Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(

? -Tocou sua cálida pele com a ponta da língua, fazendo que
se estremecesse. Emitiu um frágil ofego de surpresa e se inclinou um pouco mais
para ele, como se quisesse recostar-se sobre seu braço. Tomou seu sujo cabelo entre
as mãos e lhe moveu a cabeça para um lado, longe das carícias. Gemeu
ligeiramente, mas não lhe afastou. Seus dedos se agarravam com nervosismo a sua
túnica, jogando com os laços.

 
O pulsodesbocado de seu pescoço palpitava com força sob a escura mancha
de sua maltratada pele. Havia um machucado na base da garganta que se perfilava
na marca de cinco dedos perfeitamente visíveis. Tal e como tinha suposto:
tinham-na estrangulado. Seria tudo um jogo? Estava Enrico tratando de lhe
confundir? Tratando de lhe fazer sentir lástima pela mulher? Não funcionaria.
Fazia tempo que deixou de sentir lástima por nada nem ninguém.

 
Ou não?

 
Alfonso franziu o cenho enquanto a estudava. Seu aborrecimento e desejo
se mesclavam com a preocupação. Apoiou a cabeça contra sua têmpora para evitar
que se afastasse e, com a mão que tinha livre, acariciou-lhe a linha do
pescoço.

 
O duque girou a mão, passando conscientemente o dorso dos dedos sobre
suas bochechas e sua garganta. O negro anel de ônix escorregou por sua pele,
contrastando com a palidez de sua pele. Anahí conteve o fôlego e ele seguiu
baixando esperando que chiasse, que se afastasse com medo. Mas não o fez.
Manteve o rosto preso a seu pescoço enquanto passeava o dedo pela borda da
colcha, de forma que seu fôlego lhe acariciasse a pele. Posto que tinha a
colcha agarrada pelas costas, não foi difícil afastar o tecido de seus peitos.
Ofegou quando o ar lhe roçou a pele.

 
O duque lhe soltou o cabelo e suas carícias se fizeram suaves. Afastou
pouco a pouco a colcha, sem lhe olhar o peito, limitando-se a sentir o calor
abrasador que irradiava. Anahí afastou a mão de seu peito para apertar o forte
músculo de seu braço explorador e, ainda assim, não se afastou.

 
Alfonso não pôde resistir mais. Seus peitos atraíam a suas mãos para
baixo. Era muito. Precisava aliviar-se, precisava enterrar-se em algo suave. A
mulher parecia disposta; muito mais disposta que muitas desde fazia muito
tempo. Ao menos, não lutava por desfazer-se dele.

 
Examinou a suave pele que ia de sua garganta ao ombro e logo mais
abaixo, a seus peitos perfeitos, desejando-os ter em suas mãos, sentir como se
endureciam seus mamilos contra sua pele. Estremeceu-se. O sangue lhe bombeava
com força contra os flancos, lhe abrasando a pele com um fogo apaixonado. Sua
franga se fez mais grossa, mais dura, e se retorcia por liberar-se.

 
Sabia que não podia lhe ver, mas era parte do encanto. O que tinha
aquela donzela que o fazia sentir assim? Não queria sentir, agora não, não
depois de tantos anos de bendito adormecimento.

 
Não parecia lhe ter medo e não tratava de resistir. Seus olhos não
ficavam olhando fixamente, nem se afastavam com horror. Não se encolhia com
repugnância. Notava sua confusão, sentia sua apreensão e via a fervente luz de
seus olhos. O desejo pelo contato humano que formava parte dos instintos mais
básicos despertou das rotundidades de seu ser. Queria tocá-la, queria sentir a
cercania de sua pele junto a ele. Refreou-se e, em lugar disso, contentou-se
observando sua pele cremosa, ignorando os machucados que lhe cobriam o corpo.

 
E então gemeu, uma suave súplica; era o som de uma mulher que queria que
a tocassem. Alfonso não pôde resistir a seu enfeitiço. Inclinou-se para frente,
lhe beijando com suavidade a garganta, passando delicadamente os lábios por
cada um de seus hematomas. Anahí voltou a gemer. Aquele som seria sua perdição.