Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Amor da minha vida.

Foram seis horas incansáveis de prova, e olha
que se pudesse ficaria mais tempo.

Provinha complicada heim, era tanta fórmula que
já estava me sentindo uma tabela periódica.

Sai do campus exausta, meus olhos estavam
fundos, minha cabeça latejando. Eu acho que fiz uma boa prova, pelo menos estou
confiante.

Cheguei na casa dos meus tios, tomei um bom banho
quente, almocei e dormi. Dormi tanto que nem lembro como acordei, so sei que
estavam servindo o jantar.

- Bom dia bela adormecida. – Brincou Claudinha,
me dando um beijo no rosto.

- Dormi muito é? – Sorri para ela. – Nossa esse
vestiba acabou comigo.

- Dormiu, mas relaxa agora que já passou. –
Piscou. – Uns amigos me chamaram para ir em um barzinho, ta afim prima?

Afim? Claro que eu estava afim, o que eu mais
queria era encher a cara para comemorar o fim desse tormento que se chama vestibular,
porem Paulinha iria me matar assim que eu contasse que fui curtir uma baladinha
paulista.

- Ah prima, desculpa, mas amanha viajo cedo. –
Fiz beicinho.

- Poxa prima, você nunca vem pra cá, e quando
vem nem sai comigo. – Imitou o meu beicinho, o que fez meu coração quebrar.

- Não da mesmo amiga e outra, meu namorado me
mata se eu sair.

- Você namora prima? – Seus olhos brilharam. –
Como ele é? O que ele faz? Me conta tudo.

- Ele se chama... Paulo. No momento deve estar
brincando com o cachorro dele... – Sorri e continuei imaginando o que Paulinha
estaria fazendo. – Ele prestou vestiba também... – Ficamos falando do “meu
namorado” por mais umas 2, 3 horas naquela noite.

Acordei no meio da noite com uma mensagem de
Paulinha:

“- Amor, vem logo, to com saudades.”

Se fosse qualquer outra pessoa eu mandaria a
merd*, pois nunca mais conseguiria voltar ao sono, porém a mensagem era tão
linda e a saudades era tanta que só soube ligar para ela.

- Oi bebe. – Me atendeu toda doce.

- Oi minha vida, que saudades de você.

- Muita, você não sabe o quanto. Como você esta?
E a prova como foi? Não quis te ligar mais cedo pois achei que estaria pilhada
ainda. – riu.

- Eu to bem, acho que deu tudo certo na prova
apesar de estar muito, mas muito complicada. E a sua? Tava difícil?

- Nada bebe, estava facílima, se eu não passar
em primeiro lugar sou o ser mais burro do mundo.

- Queria ter essa sua confiança.

- E eu queria estar ai do seu lado, mexendo no
seu cabelo, com a cabeça no seu peito... posso?

Eu ri, Paulinha é tão linda, me faz tão bem.

- Pode, ta vindo agora? – Brinquei.

- Hum, não. – Pausou um pouco. – Não tem avião essas
horas.

- Vem de carro, 3:30 não é nada.

- Ok então, você me espera ai na frente? – Riu.

- Para de ser besta amor. – Ri. – Amanha já estou
ai.

Conversamos mais um pouco até o sono chegar e
eu acabar me embalando nele.

7:30 da manhã e meu despertador canta como um
galo desafinado. Pronto, era dia de voltar para casa.

Vesti um sorts jeans e uma blusinha, estava
muito quente. Penteei os cabelos, deixando-os soltos mesmo, guardei todas as
minhas coisas na mala. Meus tios se ofereceram para me levar até a rodoviária,
claro que aceitei.

Fomos tomar café em uma panificadora perto dali
e depois seguimos até os ônibus.

- Foi um prazer te-la conosco Micka. – Disse titio
me abraçando.

- Foi muito legal, muito obrigada por tudo
gente. – Sorri para eles.

- Na próxima você não escapa de sair comigo
heim. – Claudinha ordenou, me dando um beijo no rosto.

- Ta certo, na próxima a gente ferve aqui. –
Pisquei.

Me despedi deles e subi para o saguão de
embarque, como tinha ainda meia hora para o ônibus chegar, sentei-me em uma
cadeira e fiquei mexendo no meu celular, vendo minhas fotos com Paulinha.

- Oiiii. – Uma voz conhecida soou ao meu
ouvido.

Me virei assustada dando de frente com
Paulinha.

- O que você ta fazendo aqui? – Perguntei me
levantando da cadeira e abraçando-a com força.

- Vim te ver. – Sorriu. – Achei que esperar
mais três horas e meia era muito para o meu coração. – Piscou, me abraçando forte
e beijando suavemente o meu pescoço.

- Você não existe Paula. – Sorri, afastando um
pouco nossos corpos. – Te amo tanto.

Paulinha apenas sorriu. – Ei, vem, vamos pra
casa. – Disse pegando minha mochila.

Entramos na caminhonete de Paula e fomos para
Cornélio. O caminho todo fiquei jogada em seus braços, deitada, sentindo o seu
carinho maravilhoso.

- Sabe Micka, você é o amor da minha vida. –
Sussurrou próximo ao meu ouvido, fazendo com que toda a minha vida tenha valido
a pena.