Fanfics Brasil - 2 FOI POR ENGANO - DyC

Fanfic: FOI POR ENGANO - DyC


Capítulo: 2

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A melhor coisa que tinha no mundo era você se levantar às sete da manhã para atender o telefone e descobrir que era engano. E melhor ainda era deitar-se outra vez, levantar-se para atender o telefone que estava tocando novamente e, quando você atende, a pessoa bate o telefone na sua cara. Provavelmente era a mesma mulher de antes, com vergonha por ter ligado errado duas vezes.
E com isso eu acabei perdendo o sono. Resolvi me levantar e tomar um banho quente pra ver se pegava no sono outra vez. Mas nada. Fiquei rolando na cama até dez da manhã e não consegui pregar o olho. Me levantei e fui preparar comida para Any e os meninos, que ainda estavam dormindo. Deixei um bilhete pra eles, pra que esquentassem a comida ao acordar e saí, sem rumo.
Comecei a andar pelas ruas de Madrid, olhando as vitrines e observando as pessoas passarem. Havia um parque, onde tinha uma pequena ponte em cima de um rio límpido, que era uma alta atração para os turistas. As pessoas tiravam fotos o tempo todos juntas, debaixo das árvores e algumas pessoas alugavam botes, para passear pelo rio. E eu fiquei ali, olhando aquilo tudo à minha volta, sentindo uma repentina solidão. De repente senti uma vontade enorme de estar acompanhado, de estar abraçado com alguém nesse mesmo parque, desfrutando desse ar limpo e dessa tranqüilidade. Talvez fosse romântico demais para um homem de vinte e sente anos como eu, mas no momento era o que eu mais queria.
Continuei andando pela cidade, entrando numa livraria. Folheei alguns livros de direito, mas logo os deixei de lado, pois não queria pensar em trabalho agora. Comecei a folhear alguns livros de romance. Achei um bem interessante, chamado "Amor nos tempos de cólera", do Gabriel Garcia Márquez. Mas não o comprei, pois havia saído de casa sem nenhuma espécie de dinheiro. Então, resolvi deixar pra outra vez.
Olhei no relógio e vi que já era quase uma hora da tarde. Parei em uma lanchonete para tomar um café antes de ir pra casa. Enquanto esperava este esfriar, uma mulher loira e de cabelos lisos se senta ao meu lado, pedindo um café também. Ela olhou pra mim sorrindo e eu retribuir tal gesto, tentando ser simpático.


***: O café está bom?
Christopher: Sim, está ótimo. Com três pequenas colheres de açúcar fica espetacular.
***: Obrigada. Eu me chamo Verônica, muito prazer.


A mulher estendeu a mão para mim, simpática e eu a cumprimentei.


Christopher: E eu me chamo Christopher.


E isso foi o suficiente para iniciarmos uma larga e prazerosa conversa. Era bastante agradável o seu jeito de falar e a todo momento jogava o seu cabelo pra trás, deixando o seu pequeno decote à mostra, a típica sedução de uma mulher. Eu já estava acostumado, pois não era a primeira vez que alguma mulher se oferecia assim pra mim. Eu me fiz de desentendido e continuei falando normalmente.


Christopher: Você é muito simpática, mas eu preciso ir. Minha irmã deve estar preocupada, já faz um tempo que estou fora de casa.
Verônica: Oh, que pena! Mas eu entendo perfeitamente. Queria poder passar mais tempo contigo, és muito agradável.
Christopher: Agradeço o elogio, mas quem sabe a gente não se encontra por aí, certo?
Verônica: Eu tenho uma idéia melhor.


Ela tirou da bolsa um pequeno cartão branco e me entregou.


Verônica: Eu sou promoter, e hoje será inaugurada uma boate aqui perto. A entrada é franca e terá um show de uma banda que está começando nesse ramo, mas é muito boa. Espero te ver lá, para podermos nos conhecer melhor.


Ela piscou levemente pra mim e eu coloquei o cartão no bolso, sorrindo.


Christopher: Farei o possível para estar lá. Mas agora eu preciso mesmo ir.


Eu me levantei e Verônica fez o mesmo, me dando um beijo no rosto.


Verônica: Até mais.
Christopher: Até.


--*


Já eram oito horas da noite e eu ainda estava no escritório, esperando o Sr.James sair para eu ir embora também. Eu já não tinha mais nada pra fazer, nenhuma ligação pra atender e nenhum recado pra anotar. Não sabia porque ele precisava tanto de mim assim. Por sorte, Roger, o publicitário da empresa entrou em minha sala com uma pasta na mão e sorriu pra mim, simpático como sempre...


Roger: Olá Dul, como está?
Dulce: Bem e você?
Roger: Ótimo. E o que faz aqui essa hora?
Dulce: Tenho que esperar o Sr. James, senão eu não saio.
Roger: Ele deve estar esperando eu entregar esses papéis. Posso entrar?
Dulce: Só um minuto que eu vou chamá-lo.


Eu apertei o botão que dava para a sala de James e avisei que Roger estava esperando...


Dulce: Ele disse que você pode entrar.
Roger: Obrigado.


Ele ia seguindo para a sala de James, quando deu a volta, me chamando.


Roger: Dulce, desculpa ser um pouco intrometido, mas...você gostaria de sair para jantar amanhã? Isso se puder, claro.


Eu imediatamente sorri, pois sempre achei Roger muito agradável. E já estava na hora de sair com alguém. Eu tinha vinte e três anos e nunca tinha namorado, apenas tive relacionamentos breves, que não deram em nada. Parece que hoje em dia os homens só queriam usar e os romances definitivamente haviam sido deixados de lado.


Dulce: Claro, eu adoraria!
Roger: Depois do trabalho eu te busco aqui então.
Dulce: Ok, muito obrigada.


James me liberou e eu fui correndo para casa, ansiosa para ligar para a minha irmã e contar as últimas novidades do dia. Ainda eram três da manhã na Espanha e eu não esperava que ela fosse se incomodar por eu estar ligando essa hora. Afinal, ela sempre torceu pra eu finalmente ficar com alguém. Então, peguei o telefone e disquei o seu número.


--*


Eu cheguei duas e quarenta e cinco da madrugada em casa. Abri a porta devagar para não acordar Any e os meninos. Eu estava me sentindo morto, como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.
Aquela boate estava bastante cheia. E eu nunca vi pessoa tão cheia de gás como Verônica. Como sempre, não havia nada na cabeça. Não sabia absolutamente nada de história ou literatura do próprio país. Mas pra passar a noite comigo não precisava ser o tipo de mulher inteligente que eu desejava pra mim. E o corpo ela sabia usar muito bem.
Eu me sentei no sofá e tirei os sapatos, mal enxergando o que estava na minha frente. Nem sabia como eu tinha conseguido dirigir até aqui. Eu precisava de um banho, mas amanhã eu tomava. Eu só precisava dormir. Me deitei no sofá mesmo e fechei os olhos. Não passou nem dois minutos, até que eu pegasse no sono.
Foi então que o telefone começou a tocar. Eu dei um pulo no sofá por ter acordado repentinamente. Olhei no relógio e vi que ainda eram três da manhã. Corri para o telefone, antes que Any acordasse e atendi com a voz mais sonolenta do mundo...


Christopher: Alô?
Dulce: Eu poderia falar com a Bianca?


Aquela voz de novo não. E aquela hora outra vez não. Eu estava morrendo de sono e ainda tinha que atender a ligações enganosas no meio da madrugada. E eu não tinha sangue de barata...


Christopher: Por deus, senhorita, olha a hora que é! Não dá pra ligar erradamente mais cedo não? São três da manhã!
Dulce: Desculpe! Não precisa ser grosso! Eu moro no México, aqui ainda são oito da noite!
Christopher: Então é melhor a senhorita dar uma olhada no fuso-horário e parar de ficar ligando para a casa dos outros em horas inapropriadas.


E então eu desliguei o telefone, sem dar tempo dela dizer nada. Peguei meus sapatos que estavam na sala e fui para o meu quarto, me jogando na cama e caindo num sono profundo.


--*


Imbecil! Grosso! Nojento! Arrogante! A culpa não é minha se caía na casa dele! Eu tinha absoluta certeza de que ligava certo, era algo errado com a linha. E ele não precisava ter me tratado daquele jeito! Ou ele achava que eu gostava de ligar pra casa das pessoas assim, pra perturbar?
Eu quase joguei o meu telefone na parede, por pouco eu não o fiz. Peguei a agenda telefônica e liguei diretamente para o celular da minha irmã, para não haver mais problemas...


Bianca: Dul?
Dulce: É, sou eu! Vem cá, qual o problema dos espanhóis hein? São sempre grossos assim?
Bianca: Não, pelo menos nenhum foi comigo até hoje. E você sabe que Mariano é espanhol e um amor de pessoa. Mas o que aconteceu, Dul? Por que está me perguntando isso?
Dulce: Não sei por que, mas sempre que eu ligo pro seu número cai na casa errada! E hoje o espanhol estúpido atendeu e mandou eu procurar ver o fuso-horário! Posso com isso?
Bianca: Não é pra menos, Dul. Aqui são três da manhã.
Dulce: Eu sei! Mas eu não tenho culpa, poxa! Eu vou ligar amanhã mesmo para a rede telefônica e perguntar o que está acontecendo!
Bianca: Acho bom. Tenho pena do homem Dul, você não sabe se ele acorda cedo amanhã. Mariano vai dormir aqui comigo e está apenas me esperando.
Dulce: Ui! A noite vai ser boa hein.
Bianca: Não seja besta, nós só vamos dormir, ok? Eu passei mal hoje e ele não quer que eu fique sozinha.
Dulce: Passou mal? Mas o que aconteceu?
Bianca: Tive uma vertigem quando saí do curso e andei vomitando. Acho que estou com alguma virose.
Dulce: Então se cuida mana.
Bianca: Vou me cuidar. Ou melhor, Mariano vai fazer isso por mim. Ele sabe que eu sou um pouco relaxada com esses negócios de saúde e etc.
Dulce: Acho bom mesmo. Ah e antes de desligar, eu preciso te contar uma coisa!
Bianca: O que?
Dulce: Amanhã eu tenho um encontro marcado com um publicitário da empresa! Isso não é ótimo?
Bianca: É maravilhoso! Mas cuidado para não se iludir, Dul. Sabe que a maioria dos homens só quer sexo casual.
Dulce: Sinceramente? Não me importo mais com isso. Não agüento mais ser virgem com a idade que eu tenho.
Bianca: E o papo de que só ia perder a virgindade com quem amasse de verdade?
Dulce: Meu príncipe não chega nunca, Bia! Cansei de esperar também, ele que me encontre.
Bianca: Ele vai te encontrar, Dul. Você vai ver.
Dulce: Eu espero que sim.


--*


No dia seguinte, eu acordei morrendo de dor de cabeça. A luz que entrava pela janela do meu quarto me cegava completamente, me fazendo sentir dores mais fortes. Um cheiro de fritura invadiu minhas narinas e eu pude ouvi vozes de criança na sala. Com certeza Any e os meninos já haviam acordado. Com muita dificuldade, eu levantei da cama e entrei debaixo da água gelada do chuveiro. Parecia que o barulho da boate ainda estava em meus ouvidos. Sabia que aquilo não era o tipo de lugar para mim, mas eu precisava sair. Ainda mais agora que faltam apenas dois dias pra eu voltar ao trabalho.
Coloquei uma calça de moleton e fui para a cozinha, onde Any já estava colocando comida no prato dos meninos. Eu me aproximei deles e dei um beijo na cabeça de cada um...


Miguel : Que cara é essa, tio Christopher?
David: É mesmo, parece que não pregou os olhos a noite toda.
Christopher: Ao contrário meninos, eu dormi até demais. Já são 1 da tarde.
Anahí: O que houve, meu amor?
Christopher: Cheguei tarde ontem daquela boate...você sabe.
Anahí: Ah claro! Foi procurar o corpo de uma qualquer enquanto não encontra uma com cérebro?
Christopher: É...mais ou menos isso.
Anahí: E quem te ligou de madrugada? Eu pude escutar o barulho do telefone do meu quarto.
Christopher: Ah, é uma chata que fica ligando pra cá por engano. Sempre diz que quer falar com uma tal de Bianca e só liga de madrugada. Parece que mora no México. Mas ontem eu fiz o favor de dar-lhe um fora.
Anahí: E o que você disse?
Christopher: Ah praticamente disse pra ela checar o fuso-horário e parar de encher o saco.
Anahí: Credo, Chris! As pessoas não ligam erradamente de propósito.
Christopher: Eu sei, mas é a segunda vez que ela me acorda, Any. Já estava de saco cheio.
Anahí: Ao meu ver você foi muito grosso. Era uma mulher e vai que era uma senhora de idade?
Christopher: Não, não era. Sua voz é bem fina e jovial, tenho certeza de que é uma mulher adulta.
Anahí: Eu acho que você devia ligar para se desculpar. Porque se os números forem parecidos, ela vai continuar ligando pra cá.
Christopher: Você acha? Fui grosso mesmo?
Anahí: E você ainda pergunta? Logo você, que vive criticando a grosseria dos homens para com as mulheres.
Christopher: É verdade, você tem razão. Alguém ligou aqui pra casa hoje?
Anahí: Não, por que?
Christopher: Por que o telefone dela ainda deve estar no identificador de chamadas. Vou ligar agora.


Eu ia em direção à sala, para pegar o telefone, quando Any me chama.


Anahí: Não acha melhor ligar mais tarde? Se eu não me engano, são seis da manhã no México, você vai acordá-la.


E então, eu sorri de lado, tendo uma idéia perfeita.


Christopher: Mas essa é a intenção, minha irmã.


Eu pisquei pra ela e fui até a sala, pegando o telefone e conferindo o seu número no identificador de chamadas.


--*


Eu dei um pulo na cama, quando o telefone tocou prontamente. Olhei em meu relógio e vi que eram seis e dez da manhã. Acordava para o trabalho às sete e não entendia quem poderia estar me ligando a essa hora. Pensei em não atender, mas ao me lembrar que Bianca não estava passando muito bem, corri para o telefone, preocupada com algo mais grave.


Dulce: Alô?


Eu atendi com a maior voz de sono do mundo e escutei uma risadinha do outro lado da linha...


***: Te acordei?


Eu enrijeci assim que escutei aquela voz. Parecia muito com a do cara grosso de ontem, mas por via das dúvidas eu resolvi perguntar...


Dulce: Quem está falando?
***: Christopher. O espanhol arrogante que você cisma em acordar.


Eu fiquei completamente sem fala. O que ele queria comigo? E por que estava me ligando a essa hora? Ou melhor, por que ele estaria me ligando?


Christopher: Pra quem gosta de falar até que você está bastante muda.
Dulce: Como você descobriu o meu telefone?
Christopher: Bom, não sei aí, mas aqui em meu país já existem identificador de chamadas.


Eu continuei muda, sem saber o que falar. Me odiei por ter perguntado algo tão estúpido. Mas de manhã parecia que a minha cabeça não funcionava para nada.


Christopher: Enfim, vejo que a você não lhe agradou a ligação. Só queria te pedir desculpas pelo meu comportamento. Por mais que você tivesse ligado errado, eu não tinha direito de te tratar daquela maneira, perdão.
Dulce: Tudo bem, está desculpado. E não é que a ligação não tenha me agradado, eu simplesmente estou...bastante surpresa. Não esperava que fosse me ligar, ainda mais a essa hora.
Christopher: Está provando do próprio veneno, não é?


A sua voz era bastante atraente e o seu sotaque espanhol terrivelmente conquistador. Eu não pude deixar de rir do seu jeito brincalhão ao falar. Nem se parecia à pessoa chata que eu havia falado ontem.


Dulce: Desculpe por te acordar sempre também. Mas culpe ao fuso-horário e não a mim. Ninguém manda você morar há sete horas de diferença daqui.
Christopher: Ok, vou pensar na possibilidade de me mudar, para que a senhorita não ligue mais para cá.
Dulce: Eu não faço de propósito. Ao contrário, eu tenho certeza que disco o número certo da minha irmã, mas sempre cai aí. Deve ser algum problema na linha, não sei. Vou ligar para a telefônica, para resolver o problema. Aí você não terá mais uma mexicana chata te ligando todos os dias.
Christopher: Ah, logo agora que eu estava me acostumando?


Eu comecei a rir, enquanto ouvia a sua charmosa risada do outro lado da linha também. E por um momento, imaginei que rosto poderia ser dono dessa bela voz.


--*


Até que falar com ela estava bastante divertido. A Mexicana era simpática e pelo menos pareceu me perdoar. Foi então que eu me dei conta de que não sabia seu nome e resolvi perguntar.


Christopher: Você já sabe como me chamo, mas eu não faço a mínima idéia do seu nome.
Dulce: Dulce Maria, prazer.
Christopher: Bonito nome.
Dulce: Se não fosse pelo Maria...
Christopher: Qual a implicância que vocês tem com o nome composto? Eu me chamo Christopher Alexander Luis e gosto bastante.
Dulce: Uau, que nome. Imagino com deve ser o resto.
Christopher: Von Uckermann.
Dulce: Seu nome não parece ser de Espanhol.
Christopher: Parentes suecos, você sabe.
Dulce: Ah, claro.


Ela riu daquele jeito especial, no mesmo momento em que Miguel e David entraram correndo na sala berrando e brincando de pique-pega. Minha cabeça pareceu explodir e eu tive que repreendê-los.


Christopher: Por favor meninos, vão brincar lá fora. Eu to morrendo de dor de cabeça.


Ainda bem que eles eram obedientes e fizeram o que eu pedi. Escutei-a rindo outra vez e e me recostei no sofá fechando os olhos, com a cabeça ainda explodindo.


Christopher: Por que crianças têm que fazer tanto barulho?
Dulce: Vai saber. Seus filhos?
Christopher: Não, meus sobrinhos. São crianças obedientes mas bastante barulhentas. Ainda mais eu que estou morrendo de dor de cabeça.
Dulce: Ressaca?
Christopher: Sim.
Dulce: Toma bastante água de coco. Água com açúcar também ajuda bastante. E claro, não beba excessivamente.
Christopher: Sério? Obrigado, acho que vou tentar isso depois.
Dulce: tente, vai dar certo. Enfim, estou adorando o papo, mas preciso ir trabalhar.
Christopher: Ok, não vou ocupar mais seu tempo.
Dulce: Não está ocupando meu tempo, é que eu preciso ir mesmo. Hoje eu prometo que ligo pra telefônica pra resolver a nossa situação. Aí você nunca mais vai ouvir a minha voz irritante na sua vida.
Christopher: Irritante? Eu não acho irritante.
Dulce: Não é o que algumas pessoas acham.
Christopher: Então eu acho que elas não ouvem direito.


Dulce se calou do outro lado da linha. Nem eu sabia ao certo porque estava dizendo essas coisas, já que era a primeira vez que eu falava com ela decentemente. Talvez fosse porque eu não gostava de ver nenhuma mulher com a auto-estima baixa. Ou talvez seja por outro motivo que eu ainda desconheço.


Dulce: Obrigada. De verdade.
Christopher: Não tem por onde. Agora vá trabalhar, não quero ser responsável pela demissão de ninguém.
Dulce: Ok. Até.


E então ela desligou o telefone. Eu fechei meus olhos e sorri espontaneamente, percebendo que aquela conversa tinha me agradado mais do que eu pensava.


--*


Eu acabei me atrasando um pouco pro trabalho, pois liguei logo para a telefônica. Lá me disseram que era problema com a linha, porque os números eram muito parecidos e que às vezes acontecia esse tipo de acidente. Mas me asseguraram que dentro de vinte e quatro horas resolveriam todo o problema.
Tomei um banho rápido, peguei minhas coisas e saí correndo, pegando um táxi, para chegar mais rápido.
Assim que cheguei na empresa, encontrei com Roger no térreo e o cumprimentei.


Dulce: Muito bom dia!
Roger: Bom dia pra você também, Dulce. Está alegre hoje.
Dulce: É? Mas eu sempre estou alegre.
Roger: Mas hoje tem algo especial em você. Falou com o passarinho verde é?


Eu soltei uma gargalhada, vendo que ele tinha acertado sem querer. Não que Christopher fosse o motivo da minha felicidade, mas...


Dulce: É...digamos que seja mais ou menos isso.
Roger: Ou também está alegre pelo nosso encontro hoje? Você não esqueceu, né?
Dulce: Oh, mas é claro que não! Passei o tempo todo pensando nisso.
Roger: Fico feliz em saber. Então, assim que James te liberar você passa no meu departamento, pra nós sairmos, tudo bem?
Dulce: Claro, como quiser. Até mais tarde.


Eu entrei no elevador e fui até meu escritório. Aproveitei que James ainda não havia chegado e liguei para a minha irmã. Mas por algum motivo ela não atendeu, o que me deixou bastante preocupada. James chegou no escritório poucos minutos depois e eu comecei meu trabalho, não conseguido tirar a cabeça da Espanha, tanto pela preocupação com a minha irmã, como a conversa com o espanhol mais charmoso e arrogante que eu havia conhecido.


--*


Anahí: Falou com ela?


Anahí chegou na sala, sentando-se ao meu lado no sofá.


Christopher: Sim...e a acordei, como queria.
Anahí: Ai Chris, pra que isso?
Christopher: Ela sempre me acorda, então quis dar o troco.
Anahí: Ai, homens! Mas enfim, ela te desculpou?
Christopher: Sim. Até que ela não era tão chata quanto eu pensava. Batemos um papo bem legal.


Eu sorri, me lembrando de nossa conversa e percebi que minha irmã estava com um cenho franzido e meio sorriso nos lábios.


Christopher: O que foi?
Anahí: Posso saber porque os seus olhos estão brilhando tanto?
Christopher: Estão?
Anahí: Aham. E foi depois que você falou com ela.
Christopher: Ela me despertou, só isso. Estava morrendo de dor de cabeça e agora estou um pouco melhor. Você sabe se tem água de coco aí?
Anahí: Não, por que?
Christopher: Dulce disse que era bom pra ressaca.
Anahí: E Dulce seria...?
Christopher: A moça do telefone.
Anahí: Ah claro!


Anahí deu uma risadinha debochada e eu arqueei uma sobrancelha, levantando dali.


Christopher: Bom, vou no mercado então. Daqui a pouco eu volto.


E sem dizer mais nada, fui pro meu quarto trocar de roupa para ir comprar a água de coco que eu esperava que acabasse definitivamente com a minha ressaca.


--*


 



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Autor(a): loraaah

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Roger: Então...me fale mais sobre você. Roger havia me levado para jantar num restaurante muito bonito. Havíamos pedido o prato principal e agora estávamos tentando nos conhecer melhor. Dulce: Bom...eu sou sensível, muito avoada, atrapalhada, medrosa, insegura e às vezes bastante chata.Roger: Uau! Quantas qualidades. Acho que quanto ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • carolzinha Postado em 19/07/2011 - 15:23:27

    Eu ja tinha lindo essa web la na comunidade da cuera !
    Ela e mto perfeita !
    Vc vai fazer a 2° temporada ?

  • thailavondy Postado em 19/02/2011 - 16:47:04

    ai que bom saber que essa é a1 temporada como disse agora é so esperar mais essa web é super fofa

  • loraaah Postado em 14/02/2011 - 21:20:33

    No capítulo "Entenda" eu expliquei direitinho. Acabou aí. Agora é esperar

  • thailavondy Postado em 13/02/2011 - 16:03:06

    flor esse é o fim da 1° temporada ou vc ta sem animo pra postar?bjus

  • thailavondy Postado em 11/02/2011 - 22:46:09

    ei cade vc?eu vim aqui so pra ler essa web(faz de conta que ta no ritmo daquela musica "ei cade vc?eu vim aqui so pra e ver"eu sei não fico boa mais da desconto srsrsrsrsrrrsrs) oxe minha florzinha se quer me matar ta coseguindo sumiu sem avis previo to suuuuuuuuuuuuuper curiosa pra ler sua web bjussssss

  • thailavondy Postado em 11/02/2011 - 15:13:30

    posta mais por favor essa web é super boato doente pra saber dom vai ser o 1 encontro vondy!!!poooooooooooooooosta

  • jujuvondy Postado em 10/02/2011 - 22:44:19

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  • dulceyucker Postado em 10/02/2011 - 16:26:10

    Oiee, bom nao digo q sou nova leitora, pois nao sou, eu acompanhava essa web em outro link, mas eu so queria dizer q depois dessa confusão todaaa eu so sabia de uma coisa: EU NAO PODIA VIVER SEM ESSA WEB, ela é mt demaiss e perfeita para mim essa foi a minha segunda web preferida, pois a primeira é da beta, mas eu so queria dizer q quando a segunda temporada vier eu estarei aquii lendoo.
    bjss


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