Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

 “Sim. Meu pai não aceita o nosso
relacionamento, então eu tinha prometido tentar com outra pessoa. Você apareceu
bem na época só que eu não consegui.” Fiz uma careta, me desculpando.

“Que pena...” Sorriu. “Mas meu amigo merece uma garota como você.”

Miguel estava com o vinho estendido a alguns metros e eu fiz sinal para ele
vir trazer. Ele trouxe, eu peguei e continuei dançando com Tomas.

“Mia, aquela vez na Califórnia suas irmãs falaram que vocês têm uma banda, é
isso?”

“É, mas agora a gente só toca nas férias.”

“E o que você faz?” Ele me girou e eu sorri.

“Na banda toco teclado, mas eu sei tocar todos os instrumentos, menos
bateria. Também canto, às vezes.”

“Sério?? Pois você vai cantar agora! Eu tenho um violão elétrico ali. Não é
sempre que eu tenho artista aqui em casa.” Disse entusiasmado.

“Não! Eu nem ensaiei! Nem me preparei!” Estava preocupada em fazer feio.

“Estão quase todos bêbados. Qualquer coisa que você fizer a gente aplaude.” Ele sorriu.

“Tudo bem, então me dá quinze minutos para eu me preparar psicologicamente.” Ele concordou, me mostrou onde estava o violão e foi falar com o DJ para dar um
tempo no som.

Eu fui olhar o violão para ver se estava afinado e pensar na música que iria
tocar.

Eu tremi com a decisão da música que escolhi, mas tomei coragem. Eu nunca me
deixei faltar desembaraço, não seria hoje, em frente aos colegas do Miguel
e em frente a menina que era a fim dele que eu iria acanhar.

Preparei minha música e mais umas três.

Eu tinha segurança, sempre toquei em público, sempre tocava para Lupita na
escola e em eventos, então eu iria sim.

“PESSOAS, A MINHA AMIGA DO MÉXICO VAI CANTAR UMAS MÚSICAS PRA GENTE. VAI LÁ,
MIA!!” Tomas se empolgou.

Entornei a taça de vinho e me direcionei ao microfone:

“Bom, eu só arranho, mas como Tomas pediu...”

Cantei as três que sou acostumada a cantar e tocar na escola pra Lupita. Foi
legal, o pessoal cantou junto, bateram palmas e eu me animei.

Olhei para o canto e vi Miguel com um brilho nos olhos, então eu tive
coragem de cantar a última música, que era a minha.

“Agora eu vou cantar a última música. Essa é composição própria, eu estou
concorrendo com ela no festival de música lá na minha cidade. Eu queria que
vocês ouvissem.” Olhei para Miguel. “Essa música eu fiz para você, que é a
pessoa que inspira meu coração.”

Comecei a cantar enquanto as pessoas só prestavam atenção.

Procurei não olhar em direção ao Miguel para não perder o equilíbrio
emocional.

**********************************************************************

Anjo disfarçado.

Anjo disfarçado, histórias em seus olhos, há amor para cada coração
verdadeiro que o vê.

Foi um dia de sorte que girou para mim de uma maneira.

Ou então isto é o paraíso em frente aos meus olhos.

Você me mostrou todas as coisas, o brilho da meia-lua.

Eu estava cega, mais agora você me ajudou a enxergar.

Eu estava perdida, mas agora me achei.

Essa alegria me cerca e agora descobri que meus sonhos estão virando
realidade.

Porque eu vou te querer pelo resto da minha vida e te manter bem seguro
no meu coração. Eu não posso viver sem você, porque minha alma morreria, você
sabe que estou falando a verdade.

Passarei o resto da minha vida esperando por você.

Não começou deste jeito, aconteceu que um dia você sorriu para mim e eu
te vi, diferente. Agora estou tremendo, apenas por ser uma parte de você, em
relação a nós.

Espero ter uma vida que com certeza nunca terá fim.

Porque eu vou te querer pelo resto da minha vida e te manter bem seguro
no meu coração. Eu não posso viver sem você, porque minha alma morreria.

Você sabe que estou falando a verdade,

passarei o resto da minha vida esperando por você

******************************************************************

Podiam não entender o que a música estava dizendo, mas Miguel saberia.

Eu queria muito ter mostrado a minha música para ele, então ter agarrado
essa oportunidade foi a melhor escolha que fiz.

Terminei lentamente e agradeci.

“Valeu gente.”

Terminei de guardar o violão e me virei. Inesperadamente, ele veio em minha
direção e me abraçou. Eu estava meio tonta por causa do vinho, mas me
equilibrei e me entreguei ao abraço.

Eu estava girando pela adrenalina da apresentação, por estar presa em um
abraço que eu não sabia o significado, mas era perfeito.

Tinha um turbilhão de sentimentos presentes naqueles minutos intermináveis
de abraço.

“Vamos comer alguma coisa... Eu acho que estou com um pouco de fome.” Disse
quando ele me soltou.

O seu sorriso era largo, o seu rosto estava bem rosado. Irreconhecível.

“Você também está bebendo o meu vinho?” Perguntei admirada com o tanto que
tinha na garrafa.

“Não. Só você.” Sorriu, deixando o braço sobre o meu ombro.

“Então deixa eu aproveitar a última taça, ele é muito bom.” Enchi a taça e
fomos para a cozinha procurar algo para comer.

Quando cheguei à cozinha, notei a mais calada das meninas que falaram
comigo.

“Bonita a sua música.” Ela disse timidamente e olhou para Miguel.

Era essa. Tive certeza.

“Obrigada.” Sorri em agradecimento.

Quando ela saiu, eu o encostei ao balcão, pus as mãos em seu pescoço e como
ele diz: o ataquei com beijos molhados, sugando seu lábio com avidez. Sua mão
desceu da minha cintura para o quadril, me apertando nele. Eu me sentia tonta,
vendo estrelinhas e constelações. Sentia euforia e ao mesmo tempo ansiedade. O
beijo cresceu, minha língua movia inquieta em sua boca, ele suspirava e acariciava
minhas costas. “Mia, acho que você já bebeu muito.” Disse ofegante, me
afastando do beijo. Encostei de novo e suguei o seu lóbulo, deslizando minha
língua. Ele me apertou mais, respirando descompassado.

“Dorme comigo hoje?” Sussurrei em seus ouvidos e mordisquei.

Ele demorou um tempo para responder.

“Tudo bem, mas quero que você esclareça antes de irmos suas reais
intenções.” Me abraçou.

“A mesma intenção de sempre. Eu não estou com a intenção ainda de ir para
‘cama’ com você.” Suguei seu pescoço e ele se retesou, empurrando um pouco
minha cintura.

“Tudo bem. Eu só queria confirmar. É por que eu falei para você na última
vez dentro do carro seu irmão que eu queria sempre que suas intenções ficassem
claras, a fim de que eu não tirasse conclusões precipitadas.” Me afagou com
carinho, os dedos em meu cabelo.

“Como ontem à noite, né?!” Hum... acho que o álcool subiu, deixei escapar
essa sem querer.

Arrependi no mesmo instante, pois pelo seu rosto passou raios de dor. Ele
colocou meu rosto entre suas mãos e me fez olhar para ele.

Por hoje é só....besos quero ver comentários viu!!!???