Fanfic: *-*Um Beijo na Noite*_*

Sem mais nada a dizer, se despediram e desligaram.

O final de semana chegara, finalmente. Anahi estava absurdamente cansada. Fora estressante o trabalho ao longo da semana, e agora tudo o que queria era descansar.

E rever Alfonso Herrera, sua consciência alertou-a.

Estava na cozinha quando o telefone tocou.

Seu coração, como sempre, disparou no peito, julgando ser Alfonso.

— Oi, Anahi. — A voz cordial de Julian Collins a saudou.

— Como vai, Julian? — ela se esforçou por responder com naturalidade, sem demonstrar a decepção que sentia.

— Estou só e abandonado — ele brincou, explicando que convidara uma garota para assistir a uma peça de teatro no sábado e que ela acabara de desmarcar, por estar gripada.

— Que falta de consideração da parte dela! — Anahi caçoou, ciente de que não desejaria substituí-la, porque havia a possibilidade de Alfonso bater à sua porta com outra garrafa de vinho na mão.

— Quer ir comigo, se não tiver outro compromisso? — Julian indagou, esperançoso.

O senso de lealdade de Anahi mais uma vez lhe veio à mente. Não podia falhar com o amigo que tantas vezes lhe ajudara!

— A que horas?

— Grande Anahi! Em retribuição lhe pagarei uma gim-tônica no intervalo.

— Você certamente sabe como tratar uma garota! — Ela riu e concordou em esperá-lo às oito horas do sábado.

Assim que desligou, apoiou-se na janela na esperança de ver o carro de Alfonso. Porém, sua espera foi em vão.

Depois de um longo tempo, acomodou-se na cama com um livro à mão, mas não conseguia concentrar-se na leitura.

Já eram mais de quatro horas e ela ainda não havia conciliado no sono.

Quando o sol já estava nascendo foi que ela conseguiu cochilar.

Acordou sobressaltada, pensando ter ouvido um ronco de motor. Correu para a janela, porém não havia nem sinal de algum veículo.

Dirigiu-se para o banheiro e, após tomar uma demorada ducha, vestiu short e camiseta, foi passar aspirador na casa. Afinal, quem sabe se se ocupasse com atividades físicas se esquecesse de Alfonso Herrera!

Depois de ter tirado todo o pó da casa foi que resolveu tomar o café da manhã.

Já passava das onze horas, e ela sabia que, se Alfonso planejava passar o sábado e o domingo em sua casa de campo, já deveria ter chegado.

Embora sentisse um desejo desesperado de vê-lo, tinha a horrível sensação de que não adiantaria alimentar esperanças.