Fanfic: FOI POR ENGANO - DyC

E uma semana se passou. Eu estava contando os dias para dezembro chegar. Setembro estava apenas no começo e os dias pareciam não passar. Não é à toa que dizem como o tempo é relativo.
Tentava me focar no trabalho e em suas ligações para me sentir melhor. E ouvir a voz de Dulce cada vez me deixava mais ansioso e animado para vê-la.
Christopher: Hoje é sexta-feira, o que você vai fazer?
Dulce: Não sei...ficar em casa, com certeza.
Christopher: Você não tem amigas por aí?
Dulce: Ter até tenho, mas também são ocupadas, casadas, enfim. A única amiga livre que eu tenho está viajando pelo mundo. Digamos que eu seja um pouco solitária.
Christopher: E você não se incomoda?
Dulce: Não, já acostumei.
Christopher: Quando você vier pra cá te deixarei desacostumada.
Dulce: Medo do que vai acontecer quando eu chegar aí.
Christopher: Tenha mesmo, já falei que eu vou te atacar e eu não estou brincando.
Escutei sua risada e pude imaginar o seu sorriso na minha frente. Estava cada vez mais fácil pintar as imagens de Dulce em minha mente, pois pensava nela a todo momento. Já havia virado um hábito ter o seu rosto em minha cabeça.
Dulce: Louco! Enfim, agora eu preciso desligar, meu horário de almoço acabou.
Christopher: É, eu também tenho que arrumar umas coisas antes de sair do trabalho aqui.
Dulce: Ok, então...quando eu chegar em casa te ligo?
Christopher: Você que sabe...não me importo mais que me acorde se for pra ouvir sua voz.
Dulce: Tudo bem então. Até mais tarde. Um beijo!
Christopher: Outro!
Nós desligamos o telefone e eu comecei a arrumar minhas papeladas, pois faltava apenas meia hora para sair do trabalho.
Christian entrou na minha sala naquele momento e colocou alguns papéis do caso de Larry em minha mesa.

E uma semana se passou. Eu estava contando os dias para dezembro chegar. Setembro estava apenas no começo e os dias pareciam não passar. Não é à toa que dizem como o tempo é relativo.
Tentava me focar no trabalho e em suas ligações para me sentir melhor. E ouvir a voz de Dulce cada vez me deixava mais ansioso e animado para vê-la.

Christopher: Hoje é sexta-feira, o que você vai fazer?
Dulce: Não sei...ficar em casa, com certeza.
Christopher: Você não tem amigas por aí?
Dulce: Ter até tenho, mas também são ocupadas, casadas, enfim. A única amiga livre que eu tenho está viajando pelo mundo. Digamos que eu seja um pouco solitária.
Christopher: E você não se incomoda?
Dulce: Não, já acostumei.
Christopher: Quando você vier pra cá te deixarei desacostumada.
Dulce: Medo do que vai acontecer quando eu chegar aí.
Christopher: Tenha mesmo, já falei que eu vou te atacar e eu não estou brincando.

Escutei sua risada e pude imaginar o seu sorriso na minha frente. Estava cada vez mais fácil pintar as imagens de Dulce em minha mente, pois pensava nela a todo momento. Já havia virado um hábito ter o seu rosto em minha cabeça.

Dulce: Louco! Enfim, agora eu preciso desligar, meu horário de almoço acabou.
Christopher: É, eu também tenho que arrumar umas coisas antes de sair do trabalho aqui.
Dulce: Ok, então...quando eu chegar em casa te ligo?
Christopher: Você que sabe...não me importo mais que me acorde se for pra ouvir sua voz.
Dulce: Tudo bem então. Até mais tarde. Um beijo!
Christopher: Outro!

Nós desligamos o telefone e eu comecei a arrumar minhas papeladas, pois faltava apenas meia hora para sair do trabalho.
Christian entrou na minha sala naquele momento e colocou alguns papéis do caso de Larry em minha mesa.

Christopher: Meu Deus, não agüento mais ver papel na minha frente! Acho que estou um pouco estressado.
Christian: Então eu tenho uma ótima idéia pra te tirar do estresse!
Christopher: O que?
Christian: Vai ter uma festinha na casa de Juan hoje. Daqui a pouco, depois que sairmos do trabalho vamos para lá. Vamos ver as Eliminatórias da Copa do Mundo, Espanha contra Inglaterra. Vai ser um jogaço. Vai ter bebida, umas gatinhas...
Christopher: Que gatinhas? Vocês vão contratar prostitutas ou é impressão minha?
Christian: Não cara, são conhecidas dos rapazes aí, sei lá.
Christopher: E você está interessado? Pensei que tivesse namorando!
Christian: E estou! Mas Maite vai para a casa da mãe e vi que seria ótimo uma noitada com os amigos. E não vou fazer nada, estou interessado no futebol e na cerveja, não nas mulheres. Isso é pra vocês.
Christopher: Sei, também não estou muito interessado nelas, mas enfim...é, eu vou . To precisando de uma noite assim também.
Christian: Ok, vou falar com Juan que você está incluído. Saímos daqui 8 em ponto.
Christopher: Tudo bem.

Christian saiu do meu escritório e eu segui organizando aqueles papéis. Estava realmente precisando de uma secretária, pensei que pudesse me virar sozinho, mas tava bem complicado. Esperava que uma noite de homens pudesse tirar o trabalho da minha cabeça. Nada como cerveja e futebol para relaxar um homem.
Antes de sair, liguei para Any, para caso a Dulce ligar avisar onde estava, pois o telefone dela estava ocupado e o celular descarregado. Prometi que não chegaria muito tarde, afinal, depois do jogo eu iria embora. Pelo menos era isso que eu pretendia fazer.

--*

Assim que cheguei em casa, fui tomar um banho rápido e ligar para Christopher, como havia prometido. Mas para a minha surpresa, quem atendeu o telefone de sua casa aquela vez foi uma mulher. E eu imaginei que fosse sua irmã.

Dulce: Alô? É a irmã de Christopher?
Anahí: Sim, ela mesma, Anahí. É Dulce que está falando, não é?
Dulce: Como você sabe?
Anahí: Para ligar a essa hora aqui para casa...só podia ser você.

Eu ri baixinho, um pouco constrangida.

Dulce: Perdão...te acordei?
Anahí: Não, já estava acordada. Estou esperando Christopher chegar.
Dulce: Esperando-o chegar? Mas aí já não é de madrugada? Ele não voltou até agora do trabalho?
Anahí: Não é isso. Ele me ligou antes de sair do trabalho, dizendo que ia ter uma noitada de garotos na casa de um amigo, mas que não voltava tarde. Mas até agora não chegou.
Dulce: Noitada de garotos? Isso inclui...mulher também?

Engoli em seco, com medo de sua resposta. Podia ser um pouco precipitado, mas imaginar Christopher com outra mulher me dava náuseas. Era ridículo pensar assim! Apesar de dizermos coisas lindas no telefone, ainda não tínhamos firmado qualquer tipo de compromisso. Mas esse fato não me impedia de enjoar com as imagens de Christopher com outra em minha mente.

Anahí: Olha, eu não sei. Ele não me deu detalhes, disse apenas que iria para uma festa com amigos e que não voltaria muito tarde.
Dulce: Bom, se não voltou até agora...imagino que deve estar bastante ocupado, não é?

Disse aquilo sem querer e escutei a risada de sua irmã. Fiquei com vergonha, pois não queria parecer uma namorada louca e ciumenta.

Anahí: Você realmente gosta dele, não é?
Dulce: Sim...e estar longe me mata e me deixa insegura.
Anahí: Imagino. Mas calma, se eu conheço meu irmão e se ele quer mesmo algo sério contigo, ele vai respeitar isso.
Dulce: Mas não somos nada...somos só duas pessoas que se gostam e tem um oceano imenso que nos separa. Ele tem todo o direito de ter uma vida decente aí.
Anahí: Amanhã você fala com ele e vê no que deu. Mas não fica nervosa...digo isso pelos anos compartilhados com ele.
Dulce: Ok, obrigada por tudo. Beijos.
Anahí: Pra você também. Prazer lhe conhecer.
Dulce: Digo o mesmo. Até outro dia.

E então eu desliguei o telefone. Sei que sua irmã tinha pedido para eu não ficar preocupada, mas Christopher era homem...e muito lindo! Se tiver pelo menos uma mulher nessa festa com certeza iria em cima dele primeiro. E ele estava solteiro, não tinha porque recusar algo assim.
Eu fui deitar tentando não pensar nisso, mas foi inútil. Estava sim muito enciumada e mal consegui dormir por causa disso. Me preocupava como os meus sentimentos por Christopher cresciam com tanta intensidade. E se não tomasse cuidado, poderia acabar bem machucada no final.

--*

Abri os olhos de repente, sentindo o sol forte da manhã entrar pela janela. Pisquei várias vezes e me sentei no colchão onde estava, olhando ao redor. Só depois de mais alguns segundos que eu notei onde estava.

****: Já acordou?

Olhei para Christian que tinha saído do banheiro em seu quarto, com uma toalha ao redor do seu pescoço.

Christopher: Aham...estou com dor de cabeça. Não fiquei bêbado, mas talvez tenha bebido demais. Tem aspirina?
Christian: Sim, vou pedir para Maite pegar para você.
Christopher: Maite? Ela está aí? Não disse que ia dormir na casa da mãe?
Christian: E dormiu. Mas chegou aqui cedo.
Christopher: Ela não se importa de eu ter dormido aqui?
Christian: Maite gosta de quem eu gosto. Ela é uma ótima namorada, vamos descer para conhece-la.
Christopher: Tenho que passar uma água na cara. Pela minha dor de cabeça, sinto que devo estar um desastre.
Christian: Sim, está com cara de quem teve uma quente noite ao lado de uma mulher maravilhosa. Mas só com cara. Até agora não pude acreditar que você recusou aquela loira com aquela bela comissão de frente.
Christopher: Você também disse não para uma morena de olhos verdes que nenhum outro homem jogaria fora.
Christian: Eu já tenho minha moreninha...pra que iria querer outra?
Christopher: Então eu digo o mesmo...já tenho uma loira em casa. E alguém me esperando no México. Ou melhor, eu espero alguém chegar do méxico. Enfim, você entendeu.

Eu me levantei do colchão, lhe dando dois tapinhas no ombro e Christian riu.

Christopher: Vou usar o seu banheiro. Tem problema?
Christian: Claro que não amigo, você é de casa! Só não demore muito, pois Maite está fazendo o almoço.
Christopher: ALMOÇO? Meu Deus, que horas são?
Christian: Meio dia. Você realmente dormiu demais.
Christopher: Tenho que ligar para Any! Ela deve estar morrendo de preocupação, disse que não voltaria muito tarde!
Christian: Já fiz isso. Peguei seu celular e disquei o número da sua casa. Ela sabe que você irá almoçar aqui.
Christopher: Nossa! Muito obrigado cara, de verdade.
Christian: Sabe que não precisa agradecer. Vá lavar o rosto, estamos te esperando lá embaixo.

Christian saiu do quarto e eu me olhei no espelho, assustado com a minha aparência. Se Dulce me visse agora com certeza ia desistir de ter algo comigo.
Dulce...um sorriso surgiu em meus lábios ao me lembrar dela. Faltavam 3 meses para vê-la e esse tempo todo parecia eterno. O mais engraçado é que eu recusei a tal loira porque realmente não quis, meu corpo não reagiu ao ver aquela bela escultura, como Christian mesmo havia dito. Só me interessavam a cerveja e o futebol, o resto eu nem liguei, enquanto alguns caras tiveram seus tórridos momentos. E eu e Christian nos mandamos antes para não termos que ver aquele bando de caras bêbados se agarrando com mulheres que - apesar de dizerem não ser - pareciam prostitutas.
Depois que fiz minha higiene pessoal, desci as escadas e pude ver a namorada de Christian fazendo a comida. Era a primeira vez que a via e ela me causou boa impressão.

Christopher: Muito prazer, Maite. Espero não estar dando trabalho.
Maite: O prazer é meu, Christopher! E de forma alguma, eu amo cozinhar!

Christian entrou na cozinha e abraçou por trás, dando um beijo em seu rosto.

Christian: Quando eu falo que ela vai ser uma ótima esposa...
Christopher: Vocês estão noivos?
Maite: Ainda não. Estou esperando Christian pedir minha mão.
Christian: Ainda é cedo, morenita. E eu lhe pedirei quando menos esperar.
Maite: Sei. Enfim, a comida está pronta, podem se sentar.

O almoço estava uma delícia. Maite realmente seria uma ótima cozinheira. Conversamos sobre coisas banais o tempo todo, até que Christian puxou o assunto que me deixava um pouco constrangido.

Christian: Acredita que ele não ficou com ninguém ontem, Mai? Tudo por uma mexicaninha que virou a cabeça dele.
Maite: E o que tem? Acho isso muito romântico. Christian já me contou sobre a história de vocês e eu particularmente torço muito pra dar certo.
Christopher: Pois é, se depender de Christian todo o escritório já vai estar sabendo da mulher que eu espero.
Maite: E vocês vão se encontrar quando?
Christopher: Em dezembro. A irmã dela mora aqui e ela vai ficar até janeiro, creio eu.
Maite: Que ótimo! Um bom tempo para se conhecerem melhor!
Christopher: Um bom tempo para convencê-la a ficar definitivamente.
Christian: Não é por ser estraga prazeres, mas sei lá...ainda não entendo como alguém pode gostar de outra pessoa apenas por ouvir sua voz. Digo, sem tocar nem nada...não entra na minha cabeça!
Christopher: Isso é algo apenas que você sente, não tem que entender nada. Eu a amo e só o que me resta é esperar ela vir para ficamos juntos de vez.
Christian: A ama? Não sabia que tinha chegado a tanto.
Christopher: Pois é...mas chegou.

Meu celular começou a vibrar no bolso da minha calça e eu olhei rapidamente no visor, vendo quem era.

Christian: Ihh...pelo sorrisão na cara já até imagino quem seja.
Christopher: Ela mesma. Com licença, vou atender ali na sala.

Eu me levantei, nem notando que tinha sorrido quando vi que era ela. Fui até a sala e suspirei antes de atender.

Christopher: Alô?

--*

Pelo menos era ele que tinha atendido. Confesso que fiquei com medo de ouvir a voz de alguma mulher e não saber o que dizer. Mas não ter ouvido a voz de outra não queria dizer que ele estivesse sozinho.

Dulce: Chris? Já está em casa?
Christopher: Ainda não. Any te deu o recado?
Dulce: Sim, ela deu. Se divertiu muito na festa?

Eu perguntei com cautela, tentando não parecer muito ciumenta.

Christopher: Sim, foi muito bom. Sentia falta de ter um descanso assim, era só trabalho o tempo todo, enfim.
Dulce: E...err...ficou com alguém? Não estou te cobrando, nada ok? Só quero saber, pois Anahí falou que era uma noitada de amigo e noitada de amigos sempre tem...mulheres. Como sua amiga, claro, eu queria saber.

Eu me atrapalhei nas palavras e em seguida escutei Christopher rir baixinho. Sabia que estava sendo estúpida, mas eu não podia conter a curiosidade. Tinha que saber se ele estava com alguém ou não.

Christopher: Está com ciúmes, Dulce?
Dulce: Responde a minha pergunta primeiro!
Christopher: Estou mais interessado na sua resposta!

Eu bufei, vendo que tinha que dizer qualquer coisa.

Dulce: Não! Não posso saber se você passou a noite com alguém?
Christopher: Por que não admite logo?
Dulce: Porque eu não estou com ciúmes!

Falei de uma forma tão insegura que nem eu mesma acreditei no que estava dizendo.

Christopher: Aham, sei. Enfim...não, não passei a noite na casa de nenhuma mulher.
Dulce: Por quê?

Não, eu não conseguia me controlar.

Christopher: Está querendo saber se eu não fiquei com ninguém por sua causa?
Dulce: Por que simplesmente não responde minhas perguntas ao invés de ficar fazendo outras?
Christopher: Porque meu ego sobe quando você dá esses ataques.
Dulce: Que ataques? Eu estou normal, apenas fazendo perguntas que qualquer amiga faria.
Christopher: Hum, quando me liga para dizer que talvez o cara certo sempre tenha sido eu, você não está pensando muito em amizade. Foi isso que você quis dizer naquele dia, não é?

Eu fiquei boquiaberta, sentindo minhas pernas tremerem de nervosismo. O que era ridículo, pois odiava como Christopher me deixava nervosa apenas falando essas coisas.

Dulce: Você não pode jogar essas coisas na minha cara! É golpe baixo e eu estava sensível naquele dia!
Christopher: E quem aqui está falando em golpe baixo? Você sempre usa de suas artimanhas para me fazer confessar meus sentimentos por ti! Está reclamando agora?
Dulce: Pra você é mais fácil falar dessas coisas!
Christopher: Pra você pode ser também. Eu tenho que me aproveitar de quando estiver sensível ou bêbada?
Dulce: Ah, então está admitindo que se aproveita de mim? Por acaso és um aproveitador, Uckermann?
Christopher: Se for preciso ser para fazer com que assuma tudo o que sente...então serei!

Eu comecei a rir, colocando a mão sobre o rosto, como se ele estivesse na minha frente e eu estivesse envergonhada.

Dulce: Você enrolou, enrolou e não respondeu minha pergunta!
Christopher: Qual? Se eu não fiquei com ninguém por sua causa?
Dulce: Não foi bem isso que perguntei, mas se prefere assim...
Christopher: Sim, Dulce. Foi por sua causa. Mais alguma pergunta constrangedora? Aproveite que estou apto a responder todas!

Eu não consegui falar mais nada, pois o estado de choque que eu fiquei foi grande demais para sair algo da minha garganta. Christopher havia largado outras mulheres por minha causa...e essa atitude havia me deixado mais encantada ainda com ele.

--*

Havia adorado os ciúmes, mesmo que ela não tivesse admitido isso. E amava também ficar dizendo essas coisas bonitas para ela, pois sei que se sentia bem. E não eram nenhuma mentira, claro.

Christian: Me deixe falar com ela.

Christian chegou de repente na sala, acompanhado por Maite, e pegou o celular da minha mão de repente.

Christian: Alô? É Dulce? Oi, aqui é Christian, amigo de Christopher. Então...foi você que roubou o coração do meu amigo?
Christopher: Pelo amor de Deus, me dá isso aqui!

Eu tentei pegar meu celular de volta, mas ele me empurrava.

Christopher: Christian!! Me dá isso aqui, caramba!
Christian: Ah entendi. Olha, ele gosta muito de você mesmo, viu? A mulher se ofereceu lá, mas ele simplesmente ignorou, quis nem papo. Vem logo pra cá antes que ele fique louco! Podemos sair juntos, aquele programa de casais, o que acha?
Christopher: Eu juro que quando desligar o telefone você é um homem morto!
Maite: Christian, para com isso, olha como seu amigo ta vermelho!

Maite tentou me ajudar, mas ele seguiu falando com Dulce, ignorando a ambos.

Christian: Você gosta dele também?
Christopher: Ok, já chega, me dá isso!

Eu peguei o celular da sua mão quando ele se distraiu e voltei a falar com Dulce, enquanto Christian se jogava no sofá, rindo como se fosse um adolescente.

Christopher: Dul, não ligue pra ele, Christian nem parece a idade que tem.
Dulce: Eu gostei dele Christopher, coitado.
Christopher: Coitado de mim que me fez passar vergonha!
Dulce: Pensei que nunca ficasse envergonhado com nada. Sua auto-estima vai lá nas alturas.
Christopher: Sim, mas agora eu fiquei.
Dulce: Ficou com vergonha por ter recusado a mulher que se ofereceu pra você, por minha causa? Você omitiu essa parte.
Christopher: Não achei necessário.
Dulce: Eu adorei saber. Achei super fofo.
Christopher: Ok, podemos mudar de assunto?
Dulce: Sim. Adorei a idéia do encontro com os quatro.
Christopher: Já está se considerando minha namorada?
Dulce: Não, vamos sair como amigos.
Christopher: Claro, Maite e Christian se pegando na nossa frente e a gente conversando sobre a mudança do tempo. Já posso até imaginar a cena na minha cabeça.

Dulce começou a rir e eu joguei uma almofada em Christian, me vingando pelo que tinha feito.

Dulce: Ok, Christopher, quando eu chegar aí a gente vê como fica. Vou deixar você curtir com seu amigo agora. Quando chegar em casa me liga?
Christopher: Pode deixar. Um beijo.
Dulce: Pra você também. Até mais tarde.

Eu desliguei o celular e Christian continuou rindo, enquanto eu o olhava de cara feia.

Christian: O que foi? Eu faço um favor pra você e me olha assim? Vocês enrolam muito até dizerem alguma coisa um pro outro! Quis dar um jeito na situação.
Christopher: Aham, muito obrigado. Dulce amou a idéia do encontro de casais.
Christian: Viu, ela está caidinha por você. Por que não a pede em namoro logo?
Christopher: Por telefone? Quero pedir ao vivo.
Maite: Christian sempre se metendo onde não é chamado. Christopher está certo...pessoalmente é muito mais romântico.
Christian: Eu só quis ajudar no andar da carruagem.
Christopher: Não vai adiantar muito. Ela só vem no final do ano e ainda estamos em setembro. Até lá muita coisa pode acontecer.
Christian: Que desânimo é esse? Você não a ama?
Christopher: Sim, a amo.
Christian: Acho que ela sente o mesmo. O tempo não é nada para aqueles que amam, amigo. Segure firme...vai valer à pena.

Meu amigo me deu dois tapinhas na perna e eu vi que falava sério. Christian tinha razão. Não tinha que ficar contando os dias até dezembro. E sim aproveitar todo esse tempo para convencê-la definitivamente que era ao meu lado que Dulce tinha que ficar. E era exatamente isso que eu iria fazer.

--*