Fanfics Brasil - Capítulo 4 A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(

Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(


Capítulo: Capítulo 4

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-Meu senhor, não a encontramos. É como se tivesse desaparecido. -O
cavalheiro tratava de manter-se firme ante a fúria de seu senhor, mas inclinou
a cabeça um pouco ao presenciar sua crescente ira-. A procuramos em todas as
partes.


 
-Está claro que não em todas as partes, pois ainda não apareceu, imbecil
-respondeu com dureza-. Voltem a olhar, prestem mais atenção!


 
-Não conseguiremos nada, meu senhor. Não há rastro de Lady Anahí.
Rastreamos os bosques que vão para o sul e o pântano para o norte. Não há sinais
de que tenha passado por aí. Nenhum camponês a viu e, se a viram, não o dizem.
-O cavalheiro apoiou a mão brandamente no punho que levava ao cinto. Coçou o
loiro cabelo detrás da orelha com a mão enluvada antes de  sugerir com acanhamento-: Acredito que
deveríamos esperar a ver se pedem resgate.


 
-Dá-me no mesmo o que crês! -O conde de Puente Portilla se equilibrou
sobre o soldado que se atrevia a desafiar suas ordens. Cruzou-lhe a cara com a
mão com tal força que lhe mandou ao imundo chão. Logo, dando voltas, ficou
observando a um cão que tinha deitado sobre um montão de palha. O animal se
distraía roendo um osso. Tomando-a com ele, o conde deu um chute ao cão no
ventre e fez que o vira-lata saísse correndo e gemendo dali.


 
Durante uns segundos, o conde não se moveu; ao ver sair fugindo ao cão
não se aliviava. Ninguém foi a ajudar ao homem enquanto ficava em pé ele só. O
cavalheiro ficou em pé, sem atrever-se a voltar para a carga. Elevou a cabeça
com orgulho e guardou silêncio.


 
Enrico observou brevemente os descuidados muros de seu castelo. A pedra
descoberta começava a rachar-se. Dentro, o chão da sala principal estava
coberto de palhas, mas eram feitos de imundície em vez de pedra. O castelo caía
em seus narizes; necessitava de dinheiro, e rápido!


 
Agora que sua filha não estava, os criados não cumpriam com suas tarefas
porque não tinham quem lhes ordenasse. Havia pó por todos lados e o lixo se
acumulava junto à paliçada, e os banheiros desprendiam um aroma difícil de
seguir ignorando.


 
O conde levava uma sobrecapa de fino linho cor creme com mangas
ajustadas no pulso, sobre o qual levava uma sobrecapa carmesim de delicada lã
com mangas que lhe chegavam só até os cotovelos. Os punhos, ricamente decorados
com bordados dourados mostravam que a capa estava velha. Sua roupa de baixo
marrom perdia a cor nos joelhos e no traseiro, feito que tratava de esconder
com a capa. Entretanto, ao  andar, as
fendas deixavam entrever as partes desgastadas.


 
Suspirando ao pensá-lo, o conde passou a mão pela testa antes de dizer:


 
-Não quero voltar a ouvir que não podem fazer nada! Encontrem a minha
filha! Não pode ter ido muito longe sem ajuda. Se for necessário, capturem a um
par de camponeses, para ver se desejam falar ou não. E se não... capturem a seus
filhos!


  -Já
ouvistes as ordens de seu senhor.  -Lorde
Derrick ficou junto a Enrico-. Encontrem a minha noiva!


 
O conde se voltou para observar a Derrick. Franziu o cenho, apertando os
punhos e dentes. Não gostava que lhe interrompessem, embora começava a acostumar-se
às intromissões de Derrick.


 
Era um homem alto, bastante mais que a maioria das passoas, não
alcançava muito a Enrico, mais largo e de menor estatura. Mas sua altura não o
fazia mais largo. Era mas bem magro, as bochechas lhe afundavam na cara e lhe
deixava pouco atrativo para as mulheres. Sua difunta mãe lhe tinha mimado até
não poder mais enquanto seu pai estava na guerra, e tinha um temperamento
espantoso.


 
Mas aqueles dois homens não só eram diferentes fisicamente. Enrico era
um homem com título nobre e um grande latifundiário. Gozava do respeito do
resto dos lordes por ser o intrépido líder que era, apesar de que estava
acostumado a enviar a seus homens à guerra em seu lugar e preferia fazer-se
cargo da parte política das guerras, como embaixador. O defunto rei Aethelred
de Wessex lhe tinha considerado seu leal embaixador e ao conde gostava de
pensar que o sucessor de Aethelred, o rei Pedro, tinha-lhe na mesma
consideração. Llevava anos viajando a terras estrangeiras e reunindo-se com
seus dignatários. Era um honorável membro de Witan e freqüentemente tinha sido
eleito como representante de suas decisões. Mas era pobre.


 
Derrick era rico, imensamente rico, mas não tinha castelo nem exército
próprio. Não tinha  terras das quais
vangloriar-se; salvo uma pequena casa de madeira. Devido a sua grande fortuna,
e às conexões familiares, lhe consideravam um nobre, mesmo que não tivesse título
oficial. Não formava parte da Witan e era conhecido entre os cavalheiros contra
os quais lutava por ser o tipo de homem que faria qualquer coisa com tal de
conseguir o que queria. E Derrick queria poder.


 
Enrico não tinha herdeiros varões, pois sua mulher morreu após dar a luz
a doze varões mortos antes de nascer a Anahí. O conde necessitava a fortuna de Derrick
para que Puente Portilla seguisse ligada a sua família; e Derrick ansiava o
poder e o prestígio que lhe outorgaria casar-se com a única filha do conde e,
portanto, herdar o título e as terras.


 
-Marchem! -bramou o conde sem necessidade, elevando um punho em
desespero. Assim que partiram os soldados, Enrico se voltou para o prometido de
sua filha-. Temos que encontrá-la, ou não haverá aliança possível.


 
-Encontraremos-na, e ao culpado também. -Derrick entrecerrou os olhos
para ver os homens partir. Quando voltou a olhar ao conde, seus fundos olhos
eram negros.


 
-Anahí nunca teria partido sozinha -replicou o conde com o cenho
franzido-. Sabe qual é seu dever com respeito a vós; nunca fugiria.


 
Derrick não falou, mas assentiu devagar com a cabeça.


 
-Há alguma notícia de Lynne, sua donzela? -perguntou Enrico.


 
-Um dos camponeses informou de havê-la visto passar antes que Anahí
desaparecesse. O mais seguro é que fugisse com algum amante -respondeu Derrick
sem esperança. Olhou  distraídamente para
longe, protegendo os olhos com a mão-. Suponho que com alguém do povoado do
pântano.


 
-Esses do pântano são um bando de camponeses pestilentos -grunhiu o
conde, descartando o destino da criada desaparecida com um movimento de mão-.
Essa Lynne sempre foi estranha.


 
Os lábios de Derrick se permutaram em uma careta.


 
-Irei eu mesmo com seus homens e procurarei a minha dama; não pode ter ido
muito longe. Não posso ficar aqui parado, presenciando sua inutilidade, nem um
minuto mais.


 
-De acordo, Derrick, marche -grunhiu o conde, irritado. Deu um chute a
uma pedra que havia junto à porta-. Pois váis em busca de seu futuro. Sem
casamento, não há título nobiliário.


 
Derrick franziu o cenho.


-Enrico, sem Anahí, não terás mais
alternativa que me dar seu título.






      
* * *




 Anahí esfregou o nariz e subiu a saia até a
cintura, tratando em vão de mantê-la separada da negra fuligem. Parecia que não
tinham limpado a foqueira da cozinha desde que a fizeram. A pedra estava suja
dos restos de comidas anteriores.


 
A qualidade de sua capa não era boa, mas era feita de uma lã muito
resistente. Era o vestido de uma criada, e era menos glamoroso que as
vestimentas às quais estava acostumada, mas dadas as circunstâncias, pouco lhe
importava. Contentava-se com qualquer coisa, contanto que estivesse limpa.


 
Suspirando, recordou a quantidade de vestidos e véus de cores que havia
possuído na casa de seu pai. O conde sempre tinha estado atento de que fora bem
vestida, como correspondia a sua classe. Estava tão atento que às vezes Anahí
não podia evitar pensar que tratava de lhe compensar com presentes a falta de
carinho. Seu último presente tinha sido uma preciosa capa cor creme feita de
delicado linho; tinha sido para suavizar a notícia que tinha que lhe dar: seu
compromisso com Lorde Derrick. Supunha-se que seria seu vestido de noiva.


 
Esses dias ficaram para trás. Agora sou menos que uma criada: sou uma prisioneira.


 
Anahí se repreendeu por ser tão banal e centrou toda sua atenção em sua
tarefa de limpar à mão o castelo de Lago Azul. O velho caldeirão negro que
pendurava da fogueira fedia a mingau de pescado; a única coisa que lhe tinham
ofereciado para comer. Sentiu os olhos das criadas da cozinha cravados em suas
costas, assim passou a mão pela borda do caldeirão, sabendo que, antes de que
lhe desse tempo a olhar sequer, seus dedos ficariam cobertos de graxa.


 
A fogueira não era mais que um exemplo do descuidado e do abandonado que
estava o castelo de Lago Azul. As teias de aranhas dos antigos e novos
aposentos de Anahí não tinham sido mais que o começo; a coisa ficava muito pior
à medida que avançava. Anahí tinha pensado com muito otimismo que sua primeira
habitação tinha estado tão descuidada devido a que ninguém a teria utilizado
antes dela. Mas lhe tinha caído a alma aos pés ao ver o resto dos corredores e
ao ver como eram seus novos aposentos.


 
No piso superior, as paredes de madeira estavam estilhaçadas e cheias de
pó. As tapeçarias estavam destroçadas, os colchões de palha cheiravam a
umidade, e o véu que pendurava dos dosséis das camas, furado. A sala principal,
no piso inferior, não era muito melhor, embora a primeira vista parecia mais
limpa que os dormitórios.


 
Mas isso só se deve a que os homens vivem aqui embaixo. É difícil que
aquilo que se utiliza acumule pó e sujeira.


 
Girando-se com desdém, suspirou e observou com frieza aos criados que
ali havia. Anahí olhou um a um aos olhos antes de falar:


 
-Ordenei que limpassem este caldeirão e a fogueira antes que voltasse.
Passaram mais de duas horas disso e ainda não se há feito.


 
Nenhum dos criados respondeu, e nenhum se moveu para tocar o caldeirão
em questão. Anahí limpou os dedos no avental para afastar o cabelo da cara com
o dorso da mão. Recolheu os cachos com uma pedaço de couro, de forma que não
lhe caíssem pela cara enquanto ajudava a limpar.


 
-O duque me solicitou que atue como senhora do castelo, querem responder
ante sua fúria? Pois não serei a única que sofra se não aprovar a forma em que
se fazem as coisas. -Anahí teria preferido não ter que recorrer às ameaças, mas
os criados se negavam a escutá-la. Levava toda a manhã brigando contra sua
vacância.


 
A princípio tinha tratado de que substituíssem os juncos da sala
principal com nova palha limpa, mas não o conseguiu. Logo tinha tratado de que
tirassem as teias de aranhas das vigas que havia sobre mesa de jantar, mas
seguiram resistindo a fazê-lo. O mesmo aconteceu quando tratou de que
retirassem os escombros que havia junto à paliçada. Quando perguntou pelo
pedreiro local, riram dela.


 
-Não sei quanto tempo estará fora sua senhoria, mas sei que como não
veja claras as melhoras a sua volta... -Anahí olhou as mãos, as retorcendo com
horror, deixando a propósito que os apreensivos criados imaginassem o que
quisessem. Pareceu sortir seu efeito, pois uma das moças mais altas deu um
passo à frente.


 
-Minha senhora -disse, fazendo uma pequena reverência-.  Não sabemos como fazê-lo.


 
-Não sabem como limpar um caldeirão? -perguntou Anahí sem acreditá-lo-.
Como é possível? É muito simples.


 
-O que quero dizer, minha senhora, é que não nos hão dito quais são
nossas tarefas. Quem deve limpar o caldeirão de todos nós? Quem deve substituir
a palha? -A criada deu de ombros com delicadeza e olhou os pés sujos, golpeando
uma pedrinha com eles-. O rei Pedro enviou a todos nós a trabalhar aqui. Nossas
terras foram arrasadas pelas guerras, assim tampouco tínhamos nenhum lar ao
qual voltar. Os vikings queimaram nossas granjas, e o rei nos concedeu a
oportunidade de trabalhar como criados para meu senhor enquanto este fora seu
prisioneiro.


 
-Como lhe chamam? -perguntou Anahí.


 
Não me estranha que o castelo caia em pedaços! O senhor não se preocupou
por ele.


 
-Dulce. -A criada elevou a cabeça brevemente e voltou a olhar os pés.
Tomou a borda do avental com a mão e puxou um fio que pendurava.


 
-Alguém sabe como se limpa a palha? -perguntou Anahí ao grupo em geral.
Uma das criadas elevou um braço tremente, olhando ao seu redor ao fazê-lo, para
ver se era a única-. Perfeito; encarregarregue-se da tarefa, pois. Faças um
fogo junto à cerca e escolhas a outras seis pessoas para que lhe ajudem. O
resto limpe as teias de aranhas das vigas. Começaremos com a limpeza da sala
principal e da cozinha, antes de seguir com a planta superior. Quero que esta
morada resplandeça antes que sua senhoria volte suponho que todos queremos lhe
ter satisfeito.


 
Anahí mordeu o lábio, pensativa, e assinalou a uma criada com pinta de
duendezinho.


 
-Vá procurar ao pedreiro. Lhe digas que necessitemos que repare
imediatamente essas pedras soltas. À medida que vão limpando a palha, informem
de qualquer outra pedra solta que encontrem no chão. Não quero que os convidados
de sua senhoria tropecem.


 
As criadas riram entre dentes, voltando-se para a criada a qual lhe
tinha ordenado que procurasse o pedreiro. A mulher tinha empalidecido e olhava
à nova senhora do castelo com pesar.


 
-Harold não se tomará a bem... -começou a dizer o duendezinho morto ante
a tarefa que lhe tinham encomendado.


 
-Informe ao Harold de que será o primeiro em responder ante o monstro
assim que o senhor haja tornado. Acredito que o fará com suficiente rapidez! -
espetou Dulce antes que Anahí pudesse responder. As criadas soltaram risinhos e
a duendezinha engoliu com força, mas assentiu com a cabeça, conformada.


 
Anahí tratou de não franzir o cenho pela forma em que viam seu senhor,
mas não queria as animar. Cada vez que pensava em Alfonso, já não pensava nele
como num monstro, como tinha feito a princípio. Tudo que recordava era o tato
de suas mãos sobre seu corpo, a pressão de seus lábios nos seus. Algo acontecia
entre eles; algo tórrido e potente. Talvez o melhor era que não explodira. Anahí
se ruborizou ao ver que as criadas a observavam, espectadoras.


 
-Façam como lhes hei dito -ordenou, com um gesto da mão.


 
As criadas assentiram e saíram da cozinha. Algumas delas sussurravam
umas às outras, assombradas pela forma em que se ruborizou a nobre. Anahí fez
como se não as tivesse ouvido. Dulce ficou atrás timidamente, e Anahí se girou
para ela com interesse.


 
-Minha senhora, sua senhoria voltará dentro de dois dias -lhe informou a
criada-. É o máximo que se afasta sempre do castelo.


 
-Oh. -Anahí se perguntava aonde teria ido-. Então temos tempo de sobra
para arrumar este lugar, se trabalharmos duro.


 
-Minha senhora, desejas que me ocupe do caldeirão? -Dulce vacilava;
deu-lhe um chute à pedra que havia solta e se deteve em seco, com olhar de
culpabilidade.


 
-Podes me ajudar com isso -lhe indicou Anahí, assentindo firmemente com
a cabeça.  Lutou para empurrar o pesado
caldeirão fora da fogueira e colocá-lo no chão-. Se quisermos fazê-lo bem,
necessitaremos água e pasta de limpeza.


 
-Há um poço no pátio -replicou Dulce com um amplo sorriso-, e um montão
de pasta na despensa.


 
-Na despensa? -Anahí sacudiu a cabeça com consternação-. Junto à comida?


 
-Não sabíamos onde pô-la. -Dulce se deu de ombros.


 
Anahí tinha a ligeira sensação de que a criada ficou para trás por algo
mais do que para ajudá-la. Seria aquela atrativa mulher a amante do duque? Dulce
era uma das criadas mais bonitas, teria sentido que o duque intimasse com ela.
Uma chicotada de ciúmes lhe golpeou o peito de repente, ao pensá-lo.


 
Tampouco é que queira ocupar seu posto.


 
Anahí se obrigou a sorrir, temerosa de que a pele de seu suspenso rosto
se rompesse com o esforço.


 
-Me ajudes a levar isto junto ao poço -ordenou Anahí. De repente,
descobriu que queria estar em companhia da jovem. Agarrou uma asa e observou à
criada, espectadora.


 
Dulce assentiu e agarrou a outra asa, obviamente surpreendida de ver uma
dama de sua linhagem sujar as mãos com as tarefas do lar. As duas mulheres
abriram passo com dificuldade em silêncio. Dulce assinalou com a cabeça para um
ponto passado a horta de verduras e ervas.


 
A brisa lhe levou o forte aroma de salvia, salsinha e camomila ao passar
por aí apressadamente. Era uma horta pequena e tinha um tosco banco de pedra,
junto ao que alguém tinha deixado uma cesta cheia de verduras frescas: aipo,
cebolas, abóbaras. Passado a horta junto à parede de pedra negra, havia um
gigantesco carvalho que parecia um pouco deslocado naquela horta, mas Anahí
chegou à conclusão de que estava ali porque, simplesmente, o senhor do castelo
se preocupava disso.


 
Caminharam apressadamente com a pesada carga, aproximando-se do poço do
pátio. Com cada passo que davam, seus esbeltos braços se esticavam um pouco
mais. Lhes aproximaram vários cães ao vê-las chegar tratando de farejar o que
levavam. Dulce tratou de afastá-los de sua saia de uma patada, e a ponto esteve
de cair ao chão no processo. Anahí observou enojada como um dos vira-latas
entrava na cozinha.


 
As mulheres estavam colocando o caldeirão no chão com grunhidos de
esforço quando um forte e musculoso cavalheiro se aproximou. Afastou-se o
comprido escuro cabelo que lhe caía pelo rosto e seus jovens lábios se curvaram
em um sorriso pícaro, apesar de que parecia fazê-lo sem querer.


 
-Deixem que lhes ajude com isso -se ofereceu o cavalheiro com
galanteria. Parecia que acabara de voltar de  realizar seus exercícios matutinos, pois suas
costas, nuas e morenas, brilhavam de suor. Sorriu como um menino a Dulce e se
girou para Anahí para lhe fazer uma reverência-: Minha senhora, sou Ucker. Se
alguma vez necessitara de algo...


 
-Muito obrigada, Sir Ucker -lhe interrompeu Anahí agradecida. Assentiu a
cabeça para o bonito jovem e ocultou seu sorriso enquanto observava a Dulce
pela extremidade do olho. As bochechas da criada se tingiram de um atrativo
rosa, e a jovem suspirou belamente ao ver que Ucker lhes tirava o caldeirão das
mãos e o levava sem esforço, sorrindo timidamente à criada.


 
Anahí viu os olhares de desejo que se dirigiam e tratou de não rir,
sentindo-se em certo modo aliviada pois, embora Dulce fora a amante de Alfonso,
a jovem não parecia gostar do duque em excesso.


 
-Sua ajuda é bem recebida, senhor.


 
-Onde quer minha senhora que o deixe? -perguntou, movendo sua cabeça de
menino.


 
-Junto ao poço -respondeu Dulce por Anahí. A criada ficou nas pontas dos
pés para assinalar na direção óbvia da água. Chupando os lábios, olhou
timidamente para outro lado.


  
Ucker ficou diante delas assentindo com a cabeça e carregou o caldeirão
sem problemas até o poço. Anahí se girou para observar a Dulce, mas a jovem
estava total em sua fantasia do atrativo cavalheiro de olhos marrons. Olhou à
frente para seguir a Ucker e suspirou exasperada ao ver um cão faminto
perseguindo uma galinha, e se fez a nota mental de que teria que construir um
curral à parte para as aves de curral. Não lhe atraía a idéia de que o gado a
abordasse cada vez que tratasse de dar uma volta pelo pátio.



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Autor(a): annytha

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Prévia do próximo capítulo

  a todos meus leitores, obrigado por estarem me acompanhando nessa web. sei que é uma longa historias, mas é umas das mais lindas que ja li, por isso não vão se arrepender!!! Até agora, o castelo de Lago Azul não tinha impressionado a Anahí muito. Embora parecia ter muito potencial, não se tinha aproveitado ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 633



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  • annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25

    berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
    mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
    myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
    mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
    gracias por tudo, e los amo.
    pra siempre LOS A!!!

  • myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47

    Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
    Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
    : 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2< +1

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D


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