Fanfics Brasil - A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(

Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(


Capítulo: 25? Capítulo

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berryparadise obrigada por comentar nessa web, capitulo bem lomgo e dedicado todo a vc, e em relação a queimadura, logo logo ele mesmo explica isso a Annie, espera e verá!!!


 
-Sim, minha senhora. Se não consumar este matrimônio, seu pai poderia
anulá-lo; poderia lhe a se casar com o Derrick e tudo isto teria sido em vão.


 
Não respondeu, mas lhe tremiam os ombros.


 
-Preferirias passar muitas noites com Derrick e seus homens antes que
uma comigo?


 
-Não, meu senhor.


 
-Não, o que?


 
-Não, prefiro me deitar com você antes que com ele... eles. - Voltou a
fazer girar o caule da camomila entre os dedos.


 
Assentiu de novo e voltou a virar-se para dirigir-se a seus aposentos.
De caminho para ali, tirou uma tocha acesa da parede e, ao nada mais entrar na
habitação, atirou-a à chaminé para acendê-la. As chamas prenderam e
crepitaram,  fazendo a atmosfera um pouco
mais agradável.


 
Anahí entrou atrás dele no quarto. A doçura tinha desaparecido por
completo de seus rasgos  e, de repente,
não estava segura do que esperava dela. Zangou-se consigo mesma por ter
aceitado casar-se com ele desde o começo: proteção. Não eram feitos um para o
outro, nem nunca o seriam.


 
Estremeceu-se ante o poder que emanava dele; até as pedras do castelo
pareciam lhe obedecer. Se assim o ordenasse, seguro que as pedras se afastariam
a seu passo. Outra coisa não, mas aquele homem podia protegê-la.


 
-Sua forma de falar -começou Anahí, tratando de pensar em algo do que
falar. Tinham entrado no quarto e estava em pé, junto à porta, desesperada por
pensar em algo que não fora a tarefa que lhe aguardava. Não sabia o que esperar
daquela noite, mas a idéia de descobri-lo fazia que uma estranha e erótica
sensação percorresse seu inocente corpo. Se tão só a olhasse afetuosamente,
qualquer tipo de sentimento valia, a verdade. Queria-a como a uma mulher?
Sentia-se atraído por ela? Queria deitar-se com ela? Ou só estava ali, ante
ela, por vingança? Observou seu inexpressivo rosto e temeu ver a resposta nele.
Picava; o sentimento era quase tão ruim como o que sentia nas vísceras e que
fazia com que suas coxas se umedecessem e lhe ardessem os mamilos.


 
-O que acontece com ela? -Alfonso se encaminhou para a porta e a fechou
com um golpe seco, fazendo que se sobressaltasse. Voltou para a chaminé e se
virou, mantendo as distâncias.


 
-Nunca o tinha ouvido antes. -Anahí lhe observou através das pestanas. A
luz da luz proporcionava uma auréola de horripilante brilho alaranjado a seu
cabelo negro. Parecia estar em contínua mudança. Retirou-se o véu do cabelo,
sentindo-se de repente muito oprimida por suas roupas-. Onde nasceste?


 
-Northumbria -respondeu sem mais. Seu acento era duro, como o resto de
seu ser. Apoiou a mão sobre a chaminé de pedra com gesto preguiçoso. Os olhos
dela seguiam todos e cada um de seus movimentos. O simples feito de lhe olhar
fazia com que lhe fraquejassem os joelhos e que um formigamento de desejo lhe
percorresse os quadris.


 
Por que não se limitava a voltar a beijá-la? Por que não lhe sorria, ou
a tocava, ou pressionava seu corpo contra o dela?


 
-Northumbria? -ofegou, tratando de cobrir o estranho silêncio enquanto
se recreava em seus amalucados pensamentos-. O acento dali não é como o seu.
Meu pai foi embaixador do defunto rei Aethelred, e me levou com ele em suas
viagens pelo norte da Northumbria. De fato, levou-me com ele em suas viagens
por muitos lugares, embora não permitia que me mesclasse com a gente que vivia
nos lugares aos que viajávamos. Talvez lhe criassem em outro lugar?


 
Calou de repente ao ver que elevava uma sobrancelha, divertido.
Arqueava-se belamente sobre seu rosto proibido. Ao dar-se conta de que
tagarelava como uma criada estúpida, fez uma careta de humilhação. Aquele homem
tinha algo que a desarmava e fazia que desaparecesse de sua cabeça qualquer
rastro de inteligência. Franziu o cenho e se dedicou a estudar a pedra do negro
chão.


 
-Minha mãe e seu povo eram os parentes escuros dos vikings. Formavam
parte de uma tribo procedente do oriente. Meu pai a seqüestrou e escravizou a
muitos com ela. Contam que minha mãe capturou o coração de meu pai com sua
beleza pagã; estava acostumada a dançar nua sob as estrelas para ele, e se
converteu em sua amante. Ao cabo de um tempo, casaram-se. Entretanto, meu pai
morreu antes que eu nascesse. Minha mãe libertou os escravos de meu pai e me
criaram a sua morte. Aprendi o acento deles. Não soube que era diferente até
que me fiz mais velho, e então já era muito tarde. -Seus lábios se curvaram em
um sorriso de desconfiança.


 
-E sua mãe? Oporá-se a estas bodas? -perguntou Anahí, fascinada. As
facções de sua cara se suavizaram um pouco ao falar da mulher que lhe deu a
vida, e a verdade era que sua nova sogra parecia uma mulher fascinante. Com
esperança na voz, perguntou-: Onde ela está? Conhecerei-a algum  dia?


 
-Morreu -declarou sem mais, e sua expressão voltou a endurecer-se.


 
-E o resto? O que lhe aconteceu?


 
-Também morreram. Não tenho família, além de minha filha, a quem
conhecerá em umas semanas, pois já mandei procurá-la.


 
-Lamento ouvir isso de sua mãe. -Anahí lhe olhou com compaixão, mas não
pareceu lhe afetar-. Eu nunca conheci a minha.


 
Alfonso assentiu, mas não perguntou mais. Sentou-se sobre a cama, tirou
os sapatos e os deixou no chão. Anahí observou com fascinação os movimentos
preguiçosos de suas mãos direitas. Olhou-a, e umas mechas de cabelo escuro
caíram sobre seus olhos ao fazê-lo. Tinha os cotovelos  apoiados sobre os joelhos, e inclinava as
costas para frente, como uma besta à espreita.


 
Anahí aspirou com força e se concentrou em manter-se alerta. Resistia a
deixar-se levar pelo desejo de aproximar-se dele. Queria que aproximasse a
cabeça a seu peito e a puxar-lhe o cabelo enquanto a agarrava, queria sentir
suas mãos nos quadris, envolvendo-a com sua força.


 
Estou segura de que não agradeceria minhas atenções.


 
-Como se chama sua filha? Que idade tem? -perguntou Anahí em voz alta,
desesperada por que seguiram falando. Sentia que voltava a afastar-se dela.


 
-Ana Paula. E tem uns seis anos. -Sua voz se suavizou ao pronunciar o
nome da menina. Seus olhos se nublaram e, por uns instantes, perdeu-se nas
lembranças de sua filha-. Faz um ano que não a vejo. Não podia trazê-la aqui
comigo, pois a viagem era muito insegura para uma menina. Mas agora, com nossas
bodas, podes se encarregar dela.


 
Alfonso  franziu o cenho e a
estudou atentamente.


 
-O que? -O silêncio repentino punha a Anahí nervosa. Viu seu olhar
penetrante pela extremidade do olho, e se estremeceu.


 
-Gostáis de crianças? -afastou-se o cabelo da cara para vê-la melhor.


 
-Sim, meu senhor -respondeu surpreendida. Brincava com o véu que tinha
nas mãos, girando-o nervosamente. Cravou seu olhar mais sincero nele e
suspirou-. Estou ansiosa por conhecer a Ana Paula. Estou segura de que é uma
linda...


 
O olhar furioso de Alfonso fez que se detivera; estudou-a atentamente,
com os olhos entrecerrados.


 
-Espero que dela cuides como se fora sua filha; que não duvide nem por
um momento de qual é seu lugar nesta casa.


 
-Não ousaria fazer tal coisa. -Anahí se perguntou por que haveria dor em
sua voz. Seriam certos os rumores? Levaria também a marca do fogo? De repente,
compreendeu a que se referia. Temia que rechaçasse à menina por sua
desfiguração. Quão graves podiam ser as queimaduras da menina?


 
-Meu senhor, -Anahí se deteve para passar a língua pelos lábios
ressecados-, me perdoes minha ousadia.


 
Assentiu. Voltando para o que estava fazendo, puxou as médias de lã para
as deixar também no chão. Seus pés tocaram a pedra e flexionou os dedos. Anahí
observou com gesto ausente seus fortes pés.


 
-Acredito que amaria à menina, se me deixasse. Eu gostaria que me
considerasse como sua mãe, se isso lhe parecer bem. -Anahí se ruborizou ao ver
que elevava a cabeça para estudá-la. Mordeu-se o lábio. De alguma forma, o
estar perto dele a fazia dizer a verdade sem lhe importar as conseqüências-.
Embora não pretendo substituir a sua mãe, nem pretendo saber muito sobre
crianças, mas estou disposta a aprender.


 
-Anahí -disse arrastando as palavras, mas sem levantar a vista-; um nome
muito pouco comum.


 
-Provém das antigas terras do sul. -lambeu os lábios com nervosismo-.
Meu pai me contou que conheceu uma menina que se chamava Anahí um mês antes de
que eu nascesse. Disse-me que isso dava sorte.


 
Alfonso dobrou uma perna e se arranhou a impigem com cuidado. Uma vez
mais, o cabelo lhe caiu pela cara, ocultando suas facções à vista. Para ouvir
sua voz, aquela sensação estranha e desconhecida para ela aumentou em suas
vísceras. Nunca antes lhe tinha parecido tão agradável seu nome, como quando o
pronunciou ele.


 
De repente, Alfonso ficou em pé e caminhou para ela, e não se deteve até
estar a escassos centímetros de Anahí. Tomou a mão que levava a camomila e a
levantou. Observou a palma de sua mão com uma intensidade que rara vez tinha
visto e, com a unha do dedo mindinho, percorreu a tirante pele de sua munheca. Anahí
se estremeceu. A pele seguia estando avermelhada de ter esfregado os chãos.


 
Alfonso suspirou.


 
-Não quero que esfregues os chãos. De agora em diante, que os criados se
encarreguem de fazê-lo.


 
Anahí ofegou ao ver sua suave carícia passava à palma da mão, para
percorrer brandamente todos e cada um dos dedos. Tinha a palma ardida, mas
parecia pior do que era. Suas peles tomavam um tom alaranjado à luz da luz,
embora a sua era de um tom mais claro. Soltou um pouco o véu, que caiu ao solo
fazendo ondas.


 
Elevou a vista para lhe olhar aos olhos, mas não lhe olhava diretamente
à cara. Esta vez, não pôde afastar os olhos dele. Suas carícias faziam que lhe
tremessem os dedos. Estava tão perto... Viu como lhe subia e baixava o peito
sob a sobrecapa de linho e podia cheirar a forte fragrância de sua
masculinidade; o aroma embriagador a intoxicava como um veneno, convertendo-a
em sua escrava.


 
Disseste-me que não seria sua escrava, mas o sou. Disseste que não seria
sua prisioneira, mas sigo sendo-o. Sou mais prisioneira sua agora que antes,
pois não me atrevo a pensar sequer em lhe desafiar, e sou sua escrava, pois
minha vontade lhe pertence.


 
Seus próprios pensamentos a assustaram; ela não estava acostumada a ser
assim. Era como se os tivessem posto na cabeça. Nunca havia sentido tanto por
um homem; nunca tinha sonhado lhe cedendo o controle a nenhum homem. Olhou-lhe
fixamente aos olhos, encantada, assustada ante a profundidade de seus
sentimentos não compartilhados.


 
Anahí viu que pressionava algo contra a palma de sua mão. Baixou a vista
para ver o que era quando a soltou. Era um frasco, do tipo que usam os
alquimistas. Rodou por sua mão e se deteve junto à  flor morta. Olhando-o fixamente, ficou
quieta, sem atrever-se a mover os dedos.


 
-O que é?  -perguntou-se em voz
alta. Tremia-lhe o corpo inteiro, ia matá-la?-. Veneno?


 
-Sangue -a corrigiu com seu tom de voz grave. Retrocedeu um passo mais,
afastando-se de propósito dela; baixou o queixo para vê-la através dos olhos
entrecerrados.


 
-Sangue? -Sacudiu a mão e esteve a ponto de atirar o frasco ao chão.


 
Sangue! Que tipo de...?


 
-Me digas -disse, interrompendo seus pensamentos-, sabes o que acontece
entre um homem e uma mulher?


 
Anahí tragou saliva, mas não se moveu. Sua pergunta requeria resposta
que não sabia como explicar. Sabia que seu corpo ansiava estar junto ao dele,
sabia que quando lhe beijava não podia pensar em nada mais, e que depois só
podia pensar em lhe rogar que voltasse a fazê-lo. Examinava-a inclinando a
cabeça de forma encantadora.


 
O duque pestanejou lentamente. Ao ver que não se movia, sorriu e
suavizou a expressão.


 
-Sabes o que é a consumação?


 
-Mais ou menos. -passou a língua pelos lábios ressecados- Algumas das
criadas de meu pai estavam acostumadas a falar disso quando acreditavam que eu
não escutava.


 
-E o que lhe contaram?


 
-Sei que o homem entra na mulher e que logo a mulher perde sua
virgindade, e que depois o ventre lhe dói muito -lhe respondeu Anahí com
verdadeira inocência; não lhe passava pela cabeça tratar de lhe enganar.
Afinal, estavam casados e logo consumariam o matrimônio. Doía-lhe o corpo e se
sentia vazia.


 
-Quando uma mulher perde sua virgindade, freqüentemente sangra. Por isso
lhe dou isso, pois se não fores virgem, não há necessidade de que ninguém se
inteire; não teráis que explicar nada a ninguém. -Estendeu a mão para tocar um
de seus cachos, e sorriu ligeiramente.


 
As lágrimas lhe amontoaram nos olhos ao pensar em seu atento gesto. Alfonso
se separou dela.


 
-Eu -começou a dizer Anahí, enquanto pela extremidade do olho via como
se retirava apressadamente-. Obrigada.


 
Alfonso assentiu e se deteve. Seu olhar brocava o ar com a concentração
com que uma ave de rapina voa em círculos sobre sua próxima vítima, seu rosto
era sério e inexpressivo. Anahí não podia ler os pensamentos que nadavam em
seus olhos como em um maremoto.


  
-Não és capaz de me olhar; achas que sou um monstro. -Era uma afirmação
simples,  embora não tinha tido intenção
de dizê-lo em voz alta.


 
-Não -negou instantaneamente. Olhou-lhe, assombrada.


 
-Não passa nada -disse, franzindo o cenho-. Lembre-se disto, porque não
voltarei a repeti-lo: jamais me enganaráis nem me mentiráis pois são as duas
maiores ofensas que pode cometer uma mulher contra seu marido.


 
Cometeu sua primeira mulher essa ofensa? O que lhe aconteceu? De verdade
a matara? O que lhe aconteceu no rosto? Como lhe fizeram essas cicatrizes? Por
que não me sorria? Por que não me beija? Um beijo de verdade...


 
Anahí se ruborizou mas não podia lhe responder, assim assentiu para
mostrar seu acordo. Tinha um montão de perguntas sobre ele. Tudo nele era
contraditório, e não podia compreendê-lo. Às vezes parecia que gostava dela...
um pouco ao menos; outras vezes, era como se nem pudesse suportá-la.


 
Sua amabilidade ao lhe dar o frasco lhe tinha chegado à alma. Ao pensar
nisso, as lágrimas voltaram para seus olhos; queria lhe libertar de ter que
engolir que os criados descobrissem sua vergonha, pois seria ela quem se envergonharia,
não seu marido.


 
-Dou-lhe medo -comentou Alfonso com segurança. Olhava-a, desafiando-a a
que o negasse.


 
Anahí se estremeceu, sentindo-se como se lhe rodeasse por todos lados,
enfrentando-se a ela e lhe consumindo a alma com sua proximidade.


 
-Sim, assusta-me, e me assusta o que possas fazer comigo.


 
-Crês que sou um monstro -continuou, dando um só passo para frente. Seus
olhos a cativavam.


 
-Meu senhor, não sei o que és. A verdade é que não lhe conheço.
-deteve-se,  perguntando-se qual seria a
melhor forma de lhe explicar como se sentia-. Não posso julgar aquilo que não
compreendo, mas não sinto que sejas um monstro. Talvez tenhas feito coisas no
passado das quais não estéis orgulhoso; talvez a maioria considere esses atos
monstruosos, mas isso é passado, e nossos futuros estão unidos. De momento, não
tenho razões para pensar que sejas um monstro; só posso esperar que me trates
com amabilidade e, talvez, que chegues a se preocupar comigo.


 
-Talvez "monstro" não fora a palavra adequada. Não me olhas,
assim, minha aparência lhe repele. Minhas cicatrizes lhe dão medo.


 
Anahí se estremeceu, sem saber muito bem o que responder.


 
-Não passa nada -disse ao ver que guardava silêncio-. Mas eu gostaria
que me dissesses a verdade.


  
Como podes pensar que me repelem? Nem posso afastar os olhos de vós
quando estáis perto e, quando não o estáis, não posso deixar de pensar em ti.


 
Não disse nada.


 
-Dou-lhe asco? -Suas palavras eram mais uma confirmação que uma
pergunta.


 
-Não, meu senhor -ofegou Anahí ao fim.


 
-Hei dito que não me mintas nunca! -soltou Alfonso, furioso e elevando a
voz com cada palavra que pronunciava. Voou junto a ela e a agarrou pelo
pescoço-. Não tolerarei a falta de honestidade!


 
Anahí levou um susto surpreendida ante a força com que se moveu. O fazia
tremer de excitação, fazia que desejasse lhe tocar e que a tocasse. Agarrou-lhe
com força pela mão; não lhe apertava muito, mas ainda assim sentiu a força de
seu abraço e, durante uns instantes, levantou os talões do chão para recuperar
o equilíbrio.


 
-Voltaremos a tentá-lo e, esta vez, cuidado com o que dizes minha
senhora, pois se me mentes o verei em seus 
olhos. -A voz de Alfonso ressonou em advertência, embora seus olhos
ardiam com um fogo eterno. Voltou a dizer lenta e claramente-: Lhe dou asco.


 
Anahí olhou aos olhos e respirou profundamente.


 
-Me soltes. Não há necessidade de que me retenhas, pois não me
escaparei. Dei-lhe minha palavra a respeito; embora ainda possas me relegar de
minha promessa. Estou atada a estas paredes.


 
-Respondas -lhe ordenou com um grunhido-. Dizes que não lhe repilo,
assim me digas como se sentes com respeito a mim.


 
-Não sei o que sentir, meu senhor! Sim, dão-me medo; isso já o admiti.
Sim, em seu dia  pensei que podias ser um
monstro, mas tenhas em conta que estava doente e febril devido à surra de Lorde
Derrick. -Anahí deixou de puxar-lhe pela mão; de qualquer forma, não tinha
força suficiente.


 
Viu em seus olhos o que acreditava, mas estava equivocado. Não lhe
desprezava. A mão com a qual lhe agarrava era forte e elétrica. Excitava-lhe,
igual ao resto de seu ser. Queria que a tocasse. Seu corpo estava tão quente,
tão úmido, tão vivo com as chamas de sua 
proximidade...  Os olhos  de Alfonso a perfuravam; aquele homem fazia
que seus sentimentos se sentissem confusos e a punham a cem.  Cerrou os olhos e rogou para que acreditasse.


 
-Não -disse de uma só vez.


 
-O que?  -Alfonso apertou um pouco
a mão, mas não o suficiente para danificar seu precioso pescoço.


 
-Hei dito que não, meu senhor. Não vos desprezo. -Anahí abriu os olhos e
se inundou nas profundidades dos dele. Não sabia como comportar-se quando
estava junto a ele. Apoiou-se contra sua mão possessiva, jogando a cabeça para
trás-. Me confundes e confundes minhas emoções. Não sei como me sentir quando
estou contigo, mas nunca me destes asco. Estáis equivocado se pensáis que suas
cicatrizes vos enfeiam; ao contrário, elas o fazem mais belo. Nem sequer as
vejo quando vos olho, pois só vejo seus olhos, que me têm enfeitiçada, meu
senhor. Acredito que me enfeitiçastes.


 



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Autor(a): annytha

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berryparadise: ahhhh gracias pelos 100, e também não sei onde foram para os outros leitores, só vc comenta aqui, mesmo considerando essa umas das melhores a qual ja postei por aqui... e não vou abandona ela, vc é motivo suficiente pra continua por aqui. besos!!!  Belo!?   O duque tratou de ocultar o tremendo prazer que lhe caus ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 633



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  • annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25

    berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
    mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
    myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
    mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
    gracias por tudo, e los amo.
    pra siempre LOS A!!!

  • myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47

    Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
    Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
    : 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2< +1

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D


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