Fanfics Brasil - A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(

Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(


Capítulo: 27? Capítulo

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  -Farias melhor em me contar quais são os
planos de seu pai. O que ganhas se casando comigo? Pois, querida donzela, não
acredito lhe haver assanhado com meus encantos.


 
Anahí não se atreveu a lhe responder. Tinha a sensação de que se dizia
algo a abriria ao meio com suas mãos nuas. Afastou os olhos do peito de Alfonso,
horrorizada pelo que teria tido que importar. Por muito que lhe mortificassem
suas cicatrizes, queria estender a mão para lhe tocar. Hipnotizava-a, e lhe
considerava bonito, exceto por seu espantoso temperamento; pois ainda através
da pele machucada, via-se claramente que era bem dotado. Desejava acariciar sua
pele com os dedos, lhe sentir, passar as mãos por sua excepcional textura.


 
Separou-se dela e se sentiu rechaçada e sozinha. Seu corpo palpitava,
úmido e necessitado de suas carícias. O sangue fervia de paixão fazendo que os
mamilos dessem contra o corpete. Cada fôlego era como uma apaixonada carícia
que enviava sacudidas de luz pelo estômago até seu sexo. Estendeu uma mão para
lhe tocar as costas musculosas e nuas, mas se deteve a meio caminho. Não lhe
tocou por medo a sua ira; em lugar disso, roçou uma mecha de cabelo negro que
havia junto a seu travesseiro. Os olhos lhe encheram de lágrimas ao ver que não
lhe prestava atenção e, com o coração destroçado se separou dele.


 
Por que insistes em se comportar como um monstro, meu senhor? Não tenho
feito nada para merecer seu aborrecimento.


 
Anahí tirou os laços do cabelo e os lançou ao chão, fazendo que
dançassem pelo ar antes de cair sobre a dura pedra. Fechou os olhos ante a
barreira que construía entre eles dois. Seu coração ansiava algo que não podia
nomear e seu corpo desejava suas carícias. Não compreendia ao homem com o qual
tinha consentido casar-se. Meteu-se o punho na boca, mordeu-o até que lhe
marcaram os dentes e ficou aí, afogando os soluços para que não soubesse que
estava chorando.





Anahí passou a noite com pesadelos e
despertou na manhã seguinte cansada de não ter pego os olhos em toda a noite. A
roupa que levava lhe pegava à pele e desejou de repente haver-se levantando em
metade da noite para colocar alguma camisola. Mas não se atreveu a zangar a Alfonso
ainda mais. Dormia tão plácidamente que não teria sabido dizer se de verdade
dormia ou se aguardava acordado a que lhe desafiasse.


 
Virou-se para encontrar-se com seu marido já estava acordado e a
estudava com intensidade. Ele tornou a pôr a túnica negra. A noite anterior,
quando lançou a roupa ao chão, tinha tido a impressão de que tratava de
assustá-la de propósito. Tinha funcionado, embora não da forma que pretendia;
em lugar de assustá-la, tinha conseguido que lhe quisesse.


 
Alfonso se moveu em silencio para ficar em pé junto a ela; apoiava os
punhos nos quadris e uns círculos negros lhe rodeavam os olhos, o que
demonstrava que tampouco tinha dormido muito.


 
-Meu senhor? -perguntou vacilante. Alfonso era um homem verdadeiramente
alinhado. Perfurou-a com o olhar e Anahí se encolheu. Apesar de que sua força
lhe excitava, sabia muito bem que podia ser mortal-. Segues zangado comigo?


 
Seus olhos se estreitaram ainda mais, respondendo sem palavras a sua
pergunta. Anahí se fixou em que se vestiu por completo, salvo por que ainda
tinha os pés nus. Aguardou que falasse, desejando lhe ouvir dizer com seu suave
acento que não acontecia nada e que não estava zangado. Bateram na porta. Alfonso
suspirou e se moveu  para ver quem era.


 
-Meu senhor? -perguntou Anahí, sem saber muito bem o que lhe dizer se
lhe respondia. Arrastou-se até o final da cama e ficou em pé. A dor no peito se
fez mais intensa ao dar-se conta de que não ia virar-se para atendê-la.


 
-Sim? -soltou Alfonso abrindo a porta de par em par. Depois, grunhindo furiosamente,
apoiou uma mão no quadril. Agarrou-se à parte superior da porta, apoiou o
cotovelo e se recostou sobre a madeira, impedindo a Anahí ver.


 
Esta observou a apaixonada linha de suas costas musculosas. Era tão
severo, tão inesquecível. Não sabia o que tinha feito para merecer seu
aborrecimento. Elevou o queixo no ar e esperou a ver o que queria o intruso.


 
-Meu senhor -respondeu Ulric. O ancião observou a Alfonso com pânico e,
ao vê-la, suspirou claramente aliviado. Anahí sabia que devia estar pálida e
com olheiras, e tinha posto seu vestido de noiva enrugado.


 
-Sinto lhe incomodar assim -disse Ulric-, mas pensei que era meu dever
lhes informar. Acenderam fogueiras fora do castelo; há um exército reunido aí
fora.


 
A Alfonso lhe escapou um grunhido gutural. Empurrou ao senescal a um
lado para enfrentar-se a quem ousasse desafiar sua morada. Anahí observou as
costas de seu marido em silêncio. Saiu da habitação precipitadamente, a juba ao
vento atrás dele, sem dar a volta para lhe dizer nada antes de partir, e Anahí
se deu conta de que não se havia calçado.


 
Sentiu que o coração lhe encolhia no peito. Não parecia lhe interessar
falar com ela! Tinha podido vê-lo em seu rosto, antes inclusive de que lhe
dissesse nada sobre o exército congregado às portas do castelo. Por que estava
tão aborrecido com ela? Fora qual fora a razão, sabia que se inteiraria em
breve. Seu futuro dependia do bom humor de seu marido.


 
-Minha senhora? -O senescal fez ameaça de partir, mas se deteve o ver a
cara de tristeza da jovem. Passando-a manga pela cabeça meio calva,
perguntou-lhe-: Acontece algo?


 
-Além do fogo do assédio? -Suas palavras estavam cheias de sarcasmo.
Logo, ao dar-se conta de que estava descarregando sua frustração na pessoa
equivocada, suavizou o tom-. Sim, está tudo bem.


 
-Muito bem, minha senhora -suspirou Ulric, não querendo indagar muito.


 
-Meu senhor deixou seus sapatos; será melhor que os leve-murmurou Anahí
para si mesma; não queria que seu marido fugisse dela com tanta rapidez e
estava contente de ter encontrado a desculpa de ir lhe buscar. Ao parecer, as
pessoas do castelo deixavam que o duque passasse muito tempo zangado. Ia fazer
que enfrentasse a isso, e pretendia lhe perseguir até que o fizesse.


 
Ajoelhou-se no chão para procurar os sapatos debaixo da cama. Seguia
levando seu vestido  de noiva da noite
anterior, e estava descalça. Suspirou exasperada e se agachou ainda mais junto
ao chão de pedra para meter-se debaixo da cama. Os sapatos tinham chegado longe
e teve que fazer verdadeiros esforços para chegar. Ao final, tocou com os dedos
o couro e puxou-os. Ficou em pé com rapidez, sacudiu o pó da túnica cor creme e
pressionou os sapatos com nervosismo contra seu peito.


 
-O país está em paz, quem assola o castelo?


 
Mas Ulric partiu e não ouviu sua pergunta. Suspirando exasperada,
dirigiu-se para a porta. De repente, deteve-se alarmada ao lhe dar um golpe com
o pé o frasco de sangue que Alfonso lhe tinha entregue. Rodou pelo chão de
pedra, mas não se rompeu.


 
-Um morgen-gifu maravilhoso -disse, recolhendo o frasco. Deixou os
sapatos no chão, junto à flor de camomila, fechou a porta da habitação e se
dirigiu para a cama-. Que considerado por parte de meu querido marido de
caráter monstruoso lembrar-se de mim.


 
Bem, meu senhor. O fato, feito está para sempre, pois não penso voltar
para a casa de meu pai.


 
Anahí aspirou com força e retirou a colcha de pele que  tinham utilizado a noite anterior. Tirou o
plugue que havia sobre o vial e, com cuidado de não manchar o luxuoso vestido
de sangue, derramou o líquido pelo sedoso tecido.


 
Anahí observou com certo remorso como o líquido vermelho tingia o
precioso tecido cor bege. Desejou que o tecido não lhe houvesse custado uma
fortuna e que a mancha não fora permanente. O 
sangue deixou de espalhar-se e Anahí assentiu com a cabeça, satisfeita.


 
-Até que a morte nos separe, meu senhor.


  Voltando-se para onde tinha deixado os
sapatos, recolheu-os com determinação severa. Recolheu também a flor, com mais
cuidado, e descobriu que não tinha o valor de desfazer-se dela; mas tampouco
sabia de nenhum lugar onde guardá-la, assim que a meteu na estreita manga de
seu vestido. Teria que pedir aos criados que lhe proporcionassem um baú.


 
Anahí percorreu o comprido corredor e se deteve em uma sala que sabia
que estava vazia. Abriu a porta e rodou com cuidado pelo chão o frasco vazia.


 
-Parece, meu senhor. -Franziu o cenho, lamentando os secretismos, mas à
medida que avançava pelo corredor, encontrou-se sorrindo. Apertou os sapatos
contra o peito com a intenção de levar-lhe imediatamente. Ao recordar o rosto
belamente zangado de seu marido, alargou o sorriso.


 
Que se atreva a voltar para não me fazer caso! Não serei tão fácil de
ignorar.


 


 


 



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Autor(a): annytha

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berryparadise aqui vai algumas das resposta pra suas perguntas, besos!!!   -Meu senhor -vacilou Anahí, colocando uma mão a modo de viseira para afastar o sol da manhã enquanto via Alfonso descer da muralha. Recolheu-se o vestido de noiva e o llevava com as mãos, para que não se sujasse. Ainda era cedo. Deduziu que os homens de for ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 633



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  • annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25

    berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
    mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
    myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
    mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
    gracias por tudo, e los amo.
    pra siempre LOS A!!!

  • myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47

    Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
    Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
    : 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2< +1

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D


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