Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Como um sonho.

Saímos do banho enroladas nas toalhas brancas e
fofinhas do hotel. Escovamos os dentes, os cabelos, nos vestimos e fomos para o
quarto.

Paulinha ficava me olhando o que estava me
deixando tímida.

- Por que me olha tanto amor? – Perguntei olhando-a
sentada na cama, com as costas encostadas na cabeceira.

- Hum... quero gravar cada pedacinho seu. –
Sorriu. – Vem cá.

- Ah, não decorou ainda? – Mordi o cantinho do
lábio inferior, caminhando até Paulinha e sentando-me, aninhada entre suas
pernas. Paulinha me apertava por trás, ficando bem coladinha em mim.

- Acho que decorei cada centímetro, mas mesmo
assim não consigo parar de olhar para você. – Me beijou o pescoço.

- To com fome amor. – Falei manhosa.

- Nossa, é verdade. – Pegou o telefone e discou
para a recepção. – Gostaria de pedir duas massas com mignon para o quarto 1010
por favor. E para beber água e vinho, um Brunello de Montaltine.

Fiquei apenas acomodada entre suas pernas,
sentindo sua mão acariciar os meus cabelos. Passamos assim o tempo até a comida
chegar, namorando, se curtindo, conversando.

O jantar chegou, esperamos o garçom arrumar a
mesa e fomos comer. Ficamos conversando sobre milhões de coisas enquanto
comiamos. Não parecia que amanhã eu estaria a KM daqui, na verdade, nem me
lembrava que ficaríamos longe.

- Vou sentir saudades dessa sua risada. – Falou
Paulinha, cortando o clima engraçado.

- Nossa nem me fala. – Respirei fundo. – Por um
tempo deixei de pensar que amanhã, a essa hora, estaremos tão longe.

Paulinha fixou seus olhos azuis nos meus, pude
ver a dor que ela sentia. Me levantei e fui até ela, sentando em seu colo, de
frente. Levei minhas mãos em seu rosto, segurando firme.

- Presta atenção. – Falei encarando seus olhos,
que brilhavam muito pelas lagrimas que tentava conter. – A gente vai ficar bem.
Nos finais de semana eu venho para cá, ou então você vai para lá. Eu vou morar
sozinha, será legal, a gente vai ter o nosso cantinho. – Sorri.

- É... mas...- ficou quieta. Respirou fundo e
fechou os olhos, deixando as lágrimas escaparem deles. – Vou sentir tanto a sua
falta.

Ela me quebrou inteira. A máscara de forte caiu
e me deixei entrar no clima das lágrimas, chorando junto a minha namorada.

Começamos a nos beijar, um beijo salgado pelo
choro. Enfiei minhas mãos pelos seus longos cabelos negros, dando leves
puxadas. Nosso beijo logo ficou ardente, Paulinha arrancou a minha blusa e meu
sutiã, beijando meus seios arrepiados de tesão.

Ficou um bom tempo brincando por lá, enquanto
eu gemia baixinho ao seu ouvido. Acabamos nos agarrando pelo chão do hotel, nos
amando sem pudor, sem limites.

Suada, pousei minha cabeça sobre o ombro de
Paulinha, recuperando o fôlego.

- Eu te amo. – Me falou baixinho.

Ergui minha cabeça, para olhá-la nos olhos.

- Você não tem nem idéia do quanto eu te amo
mais.

- Ah que mentira. – Riu Paula, virando seu
corpo sobre o meu, ficando sob meu corpo, sentada. Prendeu minhas mãos sobre a
minha cabeça e sorriu, daquele jeito que só ela sabe sorrir. – Vou te mostrar
que amo mais. – Piscou, descendo sua boca por todo meu corpo. Soltou a minha
mão, passando as suas pelos meus seios, barriga, até chegar nas minhas pernas.
Abriu bem minhas pernas e beijou meu sexo, fazendo meu corpo todo reagir,
ficando arrepiado e sedento pela sua maravilhosa chupada.

Nos amamos mais e mais pela noite toda,
esquecendo de todos os brinquedos que compramos no sexy shop.

Exaustas subimos na cama e acabamos adormecendo,
abraçadas, sentindo uma o calor e a respiração da outra.

Um sonho, um sonho do qual amanhã despertaríamos.