Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(
capitulo dedicado a minha primeira leitoras llaliter
O criado voltou a passar a manga pela testa, antes de voltá-la a colocar
diante do nariz. Seus olhinhos brilhavam de preocupação. Com um grunhido
depreciativo, Ulric retirou as tripas que havia sobre o cabelo da donzela e as
afastou as lançando longe dali, para retirar depois com cautela e de igual
forma o cadáver de um coelho e mostrar o rosto ensangüentado e inchado de uma
donzela. Era impossível ver se respirava ou não.
Ao longe, só se ouvia o som da batalha e do chocar das espadas dos
guerreiros que praticavam. Um bando de pássaros selvagens voava no alto do céu,
procurando refugiarem-se do céu mutável, lhes fazendo chegar o suave som de seu
piar. Nenhum daqueles sons agradou ao duque, que não afastava os olhos de
Ulric.
-Uma donzela? Aí? Que fede a tripas de animal morto? -Alfonso observou o
bosque que rodeava seu castelo. Ouvia-se com claridade o zumbido dos insetos
pela manhã, e os porcos pintados que havia junto aos muros do castelo pastavam
tranqüilos; tampouco detectou movimento algum entre os ramos baldios das
árvores. Por fim, satisfeito por que a donzela estivera sozinha, voltou a
centrar sua atenção em Ulric, negando-se a mostrar nenhum interesse na donzela.
-Despertem-na e façam que siga seu caminho. -Sua voz era fria e não fez
nenhum esforço para ajudar a jovem-. Se estiver morta, queimem, pois não
tolerarei esse espantoso aroma em minha paliçada.
-Não deveríamos olhar para ver quem é primeiro? Talvez quem a esteja
procurando siga por aqui. Negarias aos seus o direito de enterrá-la em
condições? -protestou com cautela Ulric.
-Façam o que lhes ordeno! -insistiu Alfonso com voz fria. Apesar de não
ter elevado a voz, viu que os cavalheiros que patrulhavam o muro observavam com
curiosidade a jovem. Seus sussurros chegaram até seus ouvidos, embora não pôde
distinguir o que diziam. Tampouco o necessitava. Era mais que provável que a
donzela fora uma jovem saxã, e quereriam saber de quem se tratava, pois não
faltava nenhuma das do castelo. Não necessitava esta dor de cabeça, sua vida já
era suficientemente complicada.
Irritado como estava, Alfonso viu que o ancião vacilava e baixou a voz
até fazê-la um sussurro:
-Está morta?
-Não sei, meu senhor. -Ulric se agachou para tocar a jovem, antes de
voltar a dirigir-se a seu senhor-: Não responde.
Alfonso tentou controlar sua exasperação e repetiu sua primeira ordem,
elevando a voz intencionalmente para sossegar os murmúrios dos cavalheiros. Seu
acento grave fez com que as palavras soassem ainda mais letais.
-Então está morta. Queimem, não quero que seu cadáver encha o castelo de
enfermidades.
Ulric lhe olhou, procurando na cara do duque algum sinal de compaixão,
mas Alfonso se negava a deixar-se levar pela piedade. Era muito mais fácil ser
temido que ser amado; muito mais fácil estar morto por dentro que ter
sentimentos.
Suspirando profundamente, o criado se ajoelhou junto à jovem. O duque se
fez a um lado, de onde a via melhor; era jovem e tinha claros sinais de
violência. Haviam lhe arrancando as roupas e seu cabelo era um matagal de
sujeira e, provavelmente, de sangue também.
Ulric gritou por cima do ombro, o suficientemente alto para assegurar-se
de que os cavalheiros que lhes observavam também lhe escutassem:
-Não senhor, acredito que respira. Não está morta, e sim está
inconsciente.
O duque franziu o cenho; sabia que o criado esperava que não deixasse
morrer a uma jovem saxã, em especial com tantos soldados por testemunhas. Se
houvesse acontecido aquilo há uma década,
Alfonso teria ordenado levar a donzela ferida pra dentro, para que a curassem.
Teria se preocupado por suas feridas, teria consultado seus médicos e teria
permanecido junto a ela até que melhorasse. Mas aqueles dias tinham ficado para
trás e o duque já não se permitia preocupar-se assim. A vida lhe tinha ensinado
um par de duras lições.
Esfregou a sobrancelha e retirou uma mecha de cabelo que lhe tinha caído
sobre os olhos. Passou o peso de uma perna a outra e não respondeu ao seu
criado. Lhe teria gostado que a donzela desaparecesse pois não a queria em sua
casa.
-Queréis que a deixe apodrecer-se aqui, diante de sua porta? Ou preferís
que a leve para dentro? -Ulric, em pé,
enfrentava-se com valentia e irritação ao olhar de seu senhor.
A Alfonso não gostou do tom insolente de seu criado, e o sarcasmo de
suas palavras não passou desapercebido. Apertou os dentes e perguntou, com
certa esperança:
-Está meio morta?
-Não sei. -O criado voltou a passar o olhar de seu senhor à lastimosa
jovem. Um trovão retumbou ao longe, seu violento ritmo ressonou pelo céu
púrpura. O homem pegou outro animal morto que havia sobre a jovem e o afastou.
-Comprova-lo -ordenou Alfonso com aborrecimento enquanto embainhava a
espada. O sentimento mais fácil era o aborrecimento e Alfonso se aferrou a ele.
Lhe encolheram as tripas e elevou os olhos ao céu; uma gota de chuva lhe caiu
sobre o nariz-. Dê-te pressa, Ulric.
Ulric tomou o pulso a jovem.
-É provável que viva se a levarmos para dentro já mesmo.
Ante a suspeita de que lhe estivesse mentindo, o duque deu uma volta ao
seu redor com frustração e os braços em jarras. Estirou o pescoço, em círculos,
até que lhe rangeu, pensando no futuro da jovem.
Todos os que havia sobre a paliçada começavam a partir para refugiar-se
da chuva. Um jovem escudeiro passou correndo junto a Alfonso, seguido de perto
por uns quantos vira-latas; o menino riu quando um dos vira-latas,
especialmente feio, ficou em seu caminho e lhe fez cair aos pés do duque; mas
seu sorriso se voltou em verdadeiro pavor quando elevou a vista. O duque lhe
grunhiu e o menino saiu correndo dali; a chuva caía com mais força, golpeando o
chão com sua forte melodia.
-Devem ter lhe dado uma boa surra -disse Ulric-. Acredito que o melhor
seria levá-la para dentro e cobri-la da chuva, ou não acredito que sobreviva à
noite. Posso preparar um dos aposentos do piso superior, se assim o desejais.
Face ao muito que gostaria de ordenar que a deixassem fora, Alfonso não
podia fazer isso. Amaldiçoou-se em silêncio e lançou uma risada depreciativa.
Tudo isto por ser um autêntico monstro.
-De acordo -concedeu Alfonso a seu pesar. Deixou de dar voltas e se
voltou para partir, com a intenção de deixar que Ulric se fizesse cargo da
mulher.
-Espere, meu senhor. -A urgência da voz do Ulric lhe deteve.
-Sim? -Alfonso empunhou de novo sua espada.
-Meu senhor, parece que a jovem é uma dama.
* * *
Autor(a): annytha
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-Quem é, Ulric? Por que veio? Acredito que é um mau presságio. -Alfonso percorria um quarto do salão principal, se virava e voltava a percorrê-lo, com inquietação. Sempre que algo lhe preocupava, passeava. Mantinha as mãos fortemente pegas aos flancos e se movia em círculos, sem deter os pés ne ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 633
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annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25
berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
gracias por tudo, e los amo.
pra siempre LOS A!!! -
myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47
Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
: 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2< +1 -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D -
mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56
2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
Pense com carinho >s2<
rsrsrs
;D