Fanfic: ٠Moмєntos dє Encαnto٠DყC Terminada

Quando ela se recusou a
pegar o telefone, Christopher o abriu e fez duas ligações consecutivas, que
efetivamente a deixaram sem emprego. Dulce foi pega desprevenida quando ele se aproximou, deslizou os
dedos pelos seus cabelos, segurou-lhe a nuca e a puxou para mais perto. Então,
a boca dele estava na sua, aproveitando-se de seu choque para beijá-la profunda
e apaixonadamente. 
Por um breve momento, Dulce esqueceu-se de quem
era, ou onde estava... Havia apenas o homem, seu poder sensual, um desejo
despertado e uma necessidade instintiva de satisfazê-lo. 
Reconhecimento, em sua forma mais primária.
No entanto, uma parte de seu cérebro intrometeu-se
com súbita força. Aquilo tinha sido em outra época... não agora.
Oh, meu Deus! 
Dulce se libertou sem dificuldade, uma vez que ele
não fez nenhuma tentativa para detê-la. 
Uma raiva contida foi revelada nos olhos dela, as
faces coraram e o coração batia descompassado enquanto tentava recuperar algum
controle.
— Agora você tem algo pelo que me amaldiçoar. 
Ela abriu a boca, mas nenhum som emergiu, então a
fechou novamente. Desejava, precisava tocá-lo fisicamente... emocionalmente. 
Para quê? 
Christopher observou-lhe as feições expressivas,
definiu cada emoção transitória e resistiu à tentação de amansar-lhe o
temperamento rebelde.
Ajudava saber que podia fazer isso se quisesse. 
Dulce apenas o olhou. Ele não estava nem mesmo
respirando com dificuldade. Como podia parecer tão calmo quando os nervos dela
estavam à flor da pele? 
— Vamos embora? 
Jack, hospital... Por alguns segundos, sentiu-se
culpada por ter se esquecido disso, e partiu rapidamente, ciente de que
Christopher a seguia até a recepção, onde desejou boa noite à “modelo da Vogue”
e chamou o elevador.
Não havia nada que ela quisesse lhe dizer,
enquanto a raiva interior ameaçava obscurecer o pensamento racional e seu corpo
tremia. 
No elevador, Dulce disse a si mesma que devia
sentir-se aliviada pelo fato de que o pesadelo financeiro logo acabaria. Em vez
disso, sentiu-se desolada ao sentir o impacto da realidade. A vida que conhecia
estava prestes a mudar dramaticamente. O elevador parou e as portas se abriram para revelar o
estacionamento do subsolo. Ela precisava chegar ao saguão, e apertou o botão
apropriado apenas para que Christopher se inclinasse e cancelasse sua ação. 
— Você vai comigo. 
— Não! — exclamou ela furiosa. — Amanhã já é cedo
o bastante para que eu me algeme a você. 
— Vamos para o hospital — disse ele suavemente. —
Depois, transferiremos tudo do seu apartamento para o meu. 
— Que coisa. Eu... 
— Quer andar ou ser carregada? Escolha. 
Que ele falava sério estava evidente naquelas feições
esculpidas, e Dulce quase o desafiou. 
Quase. 
Em vez disso, andou a seu lado, sentou-se no banco
de passageiro do brilhante Aston Martin e manteve um silêncio gelado enquanto
ele dirigia pela cidade.