Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Passando dos limites.

Peco a todos compreensão, pois estou no notebook e ele é americano, não tem acentuação. Vou tentar arrumar pelo world, mas não prometo conseguir. – Miss Web.

Fiquei um pouco no terraço da festa, pensando em tudo que estava acontecendo.

A vinda de Débora, o ciúmes de Micka, as atitudes dessa que eu odeio. Bom, preferi me retirar da bagunça e colocar meus pensamentos e sentimentos em ordem.

Mais cedo, ao ver Michaella e Débora conversando meu coração parecia querer escapar do meu peito. Me deu um medo, um sentimento tão ruim, como se Débora tirasse as forcas de Micka. Não é a toa que voei para aonde estavam.

Não mentirei, evitei os olhos de Débora. Não por medo de amá-la, sei quem eu amo, sei quem eu quero para mim. Porem mesmo assim evitei fitar-me em seus olhos, receei me machucar por tudo aquilo que vivemos e que esta enterrado em mim.

É como um carro batido...

Por mais que você o arrume, ele fique perfeito por fora, para um profissional, um bom conhecedor de veículos, ele sempre perdera seu valor por ser, por mais que impecável, um carro batido.

É como eu sou, por mais que saiba o que eu quero, por mais que saiba quem eu amo, eu tenho meu passado doloroso, uma historia que eu interrompi por dor.

Acordei dos meus pensamentos com um casal ao meu lado. Se beijavam, riam, conversavam. Traduzindo: Estragaram minha reflexão com seu romantismo e felicidade momentânea, pois com certeza, pelo jeito que estavam, amanha mal lembrariam um do nome do outro.

Vencida pela melacao, voltei para a festa.

Assim que entrei vi Micka encostada no bar, bebendo.

Não sou muito fã de bebidas, uma ou duas ate pode ser, mas viver enchendo a cara me da ânsia, nojo, asco. Reprovei sua atitude assim que fitei meus olhos nos seus. Ela percebeu, me olhou profundamente, ergueu seu copo e depois virou-o em um gole só.

Sorri ironicamente e em seguida balancei a cabeça, demonstrando negação. Essa infantilidade de Micka me deixava indignada. Nos deveríamos enfrentar todo esse problema, não ficar assim, uma em cada lado, dando o gosto da nossa derrota a aqueles que querem nos ferir.

Fui ate o banheiro, me olhar no espelho me acalma.

Fiquei por la uns 15 minutos, pensando no que fazer. O correto e falar com Micka, bom, e é isso que irei fazer.

Sai do banheiro determinada a acabar com a crise. Pensei em duas ou três formas de mostrar a ela que meu coração e apenas seu.

Encontra-la não foi nada difícil, continuava la, no bar, no meio de tantos copos que não dava nem pra contar.

- Vamos conversar. – Falei um pouco seca, desgostosa pelo odor de cachaça que vinha de sua respiração.

- Fala ai. – Me respondeu atravessada.

- Para de beber antes. – Tirei o copo de sua mao e coloquei-o no balcão.

- Ah sim, veio me dar mais um de seus sermões maravilhosos.

Apenas balancei a cabeça, negando. – Vim dizer que te amo.

Micka me olhou nos olhos, por um segundo achei que tudo ficaria bem.

- Me ama? Ah Paula, por favor. Desde que essa menina chegou você esta pisando em pregos.

- Claro que não, não me acuse. Não fale o que não sabe.

- Pior meu amor, pior. Eu sei.

Fiquei puta da cara, meu coração batia forte contra o peito e meu sangue estava fazendo minha pele queimar.

- Você é muito criança, pelo amor de deus.

- Sou sim, vai la com a sua adulta.

- Não, eu não vou... mas também não vou mais ficar aqui com você. – Eu disse no ápice da brabeza.

- Não fique Paula. Melhor... não fique com essa criança nunca mais. Acabou. – Disse ela seca.

A olhei profundamente nos olhos, ela estava jogando tudo para o ar. A bebida deveria estar falando por si só.

Balancei a cabeça, sorri para baixo. Minha não crença era tanta que a tragédia se tornava engraçada.

- Ta bom Micka, se comporte ai... Amanha te espero la em casa, para você pedir perdão. – Falei me virando, deixando-a sozinha, falando tanta besteira que Eleonora chegou correndo para tampar sua boca.