Fanfics Brasil - Capítulo 2-paranóia Autonomia

Fanfic: Autonomia


Capítulo: Capítulo 2-paranóia

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Eu dormi tranquilamente,ao contrário das minhas
expectativas,sem pesadelos,nem lembro direito de ter sonhado alguma vez.O
despertador fez o seu trabalho corretamente fazendo questão de me acordar as
6:45 da manhã.Eu me senti um pouco nauseado e perdi a vontade de levantar,Eu
lembrei que tinha de ir pra escola,aturar um cambada de babacas,por puro
capricho do meu pai,já que eu já tinha meu futuro planejado,e eu não ia
precisar estudar pra concretizá-lo:ninguém precisa de muito estudo para cometer
suicídio.


Eu sentei na cama,e fiquei lá olhando para o chão,tentando
espantar a preguiça de me levantar e encarar mais um dia,considerando a
possibilidade de concretizar meu futuro ainda hoje,mas eu sabia que não,não era
o dia ali,aquela não era a hora,a deixa perfeita,eu precisava de um motivo
óbvio,pra não deixar suspeitas a ninguém,eu não queria fuder com a vida de
ninguém.E assim eu levantei,Meio às cegas eu andei até o banheiro,eu não
consegui achar o trinco da porta então eu só a empurrei com força,quando ela
abriu,eu arrastei meus pés até dentro do banheiro,mantive meu olhar fixo dentro
do banheiro,procurando o espelho,longos segundos se passaram e finalmente eu o
localizei,andei mais um pouco praguejando a distância,e então mirei minha
imagem refletida,que parecia doente,uma maldito espelho que mostrava claramente
que eu não estava bem.


Já havia muito tempo que eu não cortava o cabelo,os fios
desciam até minha face chegando até meus ombros,eu também não usava um
barbeador há tempos,e por mais que eu ainda fosse novo uma barba rala e
estranha crescia no meu queixo.Eu estava mais pálido do que o normal,e já tinha
ganhado muitos quilos,o  que me deixava
totalmente estranho.Eu olhei novamente para o interior do banheiro procurando
pelo chuveiro,novos segundos se passaram até eu o localizar,então lentamente eu
me despi,quase caindo no chão,entrei com relutância no chuveiro,e
liguei-o,deixando a água quente cair direto na minha face,pelo menos como eu
esperava,porém as primeiras gotas que caíram não estavam quentes,elas caíram
geladas com facas afiadas prontas para cortar meu rosto por inteiro,o susto foi
imenso,eu dei um passo para trás e desliguei o chuveiro,esperei alguns segundos
e olhei para o regulador no chuveiro,estava localizado no inverno,o que
significava que a água tinha de sair quente,novamente eu liguei-o dessa vez
deixando só as mãos no lugar onde iria cair a água,e deixei-as lá por
minutos,imaginando que o chuveiro precisava de tempo para esquentar a água,eu
esperei,por vários minutos,e a água não apresentava nenhuma mudança na
temperatura,Eu desisti de tentar deixá-la quente e reuni toda minha coragem pra
entrar debaixo da água fria,e entrei de uma vez,me arrependi logo depois,a água
desceu por minhas costas,provocando uma das piores sensações que eu me lembrava
de já ter sentido,depois é claro da dor do sonho que eu havia presenciado mais
cedo.Eu tomei meu banho o mais rápido que pude e desci para encontrar meu pai
sentado na mesa esperando para tomar café.Eu me sentei a mesa e olhei para o
rosto do meu pai,aquele homem que aparentava ser bem mais velho do que ele
realmente era,Só ele sabia o quanto já tinha sofrido,sua primeira mulher:Minha
mãe,tinha sido brutalmente assassinada depois de 2 anos de casamento,eu nem
tinha 1 ano ainda,e ele presenciou a cena,desde então nunca mais se casou,se
mantém sozinho,acostumado com sua rotina,não pode reclamar de dinheiro,mas é a
coisa que ele menos queria agora.


-O chuveiro lá de cima não está funcionando,pai- eu disse,o
mais claro que pude,já que meu pai era parcialmente surdo.


Ele me fitou longamente,e eu pensei em repetir,mas algo me
disse que ele tinha entendido,ele me olhou por alguns segundos,e fez que sim
com a cabeça.


-Hoje eu irei checar- a voz dele soou grossa,como sempre,e
um pouco fria,ele me olhou de novo e me fitou por alguns segundos-Quando você
vai cortar o cabelo?


-Logo – eu disse,sabendo que estava mentindo.Ele me olhou de
novo,dessa vez mostrando um pouco de dúvida no olhar.


-Tá meio estranho-ele me disse,com um ar ainda mais
duvidoso.


Eu não queria mais conversar,e não queria ouvir meu pai
dizendo  que eu era estranho nem nada do
tipo,então eu levantei e me despedi dele,sem nem olhar pra ele,e saí,andando
por vários minutos sem destino.Demorou um pouco até eu notar que eu tinha
pegado o caminho errado,e que agora eu estava 
a pelo menos duas quadras do colégio.Eu parei no meio da rua olhando
para trás,considerando qual seria o melhor caminho,e decidi entrar em uma das
ruelas que me levariam por um caminho mais rápido.Eu notei dois caras estranhos
a frente,daqueles que tentam ser bem malandros,e eu entendi o que ia
acontecer,eu já tava muito puto,e eu não sei o que aconteceu comigo,mas assim
que os dois me mostraram a faca e me disseram pra entregar celular e dinheiro,e
mais o que eu tivesse,uma raiva inumana me acometeu,e eu tive vontade de fazer
os dois sentirem a dor que eu tinha sentido no sonho na noite anterior,eu bati
na cabeça do que estava com a faca o mais forte que eu pude,e tomei a faca dele
ele cambaleou e caiu,o outro tentou se aproximar,talvez na esperança de puxar
uma segunda faca,então eu segurei seu pulso,e rasguei seu antebraço o mais
fundo que eu pude,eu percebi a tentativa de levantar do que eu havia socado, e
soltei esse que imediatamente correu,me aproximei do assaltante,tonto e tentando
se levantar,segurei o seu ombro e ofereci ajuda para ele levantar,ele segurou
minha mãe e levantou,cambaleou um pouco mais se segurou ao meu ombro,então eu
perfurei sua barriga com a faca,e puxei-a até o peito,o sangue espirrou na
minha blusa e nas minhas Mãos, ele caiu de novo.




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Autor(a): kssiotyrone

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Aquilo não tinha sido normal,eu não estava mais com raiva,e só então compreendi  o que tinha feito,só então percebi que eu tinha acabado de matar alguém,um misto de medo do que podia acontecer e uma euforia inexplicável se apossaram dos meus passamentos,eu não pude pensar direito,eu não sabia o ...


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