Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(
-Obrigado Haldana -sussurrou Anahí. Não voltou a abrir os olhos. No
momento, pouco lhe importava estar na guarida do monstro, ou que o monstro
queria comer-lhe. Estava contente de ter escapado da casa de seu pai e da mão
luxuriosa de seu prometido.
***
Anahí tremeu em suas mãos; seus esbeltos ombros nada podiam fazer contra
a excepcional força do monstro. Tinha querido assegurar-se de que era um homem
de verdade, feito de carne e osso, e não o mítico demônio que viera a caçá-la.
O homem que a tocava podia ser tanto homem como criatura; seu apertão era
firme. Gemeu de dor ante a pressão que exercia em seus braços, pois ainda não
estava de todo curada.
A fibra endurecida do corpo do monstro se forjava com ousadia contra
ela. Sua imensa coxa se abriu passagem obscenamente entre suas pernas, para
situar-se contra seu sexo. O calor de seu corpo a envolveu; seu masculino aroma
não fazia mais que incrementar o desejo que sentia. Suas coxas se umedeceram;
uma reação estranha para ela. Fechou os olhos e respirou seu aroma.
Apertou as pernas juntas para tratar de lhe afastar, mas era muito
forte. Apertou a perna contra seu sexo, fazendo que seu corpo respondesse da
única forma que sabia: empapando-se de seu cálido leite. Apesar de que voltou a
tentar lhe afastar, curiosamente desejava explorar as sensações que sua
indecente massagem lhe provocavam na boca do estômago.
O calor de suas mãos a enjoava; embora sabia que deveria querer partir,
encontrou-se surpreendentemente empurrada a ficar para ver o que acontecia.
Apertou-se contra ele, querendo deter as palpitações que lhe provocava.
Lhe acelerou o coração, marcando um ritmo violento, e abriu os olhos
surpreendida, lhe buscando na escuridão. Lambeu o quente sabor de seus lábios e
se estremeceu. Seu sexo palpitava como nunca antes, zangado por que lhe
castigara sem suas carícias.
Estavam
empapados do sangue que caía do céu, mas não lhe importava. Aproximando-a mais
a ele, tomou seu lábio inferior com os dentes e o mordeu com suavidade. Anahí
ofegou, surpreendida, e ele se aproveitou sua boca entreabierta. Pinçou a borda
de seus lábios com a língua e a lambeu cuidadosamente, fazendo com que ofegasse
com mais força. Não era um ofego de dor, mas sim de confusão.
Sim, meu senhor, toma-me...
Anahí afogou um grito de surpresa e abriu os olhos. Só era um sonho.
Não, não era só um sonho; era o sonho, o mesmo que tinha cada vez que fechava
os olhos. Tinham passado dois longos dias desde que despertara, e o monstro não
havia tornado a visitá-la. Estremecia-se cada vez que se lembrava de seu acento
estrangeiro, devido aos sonhos incrivelmente eróticos que tinha tido com ele.
Seu beijo tinha sido um sonho, verdade?
O sangue que lhe caía de um céu diabólico? Seus lábios envolvendo seu
peito, chupando-a e tocando-a?
Nada da vida real podia fazer que se excitara tanto.
Verdade?
A chuva, que seguia caindo fora das paredes de sua tenebrosa prisão e
cujo som repicava sem cessar lá fora, era seu único visitante na maior parte do
tempo. Tinha ido recuperando um pouco de visão ao longo desses dias. Salvo o
fato de que lhe nublasse a vista de vez em quando, era um bom sinal.
Suspirando, voltou a olhar a habitação. Sua melhorada visão não fazia mais que
afundá-la ainda mais na miséria, pois agora podia ver a infernal prisão em que
a mantinha encerrada.
Alfonso. Chama-se Alfonso de Herrera e pode que não seja um monstro, a
não ser um homem, e aos homens lhes pode convencer. Devia ter tido muchísima
febre para dizer as coisas que disse. Sou uma pessoa crescida, e não acredito
nas estúpidas superstições dos camponeses. Não acredito em monstros!
Já tinha explorado cada rincão da lúgubre habitação e não tinha
descoberto nada interessante. Havia teias de aranhas no teto, embora as aranhas
pareciam ter abandonado suas mofadas casas fazia tempo. A habitação tinha a
cama, uma cadeira tosca e a linda chaminé. Parecia que ninguém, antes dela,
tivera ocupado a habitação desde que a construíram. A cama era poeirenta,
pequena e cheirava a mofo. Ao menos era uma cama, e não um montão de palha no
chão, embora o colchão parecesse cheio
de lã empapada em lugar de palha.
A única visita que recebia muito de vez em quando, na habitação que já
considerava própria, era Haldana. A criada era amável com ela, embora tinha a
habilidade de interrompê-la ao falar. A compaixão da mulher acabou de convencer
a Anahí de que não tinha estado em seus cabáis para ouvir a monstruosa voz, e
Haldana se negava gentilmente a lhe recordar suas tolices de doente.
Porque os monstros não podem existir!
Quando Anahí pôde levantar-se sem que a cabeça lhe desse voltas, a
criada ordenou que lhe levassem um banho, mas não lhe permitiu a passagem a
nenhuma das curiosas criadas que levavam os vaporosos baldes de água. A própria
Haldana dispôs o banho e devolvia o balde às criadas para que trouxessem mais.
A Anahí não importou, de fato, agradecia a privacidade. Não teria sido capaz de
concentrar-se o suficiente para fazer frente aos olhares inquisitivos das
demais criadas. A água vaporosa sentou às mil maravilhas; pôde lavar a imunda
pele e se alegrou de poder desfazer-se por fim dos embaraços de seu cabelo.
Anahí era consciente de que, a não ser pelas periódicas visitas de
Haldana, teria se tornado louca de medo. Confiava em que Alfonso trocara de
opinião e a deixasse partir, ou ao menos sair de sua prisão. A habitação
tampouco lhe pareceu tão mal quando dormia durante todo o dia, mas agora que se
encontrava acordada durante mais tempo, começava a aborrecer-se. De momento
ainda não a tinha tratado como a uma prisioneira, apesar que não lhe deixavam
sair de sua habitação, mas a tinham cuidado e alimentado.
Anahí sorriu para ouvir que golpeavam brandamente à porta. Haldana era
sempre tão cortês... Só que, à medida que se foi abrindo a porta, deu-se conta
de que não era uma mulher quem chamava.
Baixou a vista, agradecida de levar suas velhas roupas, apesar a que
parecessem farrapos com as costuras que lhe tinham feito para repará-la.
Tinham-lhe rasgado o vestido pela frente de forma que, ao costurá-lo de volta,
o corpete lhe pegava mais ao corpo, fazendo que seus peitos estivessem muito
próximos para que fora cômodo. O tecido era mais baixa pela parte do pescoço,
de maneira que se olhava para baixo, via-se o decote.
-Minha senhora? -perguntou o ancião, dando-se tapinhas na careca com a
manga e sorrindo a ela com seu amável rosto. Levava uma túnica marrom
avermelhada e um colete marrom solto, unidos na cintura com um cinturão
vermelho. Ia vestido como um pagão, mas deduziu por seu porte que gozava de
grande autoridade no castelo. Como se para demonstrar que estava certa,
fixou-se no molho de chaves que pendurava de seu cinturão e que tilintava com
seus movimentos.
Passou as mãos ociosamente pela colcha de pele, enquanto tratava de
recordar seu nome. Recordava sua voz, mas não conseguia lembrar-se de onde a
tinha escutado.
-Sou Ulric -disse, ao ver que não lhe respondia. Anahí levou a mão à
cara e notou que lhe tinha baixado o inchaço. A última vez que se olhou, os
círculos brancos ao redor de suas pupilas marrons já não eram tão vermelhos.
Ainda assim, devia seguir horrorosa.
-Sim -respondeu Anahí, lhe olhando recatadamente através das espessas
pestanas. De repente, recordou onde lhe tinha conhecido e olhou para a chaminé
para ver se seu misterioso senhor aparecia. Ao ver que não havia ninguém,
repreendeu-se por ser tão tola.
-Vejo que cuidaram bem de ti. Pensei que o melhor seria lhe deixar
descansar em paz antes de voltar a lhe visitar. -Ulric retorceu a manga, a
enrolou na mão e voltou a dobrá-la à altura da munheca-. Por favor, perdoéis
que tenha vindo a seus aposentos, mas muito me temo que meu senhor não mudou
que idéia a respeito ao de lhe manter prisioneira.
-Então, não foi um sonho? Quer me reter aqui? -Anahí se deixou cair no
colchão abatida, e suspirou com desolação. Sua mente se revolvia ante tal
injustiça.
-Sim, mas tenhas paciência, minha senhora. Conheço meu senhor a muito
tempo, e não lhe fará mal. É um bom homem.
-Não me fará mal? -Anahí observou
ao homem, lhe rogando que lhe compreendesse-. Disse que faria um festim com meu
corpo, que se alimentaria com minha carne. Não acredito que essas palavras
sejam próprias de um bom homem.
-Não, o zangaste, isso é tudo. -Ulric olhou atrás dela-. Estou seguro de
que não o crês nessas histórias supersticiosas que dizem que meu senhor é um
monstro, verdade?
-Zanguei-lhe? -Lhe acelerou o pulso-. Como? Não fiz mais que despertar.
Não lhe pedi que cuidasse de mim; deveria me haver deixado morrer no bosque.
Não pedi que me salvassem; e menos ainda que me salvasse o Monstro de Lago Azul!
Anahí se apoiou contra a parede de pedra fazendo jarras. Inalou com delicadeza ao ver que as lágrimas lutavam por aflorar.
Olhou às escondidas ao criado através das pestanas, perguntando-se se sua pena
causaria algum efeito nele.
-Se essa for a causa de sua pena, então deves culpar a mim; pois eu lhe
encontrei e lhe tirei do frio. Terias morrido se não o tivesse feito. -Ulric
empurrou uma cadeira de uma esquina do quarto e a dispôs frente à cama. Parecia
satisfeito de havê-la consolado tão facilmente-. Minha senhora, importa-lhe que
me sente aqui um momento?
-Sim, por favor. -Distraída, Anahí lhe indicou com a mão que se
sentasse. Mordeu-se o lábio ao ver que
suas lágrimas não serviam de nada. Aquele homem não lhe ajudaria a escapar.
-Obrigado, minha senhora. -Ulric se sentou na cadeira.
-Por que me retém aqui? O que fez meu pai? Que crime cometeu? Que
ofensa? -Anahí tratava de aceitar seu novo papel de prisioneira do monstro,
pois ali era onde deveria ficar se não encontrava a forma de escapar.
-Isso deveria respondê-lo sua senhoria, minha senhora. Por que preferes
estar morta? Estou seguro de que sua família anda lhe procurando. Seu marido,
talvez?
-Não estou casada -disse Anahí, enojada ante a idéia. Cruzou as mãos
sobre o peito-. Mas ia a caminho do convento para tomar os votos. Quero ser
monja.
-Mas por que? Sois muito jovem para tomar os votos. Sois viúva?
-Não. -Anahí escondeu suas emoções sob uma sólida máscara de gelo-.
Minhas razões não são de sua incumbência. A única que coisa digo é que minha
vida me pertence e que farei o que queira com ela. E desejo viver em um
convento e, talvez, cuidar de crianças órfãs.
Anahí estudava ao ancião com calma. Seus olhos eram compassivos, o tipo
de olhos que não mentiria, embora tinha a impressão de que o homem tinha vivido
muito, e de que, sem dúvida alguma,
seria leal a seu senhor. Suspirou,
sabendo que não encontraria nenhum apoio nele.
-Menina, quem lhe bateu? É ele a razão pela qual queres desperdiçar sua
vida em um convento? -Ulric se recostou na cadeira. Anahí não estava louca;
sabia que informaria a seu senhor de tudo o que lhe dissesse-. Embora seja
muito nobre que queiras ajudar a outros, esse tipo de vida é mais apropriada
para viúvas ou criadas velhas, não para uma nobre jovem e bonita com tanto a
oferecer a este mundo.
Seus olhos se inundaram de lágrimas ante seu interesse, e não pôde
seguir muito tempo ocultando seus sentimentos.
-Não posso dizer por que o desejo, pois pouco importa. É a única opção
que tenho.
Ulric franziu o cenho, mas não seguiu perguntando. Ficou em pé e colocou
a cadeira em seu lugar.
-De verdade que devo ficar nesta habitação para sempre? O que pretende
fazer comigo? Se lhe conhecéis, devéis saber suas razões. -Anahí elevou uma mão
ao ver que o criado partia-. Por favor, tenho direito de saber o que fez meu
pai.
-Não lhe posso dizer isso de verdade. Não me corresponde. -passou a
manga pela careca-. Meu senhor tem muitos demônios internos, não sei o que fará
com você.
Pela expressão do homem, viu que dizia a verdade, embora não lhe
servisse de muito. Assentiu, incapaz de falar. A força com que lhe caíam as
lágrimas lhe queimava o nariz. Afastou a vista, envergonhada de ter mostrado
tanta debilidade frente a um criado.
-Tratarei de falar com ele, mas não sei se conseguirei algo. -Ulric a
deixou sozinha na habitação e fechou a porta atrás dele.
Autor(a): annytha
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O coração lhe encolheu. Isto não podia estar acontecendo! Jogou uma olhada a lúgubre habitação, com seu poeirento chão de pedra, a tapeçaria putrefata, o decadente colchão de palha, a colcha furada... e chorou. Mas Anahí não se compadeceu de si mesma durante muito momento com l&aacu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 633
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annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25
berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
gracias por tudo, e los amo.
pra siempre LOS A!!! -
myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47
Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
: 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2< +1 -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
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mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D