Fanfics Brasil - 42° Capítulo A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(

Fanfic: A Donzela e o Monstro (TERMINADA) ;´(


Capítulo: 42° Capítulo

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Quando a cabeça rodou pelo imundo chão, o corpo sem vida de Derrick caiu
por fim ao chão com espasmos, e o sangue saiu a jorros de seu pescoço. Anahí
observou com horror a cabeça rodando pelo chão e deter-se junto a carrocería
que tinha entrado com Derrick. Junto ao carro havia uma figurinha vestida de
negro e coberta dos pés a cabeça com um véu negro a conjunto. Parecia a  morte.


 
A pessoinha ficou quieta enquanto a cabeça dava contra a ponta de uma
bota e voltava a rodar. O véu se moveu e a menina pareceu olhar ao homem que
tinha atirado o golpe mortal. Anahí seguiu o olhar da menina. Alfonso já não
parecia orgulhoso de sua façanha. O sangue manchava sua escura pele e seus
olhos se entrecerraram de pena e remorso, mas seu rosto seguia inexpressivo.


 
A menina elevou a mãozinha e puxou o véu para revelar uma pequena
sobrecapa negra, sem decoração alguma. Tinha o cabelo loiro claro, pele clara e
o rosto inexpressivo, e naquele rosto havia dois olhos muito familiares.


 
-Ana Paula -sussurrou Alfonso. Caminhou para a menina, olhando-a com
intensa felicidade, mas se deteve o ver a expressão de horror da menina ao ver
que se aproximava.


 
Ana Paula? Sua filha?


 
Anahí afogou um grito alarmada ao voltar a olhar a cabeça. Os olhos sem
vida de Derrick olhavam à menina, imobilizando-a com seu olhar. Os olhos da
menina se encontraram com os de Anahí, lhe rogando das profundidades que a
ajudasse. Anahí compreendeu e se apressou para ela. Ignorou a careta de Alfonso
e estendeu a mão para a menina.


 
-Venha, sou sua nova mãe -disse Anahí em voz baixa para que só a menina
pudesse ouvi-lo. Não sorriu ao passar sobre a cabeça. Golpeou a cabeça para um
lado com a ponta do sapato, de maneira que os olhos olhassem ao chão, e ouviu
os homens rir.


 
-Carreguem-no na carreta e levem-no ao seu acampamento. Lhes digam que
esperem ao conde e  que, quando chegar,
abandonem minhas terras para não voltar. Não encontrarão nada mais aqui -ouviu
que ordenava seu marido. Anahí lhe ignorou.


 
-Assim sou sua filha -respondeu com educação a menina e fez uma pequena
reverência.  Seu mãozinha cabia bem
dentro da de Anahí, embora estava fria. Os dedos de Ana Paula não se moveram,
nem sequer para estremecer-se pelo que tinha presenciado. Empurrou brandamente
à menina para animá-la a que a seguisse para dentro.


 
Ana Paula olhou uma última vez a seu pai antes de voltar a colocar o
véu. Deixou que sua nova mãe a guiasse; 
não havia muito que dizer entre elas duas. As duas compreenderam o lugar
da outra, pois as duas compreendiam que possuíam o afeto não desejado do mesmo
homem: a uma por ser seu pai e a outra por ser seu marido.




* * *




 
É verdadeiramente horripilante. É como se...


 
Anahí sacudiu a cabeça intimidada ao olhar a expressão firme e tranqüila
de Ana Paula. Tragou com nervosismo e estendeu a mão para retirar o véu da
cabeça da menina, que se sentava sobre a cama com indiferença.


 
Segundo Alfonso, a menina não devia ter mais de seis anos, mas olhava a Anahí
com uns olhos que pareciam muito mais velhos, com a mesma expressão que o
duque. Tinha exatamente a mesma cicatriz na mandíbula que Alfonso; só que em
menor medida, e aí acabavam as semelhanças com seu pai.


 
Estavam nos aposentos que Anahí tinha mandado preparar para sua nova
filha. Tinha esperado com ânsia a que chegasse a menina e tinha querido que se
sentisse cômoda e como em casa. Mas agora, ao observá-la, não estava segura de
que fora possível.


 
-Parece-lhe comigo -declarou a menina, como se tivesse lido a mente de Anahí-,
só que sóis maior que eu e seu cabelo é mais avermelhado.


 
Anahí assentiu. Os olhos marrons da menina lhe faziam estremecer-se.
Eram seus olhos, os olhos de Enrico, e a olhavam fixamente.


 
-Isso o que significa? - perguntou Ana Paula-. Sóis de verdade minha
mãe? Disseram-me que morreu tratando de me resgatar do fogo, mas não pareces
ter cicatrizes e, decididamente, não estáis morta.


 
-Não,  só  sou 
sua  mãe  por matrimônio -respondeu Anahí, tratando de
que não lhe quebrasse a voz enquanto se sentava sobre a cama, junto à menina-.
Me casei com seu pai faz um par de semanas.


 
Ana Paula assentiu com a cabeça, pensando-o.


 
-Então...?


 
-Não sei. -Anahí não conseguia afastar os olhos do olhar
inquietantemente familiar da menina-. Nem eu mesma o entendo


 
A menina recolheu o véu e o voltou a pôr.


 
-Perdi minha touca a caminho daqui. Voou-se enquanto dormia.


 
-Conseguirei-lhe outra, embora não acredito que precises levar o véu
aqui, especialmente assim, sobre o rosto. Seu pai nunca me faz me cobrir. A
verdade é que desde que saí de casa de meu pai, não tornei a levar um. Bom,
sim, em minhas bodas, mas já está.


 
-Isso é porque não necessitas o véu. Eu sim -disse Ana Paula com
escarro, e se colocou o escuro tecido sobre o rosto para cobrir as cicatrizes.


 
-Quem lhe há dito essa estupidez?


 
-Irmã Mary Elizabeth. -Ana Paula entrelaçou os dedos angelicalmente
sobre o regaço-. Me disse que era para que ninguém ficasse olhando durante a
viagem, porque o mundo exterior não o compreenderia...


 
-Eu acredito que atrai muito mais a atenção ir vestida inteira de negro
e ocultar-se tanto; mas talvez estivesse certa. -Anahí simulou centrar-se em
suas palavras, inclinando a cabeça com prudência.


 
Ana Paula assentiu com tristeza.


 
-Sóis muito bonita como para que qualquer um lhe olhe -declarou Anahí
com um sorriso. Notou que a cara da menina se iluminava sob a renda com
indeciso prazer-. Acredito que seu pai temia que lhe assaltassem os
pretendentes tão cedo.


 
Ana Paula soltou um risinho e subiu o véu.


 
-De verdade achas isso?


 
-Sim, de verdade -disse Anahí, completamente séria.


 
-Não quero pretendentes. Eu não gosto dos meninos -lhe confessou a
menina com outro risinho-. São muito maus e me põem rãs no cabelo. Não valem a
pena.


 
-Estou de acordo -Anahí riu ante sua sincera confissão e, pela primeira
vez em dias, sentiu verdadeiro prazer.


 
-Mas lhe amas, não? A Pai, quero dizer. -Os olhos de Ana Paula brilharam
com sabedoria infantil e sua boquinha se curvou em um sorriso meditabundo-. Vi
como gritavas e tratavas de lhe salvar. Embora nunca deves lhe haver visto
lutar: não necessita de ajuda nunca; sempre é o vencedor.


 
Teria matado a muitos homens Alfonso diante de sua filha?


 
-Eu... -Anahí não estava segura do que sentia pelo duque.


 
-Não passa nada, entendo-lhe. Pai tampouco me ama, não como eu a ele. Ao
melhor se preocupa conosco um pouco, mas não acredito que ame. -Ana Paula se
olhou as mãos entrelaçadas-. Não desde que morreu minha mãe, ao menos isso é o
que estava acostumado a dizer Haldana.


 
-Tolices. -Anahí tratou de protestar, mas não pôde. A sinceridade da
menina lhe arrancava a alma. A menina já tinha visto a desavença entre seu pai
e sua nova madrasta. Olhou afligida à menina, lhe rodeando os ombros com o
braço-.  Estaráis bem?


 
-Não é a primeira vez que vejo um homem morto. Estarei bem. -Ao dizer
aquilo,  Ana Paula perdeu um pouco de sua
inocência infantil. Ficou tensa ante o abraço de Anahí até que a mulher se viu
obrigada a soltá-la.


 
-Queres que lhe deixe descansar? -Anahí se perguntou brevemente que
outras cicatrizes teria a menina. Freqüentemente se perguntava se Alfonso teria
mais cicatrizes, além das do corpo; tinha a estranha sensação de que suportava
muito mais feridas que as que as pessoas podiam ver. Explicaria seu
comportamento.


 
A menina assentiu com um bocejo de cansaço.


 
-Virei a lhe ver em um par de horas. Tentarei lhe buscar algum vestido que
não seja negro. -Anahí ficou em pé. Tomou o véu e o pôs sobre um pequeno baú-.
São estas suas coisas? Enviaste-as antes?


 
-Não -disse Ana Paula, sacudindo a cabeça - Isso estava aqui quando
cheguei.


 
Anahí elevou a tampa do baú. Dentro havia vestidinhos de muitas cores.
Agarrou um dos vestidos e riu.


 
-Acredito que talvez sejam um pouco pequenos -disse Anahí, examinando os
ricos tecidos. Sentiu uma espetada de ciúmes ao descobrir que, seu marido tinha
dado à menina os vestidos enquanto ela, sua mulher, uma dama, ia vestida como
uma donzela.


 
Embora tampouco importa. Suponho que custaria muito me dar roupa de
valor, sobretudo se meu marido insiste em me arrancar isso depois.


 
Anahí pensou com raiva no maravilhoso vestido de noiva que seu marido
tinha feito migalhas para fazer sua bandeira de trégua. Logo no vestido que
ajudou a romper seu pai quando a bateu. E, por fim no vestido de melhor
qualidade que lhe tinham dado as criadas e que o duque rompeu em pedaços pelas
costas em um momento de paixão. Ruborizou-se ao recordá-lo.


 
Anahí não deixou que a menina visse a inveja que lhe causava seu
vestidinho. Ana Paula já tinha sofrido o suficiente para ter que lutar com a
mesquinharia de sua nova mãe. O vestido era para uma menina um ano menor e
provocou as risadas de Ana Paula. Anahí o dobrou e o voltou a meter no baú.


 
Fechou a tampa e se sacudiu as mãos na saia.


 
-Deixarei-lhe descansar. Se necessitares de qualquer coisa, desças por
onde viemos e peças à primeira pessoa que vejas que venha a me buscar. Sou
fácil de encontrar.


 
-Obrigada -murmurou a menina. Fechou os olhos e se tombou sobre a cama.


 
Anahí tragou com força ao observar à menina. Tomou uma manta que havia
sobre uma cadeira e cobriu o corpinho de Ana Paula. A menina se comportava com
muita maturidade mas, ali tombada, parecia tão pequena... era como olhar a uma
versão mais jovem dela. A idéia lhe fez estremecer-se.


 
O que pode significar?



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 633



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  • annytha Postado em 03/07/2011 - 19:11:25

    berryparadise bebe gracias pelo 600 comentarios, amei, amei de verdade.
    mandycolucci assim que der agente coloca a conversa em dia em, mas vou fica te devendo a 2ª temporada, mas te espero nas minhas outras webs em.
    myrninaa: oh Deus me deixam com o coração partido me pedindo isso, mas realmente não dar gente!!! tem inumeras outras webs e isso iria me atrasar muito.
    mas espero todas vcs lá com seus comentarios em.
    gracias por tudo, e los amo.
    pra siempre LOS A!!!

  • myrninaa Postado em 02/07/2011 - 20:56:47

    Demorei mais cheguei =D, desculpa não ter vindo antes, mas semana de provas¬¬... ai sem chances de entrar.
    Ameiiiiiiiiiiii muito mesmo a wn, e o final então... mais que perfeito.
    : 2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2< +1

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:22

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:17

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:36:06

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:49

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:44

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:35:35

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:34:04

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D

  • mandycolucci Postado em 01/07/2011 - 22:33:56

    2º temp. de A Donzela e o Monstro ?!?!?!? *-*
    Pense com carinho >s2<
    rsrsrs
    ;D


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