Fanfic: ٠Moмєntos dє Encαnto٠DყC Terminada

Mais um especial
para quem assim como eu vai passar o carnaval no E-Novelas!

Então, a boca máscula
estava na sua... possessiva, voraz e destrutiva, enquanto ele usava a língua e
os dentes de maneira quase agressiva. 
Dulce nunca tinha experimentado nada como isso
antes... e nunca mais queria experimentar. 
E se fosse apenas aquilo. Mas não era. Podia ver
no rosto dele, nos músculos faciais sobressaltados, na linha estreita da boca,
nos olhos fuzilando de raiva. 
Foi então que Dulce começou a lutar a sério,
chutando e mordendo qualquer parte da anatomia masculina que pudesse alcançar. 
Sem nenhum sucesso. 
Ela arfava pelo exercício, e Christopher
segurou-lhe os dois braços. 
Meu Deus, ele não faria aquilo, faria? 
Por um longo tempo, eles apenas se entreolharam, e
Dulce não moveu um único músculo. Podia sentir as lágrimas queimando-lhe os olhos e piscou
para reprimi-las, determinada a não ceder à humilhação. 
— Vá para cama. — A voz dele era firme. — Antes
que eu faça algo de que vou me arrepender. 
Christopher a liberou e vestiu a cueca, a calça, e
por último, a camisa. 
Trabalho. Precisava se enterrar nos gráficos, nos
projetos. Checar e-mails, dar telefonemas. Qualquer coisa que tirasse sua mente
do que acabara de acontecer. 
Ele virou-se e saiu do quarto, fechando a porta silenciosamente
para isolar-se diante dos computadores. Ligou-os e começou a trabalhar. 
Era tarde quando apagou as luzes do escritório e
subiu a escada. 
O quarto estava iluminado pelo abajur, luz
suficiente para que ele visse que a grande cama estava vazia. 
Com um suspiro, Christopher tirou as roupas,
vestiu um roupão e foi checar cada quarto do andar superior. 
Dulce não estava em nenhum deles. 
Um arrepio de medo percorreu-lhe a nuca. Ela não
tinha saído da casa. O alarme não tocara... alertando que alguma porta externa
havia sido aberta. 
Restava apenas verificar a sala de TV, entrou e
viu o telão e o aparelho de som desligados. 
Onde ela estaria? 
Já ia saindo da sala quando um movimento quase
imperceptível chamou-lhe a atenção... E então, ele a viu. Dulce estava dormindo
em uma poltrona com o gatinho que Alma mantinha na área de serviço no colo. 
Os olhos brilhantes do gato piscaram com sua
presença, observando-o se aproximar. Christopher acariciou-lhe o pêlo macio. 
— Desculpe-me, amiguinho — murmurou e
cuidadosamente tirou-o do colo de Dulce e levou-o para sua cama na área de
serviço. 
Em seguida, voltou para a sala de TV e ficou
olhando-a pelo que pareceu um século. Então, com infinito cuidado, pegou-a nos
braços e levou-a para o quarto. 
Foi lá, na luz suave do abajur, que viu a mancha
de lágrimas secas no rosto dela, que deviam ter escorrido antes de Dulce
adormecer. 
A visão quase o destruiu, e Christopher fechou os
olhos, castigando-se em silêncio. Praguejou baixinho sem querer e observou o corpo delicado
se curvar numa bola protetora sob o edredom. 
Por Deus. 
Fizera aquilo com ela? Por causa de algumas
palavras ditas num momento de raiva? 
Com extremo cuidado, deitou sob o edredom e
aconchegou-a em seus braços. 
Recuando instintivamente, Dulce acordou. 
Christopher beijou-lhe a testa, o rosto, e então a
boca.
— Confie em mim, querida. E sinta. Apenas sinta. 
Ele explorou-lhe os lábios, dessa vez com tanta
gentileza que ela desejou chorar. Mãos carinhosas traçavam o contorno do rosto
de Dulce, então os ombros, saboreando o perfume maravilhoso que permanecia no
corpo, depois descendo para os seios. Ele inclinou a cabeça para lamber-lhe os
mamilos com sensualidade. 
Um nó se formou na garganta de Christopher quando
percebeu que ela estava respondendo espontaneamente, tremendo sob seus toques,
gemendo baixinho enquanto ele continuava acariciando-lhe o corpo inteiro com
incrível doçura. 
Dulce fechou os olhos e deixou a mente abandonar o
corpo, sentindo-se flutuar para um lugar onde podia examinar as sensações que
ele lhe provocava, analisar e separá-las do coração. 
Como sempre, Christopher levou-a ao clímax e,
então, depois do que pareceram segundos infinitos, ela entregou-se ao nirvana,
ciente de que não tinha escolha quando ele recomeçou tudo de novo até que ela
clamasse pela sua libertação e a boca de Christopher cobrisse a sua num beijo
que lhe derreteu alma. 
Havia desejo demais. A necessidade de senti-lo em
seu interior, as investidas da possessão máscula, e o encaixe perfeito que os
transformava em um único ser. 
Dulce deixou escapar um gemido quando ele
posicionou-se cuidadosamente entre suas pernas, penetrou-a, e então, levou-a
para um lugar onde nada mais importava. 
Exceto os dois, e a emoção que compartilhavam. Se
Christopher queria mostrar o poder que possuía sobre ela, então tivera sucesso. 
Mas aquilo era tudo. Sexo. Química. 
O amor que haviam compartilhado um dia, não mais
existia. Sobrevivência significava
aceitar sua vida com Christopher agora. Seguir em frente, sem olhar para trás. 
Era melhor para sua saúde e estado de espírito,
pensou Dulce. 
Qualquer outra coisa era pura tolice. 
Ela dormiu aninhada nos braços fortes, os lábios
de Christopher pressionados de leve em sua testa. ٠