquiagem. Ele não gosta de maquiagem.


Não!! Não era que ontem a noite ele não gostasse de maquiagem, era por que a
maquiagem ia borrar. Por isso ele não me deixou passar ontem! E não era que ele
gostasse de vestido, é por que vestido era mais fácil de tirar para o
que ele queria fazer!


Essa epifânia trouxe de volta a dor cortante em meu peito que eu sufocava,
levando minha garganta a embargar e um novo soluço crescer. 


Olhei para cima tentando conter a lágrima. Deus, eu precisava esquecer isso
se eu ainda queria ter alguma paz. Pelo menos por enquanto eu tinha que
esquecer. Não podia deixar isso me ofender daquela maneira. Fiquei sentada,
respirando, dominando meus sentidos. Depois de controlada voltei para o espelho
a fim de colocar os brincos.


“Miguel, tem com fazer outro favor? Vem aqui...”


O chamei, e ao ver a gargantilha em minha mão, ele me olhou como se
estivesse sendo torturado.


Dei um risinho manhoso pelo espelho.


“Você é amigo da vez.” Coloquei na mão dele e me virei.


Ele levantou meus cabelos, olhando meu rosto pelo espelho. Novamente aquela
sensação me invadiu quando suas mãos tocaram meu pescoço e sua respiração
quente e descompassada alcançou meu ombro.


Eu ia morrer se me arrepiasse!


Olhei para os braços e conferi.


Graças.


Eu não podia ficar assim a noite toda.


Tinha que me controlar.


Pude sentir o nervosismo em suas mãos que tremiam, ou talvez ele sempre
tremesse e eu nunca tivesse percebido.


Ele fechou a gargantilha, inalou profundo e saiu rápido do banheiro.


“Então vamos?” Saí do banheiro, jogando um pouco de perfume em mim e na
roupa, para tirar o cheiro de nova, e me direcionei a porta.


No elevador, só tinha nós dois descendo. Eu fiquei encostada em um lado e
ele no outro, olhando estranho em minha direção. Em todo o tempo eu sentia que
tinha um elevador dentro de mim, ou melhor, as famosas borboletas. Um frio
percorria minhas costas, fazendo com que eu ofegasse de ansiedade.


Desci na frente e o carro estava no estacionamento interno do hotel.


“Você dirige?” Levantei a chave para ele, quando chegávamos em frente ao
carro. “Eu estou cansada hoje e não conheço muito bem a cidade.” Ele aceitou
sem demora.


Durante todo o trajeto não conversávamos. Mas ele estava bem, eu pude sentir
isso. Eu era quem não estava.


Não sabia se ia agüentar o meu coração apertado a noite toda. E eu nem sabia
o porquê. Chegava a ser uma dor mais intensa que ontem, pois estávamos perto,
aparentemente bem e sorrindo, mas era um perto que ao mesmo tempo estava longe.


Tê-lo como amigo iria doer muito mais. Poder vê-lo e não tocá-lo era uma
tormenta maior. Nunca senti uma dor assim. Imagino que fosse causada pelas
palavras não ditas, as que eu impedi ele de pronunciar com medo de me magoar.


Covarde. Covarde. Covarde.


Creio não ser forte o suficiente para agüentar a noite toda. Só hoje Mia,
depois a vida vai voltar ao normal
-
minha parte espontânea e sem amor
próprio insistia.


Estava em uma luta interna entre coração e consciência. A qualquer momento um
dos dois poderia me matar.


Fazia uns vinte minutos que Miguel tinha entrado no campus para se trocar.
Eu fiquei aguardando no carro, perdida em meus pensamentos. Nostálgica, estava
com a cabeça encostada na janela, quando o vi andando a metros do carro. Sua
presença nunca passaria despercebida. Ele estava lindo, com o cabelo molhado e
espetado, com uma calça apertada na medida do corpo, com uma blusa preta de
mangas longas e três botões na frente.


Tudo se encaixando perfeitamente.


Não consegui desviar os olhos. Fascinada, o acompanhei passar em frente ao
carro, até entrar.


“Prontinho, vamos?” Entrou e engatou a marcha para sairmos do campus. Eu
ainda estava hipnotizada, viajando em sua beleza, admirando o conjunto.


“Estou querendo comprar um vinho. Me leva em algum lugar?” Murmurei com a
voz fraca, tentando sair do transe.


“Tudo bem. No caminho tem uma adega. Também vou comprar alguma bebida para
mim.”




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 942



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  • anita Postado em 24/01/2014 - 15:35:48

    por favor so mas um ou mas por favor

  • anita Postado em 22/01/2014 - 01:20:51

    E essa fic e muito massa adorei ela por favor volta a posta! pfpfpfppfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

  • iza2500 Postado em 17/10/2013 - 10:47:56

    essa fic é excelente, volta a postar please. posta mais! continua. quero saber o final dela. posta mais!

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:27:19

    nao liga para essa menina que te copiou elas sao envejosa pois sua web é a melhor.

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:26:02

    pelo que eu entendir vc nao posta mais nessa web né. entao me ajuda como é que eu faço para terminar de ler

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:24:25

    eu quero terminar de ler mais eu nao to sabendo como fazer. desculpe. é qui eu acopanho a sua web desdo começo e nao to conssiguindo terminar de ler. por isso como é que faz para eu terminar de ler

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:19:05

    oi eu enviei o convite para a sua comunidade e agora o que é que eu faço.

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:15:01

    posta mais

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:14:39

    va cai posta em outra agora é, em qual mais essa web vai continuar. pois ela é muito boa. posta mais

  • cherry Postado em 17/04/2012 - 18:26:11

    excluiii!!!!!!!


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