Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Um grude só.

Passamos a tarde inteira na casa da Leka,
assistimos a um filme, conversamos, jogamos baralho.

Quando deu 17:30, a mãe de Leka nos chamou para
lanchar. Uma mesa maravilhosa, bolo, soco, refrigerante, pães, pães de queijo
entre outras deliciosas coisas. Nos sentamos e comemos, na companhia dos pais
da Leka, que ficaram falando sobre a vida em São Paulo, como é morar sozinha e
o quanto vão sentir a minha falta.

- Ah tia, eu venho visita-la sempre que der. –
Abri um sorriso tímido.

- São Paulo é uma loucura baixinha. Vai
arranjar um namorado bem bonito rapidinho por lá. – Brincou a tia, me causando
problemas.

- É... – Dei uma risadinha. – Estou indo para
estudar, não para me apaixonar. – Respondi docemente.

- Mas são nessas horas, em que menos esperamos
que o amor chega. – Piscou.

Paulinha se manteve calada durante todo o
lanche, após essa conversa. Tentei puxar assunto, mas ela se manteve monologa.

Terminamos de comer e voltamos para o quarto.

- Vamos nessa linda? – Finalmente falou
Paulinha.

- Vamos... mas para onde? – Sorri, me abraçando
em seu corpo.

- Hum, penso no caminho. – Riu, me dando um
beijo na testa.

Peguei minha mochila, me despedi de Leka, que
me abraçou muito forte, quase quebrando meus ossos.

- Amiga, preciso respirar. – Ri, apertando-a
contra o meu corpo.

- Me liga assim que chegar lá heim... não vamos
perder contato por favor. – Disse com lágrimas nos olhos.

- Ei, calma. Nos finais de semana a gente se
vê. Ligo todos os dias e ainda tem MSN, Orkut e etc. – Abri um suave sorriso. –
Você não vai se livrar de mim. – Pisquei.

Leka me abraçou novamente, disse que me amava
muito e que seria sua melhor amiga para todo o sempre.

Quando nos soltamos, tanto eu quanto ela estávamos
com lágrimas fugitivas escorrendo pelo rosto.

Fui até Paulinha, que se mantinha em pé,
próxima a porta do quarto.

- Nos vemos amanhã. – Sorriu para Leka e mandou
um beijo com a mão.

Saimos da casa e já entramos na caminhonete.

- Me leva para o Bourbon. – Falou Paulinha ao
motorista.

- Hotel? – Perguntei sem entender.

- Não temos idade para Motel. – Sussurrou ao
meu ouvido e riu, fazendo meu corpo se arrepiar todo.

Assim que chegamos, Paulinha mandou o motorista
embora, dizendo que ligaria para ele assim que pudesse.

- Amor... – Disse suavemente. – Preciso comprar
uma roupa. – Riu.

- Fato. – Concordei, vendo-a usando roupas de
ontem. – Tem um shopping aqui pertinho.

- Vamos fazer assim... – Falou pensativa,
pausando um pouco. – Vamos pegar o quarto e passar no shopping rapidinho, pode
ser?

- Claro vida. – Sorri, indo junto a ela até o
balcão do hotel.

Paulinha entregou o cartão de débito, pagando a
diária. Ela pediu uma suíte de luxo, pegamos a chave e subimos pelo elevador.
Era no décimo andar.

Assim que entramos no quarto eu me joguei na
enorme cama king de casal, Paulinha subiu sobre o meu corpo.

- Oi. – Falou sorrindo, me dando um selinho nos
lábios.

- Oi amor. – Sussurrei com os lábios nos seus,
intensificando o beijo, tornando-o longo e apaixonado.

Paramos de nos beijar e Paulinha levantou-se.

- Vamos? Quero muito tomar banho. – Riu,
estendendo a mão para mim.

Saimos novamente do hotel, em direção ao
shopping.

Olhamos algumas vitrines, compramos alguns
conjuntos de calcinhas e sutiãs pretos, simples, depois fomos até a Colcci, uma
loja alternativa, aonde Paulinha comprou uma calça jeans toda rasgada, uma
regata preta e um moletom lindo, cinza cheio de rabiscos e um capuz com o
interior rosa.

Estávamos saindo quando Paulinha me puxou, me
levando até a loja de alianças.

Compramos alianças em ouro branco com amarelo,
era um pouco mais larga da que usávamos, e o ouro amarelo fazia uma fina listra
ao centro. Maravilhosa.

Passamos também na farmácia, aonde compramos
pastas e escovas de dente. Paulinha comprou um sabonete, shampoo e
condicionador, pois odeia o shampoo de hotéis, diz que estraga seus lindos e
negros cabelos.

Finalmente com compras feitas achei que iríamos
para o hotel, mas Paulinha tinha outro plano. Queria passar em um sex shop,
comprar alguns brinquedinhos.

- Ai deus, eu não vou entrar aqui. – Falei rindo.

- Ah, vem comigo. – Me puxou pela mão, me
fazendo entrar.

Certamente eu corei assim que o vendedor fixou
o olhar na gente.

- Posso ajudar?- Disse ele, abrindo um sorriso
maroto, curtindo com a nossa cara, só pode.

- Vou dar uma olhada nas coisas, se precisar de
você eu chamo, ok? – Respondeu Paulinha, simpática como sempre.

Fomos andando pelas prateleiras, observando os
vibradores e pintos de plásticos que por lá existiam.

Paulinha pegou um cor de rosa e ficou
balançando na minha frente. Rimos, até parece que usaríamos aquilo.

Escolhemos alguns gelzinhos que esquentavam, um
jogo do sexo para meninas, uns cremes e a canatinha comestível.

Entregamos tudo para o vendedor e esperamos ele
empacotar.

Saímos da loja e enfim pude respirar.

- Te odeio Paula. – Falei mordendo sua
bochecha.

- Hum, eu prefiro te amar. – Piscou, me
abraçando pela lateral do meu corpo e saindo pela porta do shopping.

Entramos no quarto do hotel novamente.

Paulinha entrou no banho, enquanto eu fiquei
tentando assistir alguma coisa na TV.

Fiquei ouvindo o som do chuveiro e não me
contive, abri a porta do banheiro, olhando-a toda nua, passando shampoo em seus
cabelos.

Ela se virou, assim que percebeu ser observada,
olhou para mim e abriu o seu maior e mais lindo sorriso.

Não pensei duas vezes, tirei minhas roupas ali
na porta mesmo e me joguei para dentro do chuveiro, beijando a boca de Paula e
a encostando na parede, sentindo toda aquela água morna encharcar o meu corpo.

Ficamos nos beijando intensamente, nossas mãos
alisavam nossos corpos com fome, percorrendo todo o cumprimento de nossos
corpos.

Nos amamos por um bom tempo embaixo daquela
cascata de água quente, até nossas peles ficarem muchinhas, como de duas
senhoras apaixonadas.