Fanfics Brasil - Capítulo 1 A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(

Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(


Capítulo: Capítulo 1

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  Castelo do Lago Azul, Wessex,


 
-Meu deus, Ulric! Acredito que esta terra de Wessex te está apodrecendo!


 
O tom de voz de Alfonso de Herrera, duque de Lago Azul, era forte devido
à exasperação. Sabia que seu tom de voz tinha uma característica grave que
refletia sua procedência de uma cultura báltica que se encontrava a grande
distância ao norte do condado saxão de Lago Azul. A herança fazia que suas
palavras nunca fossem suaves e seus lábios, unidos numa linha, faziam-lhe
parecer uma pessoa sem piedade. Alfonso o fazia de propósito.


 
-É irracional, velho louco, que insistam em que fique um só minuto mais
junto a esta pilha de cadáveres de animais podres. Não sei por que pensaram que
me interessaria!


 
Seu acento atemorizava todos os que estivessem a suas ordens. De fato,
tudo nele amedrontava a seus homens. Queria que os saxões lhe temessem, porque
assim lhe obedeceriam e lhe deixariam em paz. Estava há um ano em Wessex e até
o momento estava funcionando.


 
Tampouco o tinham enviado ali para fazer amigos.


 
Alfonso era o primeiro duque de Lago Azul, mas não era um cargo que lhe
agradasse. Se fosse por ele, acabaria seus miseráveis dias sozinho, em um
castelo afastado de tudo e de todos. Ou isso, ou se meteria completamente e
feliz, em qualquer outra guerra.


 
Franziu o cenho, entrecerrando os olhos com enfado e não fez gesto algum
de que fosse voltar para começar seus exercícios diários, embora fechou os
dedos sobre o punho de sua espada.  Em
vez de partir, tirou o forro de pele do casaco que levava sobre os ombros. A
brisa levantava seu comprido cabelo negro, um pouco fora de moda, que chegava
aos ombros, enquanto observava com gesto ausente um fio de cabelo. Vestia-se de
propósito com as roupas pagãs de quem vivia em Danlaw, ao invés de adaptar-se à
forma de vestir mais "civilizada" da nação de Wessex. Fazia isso para
irritar a sensibilidade cristã dos seus vizinhos saxões, e para atemorizar
àqueles homens aos que obrigava a servir a suas ordens.


    
Sim, nada em mim tem a ver com esta abominável terra. Sou um homem
sem pátria. Odeio Wessex, e  odeio a
terra de meu pai. E odeio a paz que mantêm as duas.


     
Alfonso elevou o braço, tenso, fazendo um gesto ao guarda que havia em
cima ele, encarapitado na escura pedra do muro da paliçada. Em seu dedo, um
anel de ônix negro cintilava, como um farol que o guarda pudesse ver. Com um
rápido movimento de pulso, o duque ordenou em silêncio ao cavalheiro que içasse
a porta externa.


 
O saxão, jovem e loiro, não duvidou em obedecer as ordens de seu bárbaro
senhor. Como sempre, Alfonso sabia que o guarda lhe olhava intensamente,
esperando ver qualquer tipo de movimento, por leve que fora. O homem não lhe
obedecia imediatamente porque o respeitava, mas sim pelo medo que tinha dele.
Essa era a única razão pela qual todos os guerreiros saxões que moravam no
castelo de Lago Azul obedeciam suas ordens: o medo. Todos eles tinham escutado
os sinistros rumores que lhe seguiram desde sua terra, e jamais tinha feito
nada para ganhar seu respeito ou para que mudassem a opinião a respeito dele.


 
-Retirem-na de uma vez! Acredito que interrompestes meu treinamento
matutino para ver nada mais que lixo fétido -ordenou o duque a Ulric, só para
zangar-se ainda mais ao ver que a porta não se elevava com a suficiente rapidez
para acalmar sua impaciência. Apoiou a mão no punho de sua espada, a modo de
advertência, feito que não passou desaparecido, pois outro cavalheiro desapareceu
pelo muro com a clara intenção de ajudar ao homem que estava içando a porta. Alfonso
se vangloriava de seu difícil caráter-. Argh!


 
Suspirou ao ver que as dobradiças de ferro da porta finalmente chiavam,
elevando-se pouco a pouco. Empunhou a espada e franziu o cenho ainda mais.


 
Ainda zangado, voltou a olhar a Ulric enquanto este tratava de jogar uma
boa olhada aos animais em decomposição através do postigo da porta. O servo se
voltou para o duque, observando a roupa do nobre. Alfonso baixou a vista para o
que tinha posto, sendo consciente uma vez mais de quão diferente era dos
saxões.


 
Sobre a túnica levava um cinturão negro e prateado de lã, que lhe
rodeava a cintura e se atava com um nó na parte da frente, de maneira que as
franjas sem decorar caíam livremente sobre suas coxas. Levava o pescoço de sua
sobrecapa amarrada firmemente ao seu grosso pescoço, de modo que seu peito
ficasse completamente oculto à vista. Alfonso não se sentia obrigado a levar
uma sobrecapa mais que em raríssimas ocasiões políticas. Não precisava vestir
essas formalidades diariamente; mas nessas raras ocasiões, a sobrecapa era
também negra, com muitos poucos adornos prateados.


 
A única cor que o olho observador encontraria em Alfonso era o rocc de cor clara, sua capa de pele formada a partir de pele de vários lobos cinzas,
e que teria tingido de negro com gosto, a não ser pela evidente perda de tempo
e recursos que requereria o trabalho. Tal e como era costume entre seus
companheiros pagãos, Alfonso llevava a pele para dentro para que lhe desse
calor.


 
-Por todos os Santos! -rugiu Alfonso, sem lhe importar quem o ouvisse.
Vários dos servos que rondavam por ali se detiveram em seco ao ouvir-lhe, feito
que fez surgir automaticamente um ligeiro sorriso de arrevesado prazer nas
comissuras dos lábios. Os servos demoraram um par de segundos mais em voltar
para seus afazeres, aliviados ao comprovar que não eram a razão de seu
aborrecimento.


 
Era um fato conhecido e aceito por todos os habitantes do castelo de Lago
Azul que Alfonso só tinha consentido em converter-se ao cristianismo para
agradar ao rei Pedro de Wessex, de acordo com o estabelecido pelo tratado de
Wedmore e o duque não fazia nada para dissuadir suas crenças nem por lhes
convencer de que sua conversão fora sincera. Que acreditassem que era um
diabólico monstro enviado pelo rei Victor para lhes atormentar.


 
A verdade era que Alfonso não se preocupava em excesso com o deus
cristão, nem lhe preocupavam os múltiplos deuses de seus antepassados. Depois
da morte de sua esposa, fazia seis anos, tinha perdido a fé; embora, pensando-o
bem, era  muito possível que tivesse
perdido a fé muito antes.


 
Baixou o queixo para observar com o cenho franzido o que acontecia por
debaixo de sua enorme altura e enrugou o nariz com repugnância quando se
levantou outra rajada de vento. O  ar
levava um fedor tão profundo que, apesar de estar acostumado aos campos de
batalha, Alfonso não pôde ignorar o putrefato aroma. Seu sorrisinho se tornou
rapidamente em um grunhido. Apesar de sua aparência tosca, Alfonso era uma
pessoa limpa, influenciado como estava pelos particulares rituais de banho da
nação de seu pai, os vikings, e insistia que em sua casa todos seguissem seu
exemplo e se banhassem ao menos duas vezes por semana; um costume pagão e
aparentemente desconhecido nas moradas dos saxões. Recebeu alguns protestos a
respeito, mas era imprescindível manter aromas como este, de animal podre, fora
de sua casa.


 
Franziu o cenho, irritado, e tratou sem êxito de determinar o que era
exatamente que emitia esse aroma nauseabundo.


 
-O que é, Ülric? Cheira a carne em decomposição. Quem seria capaz de
deixar cadáveres  às portas de minha
casa, para que se apodreçam?


 
-Talvez seja um sacrifício em honra ao castelo -sugeriu Ulric, sacudindo
a cabeça com  gesto sério, embora a
expressão do criado demonstrava claramente o pouco que lhe convencia seu
argumento.


 
No ano anterior, Ulric tinha viajado com o duque a Wessex. Era um homem
de curta estatura, com pouco cabelo e um rosto amável oculto atrás de uma
cuidada barba. Sua natureza alegre contrastava com a de seu escuro e sério
senhor; do mesmo modo que sua silhueta arredondada era todo o oposto à vigorosa
aparência de Alfonso. Além de ser o senescal do duque, era o mais parecido que
tinha Alfonso a um amigo.


 
-Não, não se deve a nenhum sacrifício -respondeu Alfonso, elevando a
vista ao céu mutável. Ainda era cedo, apesar que o céu era já de um púrpura
escuro. Desembainhou a ampla espada em um movimento suave e flexionou os
músculos do braço que a sustentava, distraído, arranhando preguiçosamente a
sujeira com a ponta e, sorrindo com suficiência, acrescentou-:  Além disso, o prelado proibiu essas práticas;
segundo a Igreja, trata-se de um costume muito bárbaro.


 
Suspirou, fechando as mãos em um punho e apertando os lábios com força.
Ao examinar o putrefato montão mais de perto, descobriu que era em realidade um
montão de peles em forma algo estranha. Apoiou as mãos firmemente no quadril,
cravou a vista na ponta de sua espada, que ainda estava apoiada no chão.


 
A porta da fortaleza se deteve sobre sua cabeça, mas não fez gesto de
afastar-se. A porta era de madeira maciça de carvalho inglês, unida com franjas
de ferro. Os rebites bicudos que havia na parte inferior da porta eram de
madeira reforçada com ferro, que permitia que funcionassem como dentes de metal
se se baixava muito depressa. Ao ver as pontas agudas, pensou mórbidamente na
facilidade com que poderiam partir a um homem em dois.


 
Assim que apartaram as pontas, Ulric se aproximou apressadamente à
pilha. O redondo corpo do senescal rangeu com o esforço que lhe levou
ajoelhar-se, fazendo que grunhisse. Antes de aproximar-se para examinar as
peles, Ulric passou pela testae a manga da túnica marrom que levava, e se
cobriu o nariz com o braço.


 
Com gesto impaciente, Alfonso observou Ulric fazer desde um pouco mais
atrás, negando-se a embainhar a espada. O senescal se endireitou de um salto,
surpreso.


 
-Meu senhor, acredito que há uma donzela entre estas peles. Acredito ter
visto as vísceras de um coelho sobre seu cabelo -gritou Ulric através da manga
de sua túnica.



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 633



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  • annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25

    berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
    mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
    myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
    mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
    gracias por tudo, e los amo.
    pra siempre LOS A!!!

  • myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47

    Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
    Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
    : 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2< +1

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D


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