Fanfic: ٠Moмєntos dє Encαnto٠DყC Terminada

٠ CAPÍTULO II٠♥٠ 

Jack estava na cama da enfermaria, com a perna
enfaixada e recebendo medicação intravenosa.
Parecia pálido, deprimido e quase temeroso quando
avistou Dulce entrando no quarto, mas logo suas feições se iluminaram e ele
sorriu quando viu o homem ao lado da irmã.
Christopher Uckermann. O cavaleiro branco em
armadura brilhante. Embora anjo tenebroso fosse mais apropriado, pensou ela com
cinismo. 
— Olá. — Dulce o cumprimentou carinhosamente
inclinando-se para beijar-lhe o rosto, e ouviu um “obrigado" sussurrado,
segundos antes de levantar a cabeça. 
Rapidamente, Christopher tratou para que Jack
fosse transferido para um quarto particular e, consultando os cirurgiões
ortopédicos, marcou a cirurgia.
Onipotência, proporcionada por uma fortuna
ilimitada, percebeu Dulce. 
Sabia que deveria estar agradecida... e assegurou
a si mesma que estava — pela segurança de Jack. Mas isso não significava que
tinha de gostar do acordo, ou homem com quem o fizera. O funcionário de plantão
chegou para efetuar a transferência de Jack e ela se despediu do irmão com
relutância. 
— Estarei aqui pela manhã, antes que eles o levem
a cirurgia — prometeu Dulce, enquanto o homem o removia na maca. 
Passava das sete horas quando Christopher tirou o
Aston Martin do estacionamento do hospital, o céu começava a escurecer. 
Tudo que Dulce queria era retornar ao seu
apartamento, tomar um banho e dormir. Isso, porém, não aconteceria tão cedo, e
a cama em que ia dormir não seria a sua, e sim a dele. 
O mero pensamento enviou calor através de suas
veias, e ela olhou pela janela num esforço de distrair a atenção da noite
promissora. 
Luzes da rua se acendiam, competindo com placas de
néon coloridas, e o trânsito aumentou quando diversas avenidas se uniam para
atravessar a ponte Harbour. 
Alguns minutos depois, Christopher parou o carro e
desligou o motor. Nada parecia familiar... nem o local, nem a rua.
— Por que parou aqui? — Jantar. — Ele tirou o cinto
de segurança e desceu do veículo. — Precisamos comer. 
— Não estou com fome. 
Christopher deu a volta para abrir a porta de
passageiro. 
— Desça, Dulce. — Quando ela não se moveu, ele
inclinou-se e tirou-lhe o cinto. 
A simples ação fez o coração de Dulce disparar e o
braço musculoso de Christopher roçar em seu seio. Ele estava perto, muito
perto, e ela congelou, não conseguindo respirar até que ele terminasse a
tarefa. 
Discutir não levaria a nada. Além disso, estava
faminta, admitiu para si mesma. Já fazia um bom tempo desde que comera um
iogurte e uma fruta, o que mal poderia ser considerado uma refeição. 
Com isso em mente, Dulce saiu do carro e
atravessou a rua ao lado dele, entrando num pequeno restaurante, onde o maître
cumprimentou Christopher pelo nome e pessoalmente os levou a uma mesa isolada. 
Dulce recusou o vinho, escolhendo sopa de entrada,
um prato principal, seguido por frutas frescas. 
— Você prefere silêncio ou conversa
insignificante? — perguntou ela com ironia. 
Christopher lhe lançou um olhar zombeteiro. 
— Comece me contando o que aconteceu nos últimos
anos. 
— Já não sabe de tudo, por acaso? — Ela pegou o
copo de água e bebericou, delicada. — Contratou alguém para seguir todos os
meus passos? 
Christopher recostou-se e observou-a com
intensidade. 
— Pelo que sei, o fato de um homem manter
interesse na ex-esposa não é crime. 
O garçom serviu a sopa para ambos, e educadamente
se retirou em seguida. 
— Uma esposa que você deliberadamente procurou com
a intenção de fazer fortuna. 
A expressão dele enrijeceu, e havia algo meio
assustador nas profundezas dos seus olhos escuros. 
— Talvez você queira explicar esse comentário?
— A associação com a Saviñón. 
— Verdade? — Murmurou ele friamente.
— Meu pai me mostrou a prova escrita.
— Impossível, considerando que não havia nenhuma
na época.
— Você está mentindo — acusou Dulce. — Eu vi as
cartas. 
— Você as leu? A cena surgiu-lhe vividamente na mente, no momento que o
amor parecera ter morrido. Papéis, o nome de Christopher. A voz irada do pai,
acusando e denunciando. Ela passara os olhos pelo texto rapidamente, antes que
o pai lhe tirasse os papéis e os pisoteasse sobre o chão do escritório. 
— Não pode negar que foi bem-sucedido em seu
empenho em assumir o poder da companhia de Fernando — disse Dulce, e então
acrescentou: — Sentiu prazer em vê-lo afundar e falir completamente? 
O semblante de Christopher não suavizou. 
— O declínio financeiro de seu pai me deu a
oportunidade de aumentar meus investimentos. Sou um homem de negócios. Se não
tivesse sido eu, teria sido outro qualquer. 
— É claro — reconheceu ela com zombaria, apenas
para ficar em silêncio quando o garçom apareceu à mesa e removeu os pratos de
sopa. Uma sopa que ela mal se lembrava de ter provado. 
— Um negócio feito depois da dissolução de nosso
casamento. 
A tensão agora era praticamente tangível. 
— Não acredito em você. 
— Por menos que você queira aceitar, seu pai pode
ter inventado uma série de mentiras e fabricado a suposta prova. 
Ela arregalou os olhos com raiva.
— Ele não teria feito isso. Sou a filha dele! 
O prato principal chegou e foi servido em alto
estilo. 
— A maior posse de Fernando. — Christopher fez uma
pausa. — A que ele daria tudo para tirar do meu alcance. 
Dulce olhou para a comida arrumada de maneira
artística no prato e, de repente, se sentiu enjoada. 
— Você está enganado. 
— Também posso produzir provas documentadas. — Ele
manteve o garfo suspenso no ar por alguns segundos. — A comparação com os
papéis de Fernando pode provar isso. Interessante, não acha? 

Se comentarem mais tarde posto mais!!! Bom dia pra vocês FlÔres!!