Fanfic: *-*Um Beijo na Noite*_*

Os irmãos Goodwin certamente jamais haviam ouvido falar sobre construções a prova de som na época em que dividiram a propriedade, Anahi refletiu, enquanto continuou a retirar os velhos papéis pelo restante do sábado. Talvez nem precisassem usar o atalho que unia as casas em dias de chuva. Bastava que gritassem suas mensagens.

De qualquer forma, se o homem viera ao chalé naquele fim de semana em busca de um pouco de paz e silêncio, não deveria estar se sentindo confortável em sua sala de estar, pois, assim como ela ouvira seus movimentos na cozinha, ele também deveria estar ouvindo os dela, na sala. Anahi sorriu enquanto trabalhava.

O relógio já anunciava as nove horas quando ela finalmente removeu o último pedaço de papel. Dolorida em cada uma das partes do corpo, permitiu-se um longo banho quente, lavou a cabeça, e em seguida se atirou na cama.

Por consideração ao vizinho, não voltou a trabalhar nas paredes antes das oito horas do domingo. Se ele tinha ou não o costume de acordar tarde, não poderia saber. Mas, às onze horas, viu quando ele tirou o carro da garagem e foi embora.

Anahi estava saindo para trabalhar, na segunda-feira, quando viu uma simpática mulher de aproximadamente cinqüenta e cinco anos descer de uma bicicleta e conduzi-la através dos portões do chalé Myrtle.

— Bom dia! — Anahi a cumprimentou. — Acho que o sr. Herrera não está.

— Oh eu sei — a mulher respondeu com um sorriso. — Sou a sra. Moore. Sempre que o sr. Herrera passa o fim de semana no chalé, eu venho aqui na segunda-feira para providenciar a faxina.

Qual o método que à mulher tinha para saber quando isso acontecia, Anahi não conseguiu saber.

— Ouvi comentários de que uma jovem havia se mudado para o chalé de Gladys Goodwin. Espero que seja feliz aqui.

— Obrigada — Anahi agradeceu e sorriu. — Meu nome é Anahi Portillo. Adoro este lugar. É lindo.

— Sem dúvida. Tenho certeza de que vai gostar e muito daqui.

Depois de conversarem mais alguns minutos, Anahi se despediu e rumou para o trabalho.

Durante toda a semana, tentou conciliar o exaustivo trabalho na fábrica e os afazeres da casa.

Seu chefe, Mike Yolland, continuava preocupado com as finanças e temia perder sua empresa caso não acontecesse algo, e logo, que o salvasse.

Anahi tentava de todas as maneiras contribuir para que a tensão de seu chefe diminuísse, por isso, assumia quase que prontamente todos os problemas, deixando-o livre para buscar empresas interessas em investir na fábrica.

Na sexta-feira de manhã, Chris ligou para convidá-la a sair no sábado. Embora estivesse extremamente cansada, achou que seria bom se divertir um pouco. E, afinal de contas, Chris era um excelente amigo.

Depois de dar seu novo endereço a ele e combinar o horário que ele a apanharia no dia seguinte, voltou ao trabalho.

O fim da tarde chegou rapidamente e, depois de fechar suas gavetas e se despedir de Mike, foi depressa para o chalé Primrose.

Todos os vestígios de cansaço, como milagre, estavam desaparecendo conforme se aproximava do vilarejo.

Chegou diante do chalé, desceu do carro e abriu o portão. No momento em que terminou de estacioná-lo e desceu a rampa para fechar novamente o portão, parou para admirar o chalé.

Era bonito demais! Estava simplesmente adorando sua nova casa.

Já acabara de decorá-lo e ficara lindo. O papel de parede que escolhera era verde pálido com listras bem finas em tom rosa. O carpete, que seria instalado na segunda-feira, também seria verde e as cortinas, quando tivesse dinheiro para comprá-las, seriam rosa. Até conseguir adquirir sua própria mobília, ficaria feliz em usar o conjunto de estofados bege de sua mãe, que ainda se encontrava em boas condições.

Depois de fazer uma sopa fria de beterraba, ocupou-se com os últimos detalhes da decoração.