Fanfic: ٠Moмєntos dє Encαnto٠DყC Terminada

Emoções Finais Parte 3

Dulce
tinha de dar crédito a Maite... a atriz nem sequer piscou. 
— Não tenho idéia do que está falando. 
— Cinco mil dólares. O incêndio deliberado na loja
de minha esposa durante a madrugada. 
— Pelo amor de Deus. Você não pode acreditar... — ela
pressionou a mão sobre o coração, o semblante horrorizado. — Nós somos amigos.
Mais do que amigos. Eu não poderia... 
— Mas Derrick fez isso. 
— Talvez tenha o dedo dele. — Maite agitou a mão
no ar de maneira eloqüente. — Derrick gosta de um pequeno mistério. 
— Foi Derrick quem fez Jack acumular dívidas no
cassino. — A voz de Christopher era letal. — Derrick quem mandou dar a surra em
Jack com ordens para quebrarem-lhe a perna. — Ele fez uma breve pausa. — O
ataque de Dulce. O incêndio. 
— Derrick não faria isso! 
— Ele está sob a custódia da polícia. 
— Eu vou processar... 
— Eddy Villard foi encontrado no local do incêndio
e preso. Está doce como um pássaro, tentando proteger a própria pele. 
Maite se levantou. 
— Não acredito em você. — Ela virou-se em direção
à porta. — Vou embora. Nunca mais vai ouvir falar de mim. 
Poncho não se moveu, e Dulce observou quando a
atriz virou o rosto para Christopher. — Peça para seu escudeiro sair do caminho. 
Christopher não tinha terminado. 
— A lista de telefones e os dados bancários de
Derrick foram interceptados. As impressões digitais de Eddy Villard foram
encontradas numa lata de líquido inflamável junto ao local do incêndio. A
confissão dele é o suficiente para condená-la. 
— Você não pode fazer isso! 
— Posso. E fiz. 
— Derrick fez isso por mim! 
— Exceto que dessa vez ele levou o jogo longe
demais — disse Christopher. 
— Eu queria você — confessou a atriz com tom de
desespero. — Nós temos uma história. Teríamos sido bons, juntos.
— Não houve laços, Maite. — A voz de Christopher
continha algo que Dulce nunca ouvira antes. 
— Eu estava em débito com seu pai, e fiz uma
promessa a ele, que já cumpri. 
A atriz começou a chorar. 
— Ninguém — declarou ele em tom ameaçador —,
ninguém tenta machucar a mulher que amo... e consegue sair impunemente.
Entendeu? 
Ele inclinou a cabeça, Poncho abriu a porta e dois
policiais uniformizados entraram na sala. 
— O que significa isso? — Gritou Maite quando os
homens pararam a seu lado, uniram-lhe as mãos e a algemaram. 
— Está presa, senhora. Sugiro que nos acompanhe
calmamente. — Eles seguraram-lhe os braços. — Fazer um escândalo não vai
ajudar. 
Dulce assistiu totalmente incrédula quando o trio
partiu, seguido por Poncho, que fechou a porta após sair. Por um momento, ela
ficou parada ali. Então, virou-se devagar para encarar Christopher. 
— O que você disse? — A voz de Dulce soava rouca
até para seus próprios ouvidos. 
— Você ouviu. 
Ela engoliu o súbito nó que se formou em sua
garganta. 
— Acho que deveria falar de novo. 
Christopher não fingiu que não tinha entendido. 
— A mulher que eu amo — murmurou gentilmente, e
observou-a esforçando-se para encontras as palavras. Queria puxá-la para seus
braços e beijá-la loucamente... até que todas as dúvidas e inseguranças não
mais existissem. E faria isso... em breve. 
Mas antes, havia coisas que precisava dizer. — Maite e eu tivemos um
relacionamento profissional. Nada mais, apesar do que ela gostaria de sugerir. 
Ele estava mergulhando naqueles lindos olhos
castanhos, a boca trêmula e suave. Por Deus... como a amava!