Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Ressaca Moral.

Que noite foi essa? Não, por favor, alguém pode me contar o que aconteceu antes deu vomitar tudo na minha roupa novinha???

Acordei jogada no chão do quarto, com Brutus roncando do meu lado, um cheiro tão forte de vomito que me fez vomitar novamente.

Arrastei-me ate o banheiro, me atirando dentro do Box e por ali ficando por longos 40 minutos.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, fiquei forçando a memória para lembrar do que aconteceu na noite anterior.

Paula e eu brigamos por causa de Débora, hum, isso eu ainda lembro.

Calma, não brigamos. Terminamos.

Meu corpo mesmo quente do banho se congelou por completo.

- Caralho... Que cagada. – Falei alto para mim mesma e coloquei a mao na cabeça.

Sai do banho, colocando a primeira roupa limpa que achei. Peguei meu celular e sai correndo para fora de casa, com a cabeça cheia de duvidas, de culpas e de dor... Certamente há um castor comendo meu cérebro.

Não passou nem 5 minutos e eu já estava na frente da casa de Leka.

- Amiga, desce aqui. – Falei ao telefone.

- Micka, ta cedo, to com sono...

- Eleonora... DESCE. – Gritei desesperada.

Enquanto a esperava andei como uma barata tonta, de um lado para o outro na frente do portão.

- Calma, cheguei. – Disse abrindo o portão.

- O que aconteceu ontem? – Perguntei com os olhos arregalados.

- Ui, não lembra não? – Riu. – Nossa pela sua cara, a noite não acabou quando o Lucas te colocou no seu quarto ne?

- O QUE? – Gritei mais desesperada ainda.

- Calma, vem... Eu vou te contar tudo. – Pegou na minha mao, me puxando para dentro de sua casa. – Mas vamos tomar um café bem preto, pois você vai precisar.

- Cacete, o que eu aprontei heim? – Entrei atrás dela, entrando em sua casa, seguindo para a cozinha.

Pegamos as canecas, com café bem preto, ate sem açúcar e fomos para o seu quarto.

Assim que chegamos Leka trancou a porta.

- Bom, senta que a historia é longa. – riu.

- Bom, se tu ta rindo eu não estou tão fudida ne? – Perguntei com medo.

- Talvez não, pois a Paulinha não estava por la.

- Onde a Paula estava?

Leka deu de ombros.

- Bom, vou te contar tudo que vi e sei.

- Hum, ok. – Respirei fundo, esperando minha melhor amiga parar de enrolar e começar a contar logo.

- Foi assim... a Renatinha, uma amiga da Paulinha foi convidada para a minha festa, mas a Paula esqueceu de te contar, então você ficou de cara. Ai você pensou melhor e foi ficar de boa, ate saber que a Débora, ex da Paulinha estava na festa...

- Isso eu sei. – Cortei Leka.

- Xiu... – Me encarou. – To contando. Então... ai você começou seu show... encheu a cara, mas amiga, não foi apenas encher a cara, você acabou com o estoque de bebidas. – Riu. – Então você foi falar com a Débora, ai se irritou, puxou a Paula e saíram... e quando voltaram cada uma tava pra um lado, de novo.

- Leka, disso eu tbm sei.

- Bah, mas o que quer saber então?

- O que aconteceu depois das bebidas.

- Ah sim... – Leka colocou a mao na cabeça. – Tem certeza?

- Fala. – Fechei os olhos.

- Você terminou com a Paula. Depois gritou, falando que ela iria sentir saudades de você na cama. – Riu. – todo mundo olhou. – Deu de ombros.

- Caraca...

- Depois você bebeu mais um monte. Eu e o Lucas tentamos fazer você parar de beber. Mas você falava para ele que Paulinha era o amor da sua vida, por isso você ia se afogar no Martini.

- Ta zoando?

- Pior que não. – Balançou a cabeça. – Mas tranqüila, o Lucas disse que já sabia... e que era pra você ficar calma.

- Hum... e ai? Como parei vomitada em casa?

Leka começou a rir, mas ela ria sem parar o que estava me tirando do estado normal.

- Então coração... – Riu. – Você foi falar para a Débora ficar longe da Paula, mas quando chegou na mesa vomitou em cima das meninas... – voltou a rir.

- Da Débora também? – Ri.

- Não... ela não estava mais na mesa.

- Não? – Franzi a sobrancelha.

- Ela já tinha saído... mas não me pergunte para onde.

- Hum, ok... ai vc e o Lucas me levaram pra casa?

- Sim, mas relaxa que seus pais nem viram...

- To ferrada amiga... Paulinha nunca vai me perdoar.

- É, eu também não perdoaria.

- Ah, obrigada pelas palavras amigas. – Balancei a cabeça. – Bom, vou tentar limpar a minha moral. – Dei um beijo no rosto de Leka e fui para o ponto de ônibus.