Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Apartamento, loft, sobrado, mais apartamentos.

Eram tantas fotos de imóveis que já estava
ficando confusa. Sempre que encontrava um bonitinho o moço da imobiliária mostrava
um melhor.

- Nossa pai, eu não sei qual escolher. –
Coloquei a mão na cabeça, segurando-a, como se tivesse muito pesada.

- É assim mesmo meu amor. Mas tem que decidir,
será sua casa por no mínimo seis anos.

- Seis anos. – Falei mais para mim do que para
o meu pai.

- Podemos visitar esse ao vivo? – Falou papai,
mostrando um loft maravilhoso.

- Claro senhor. Pegarei as chaves e vamos agora
mesmo. – Falou o mocinho. Busquei seu nome no crachá, se chamava Ronaldo.

Saímos da matriz e fomos até o loft, era longe
de onde estávamos, porém bem perto de onde pretendo estudar.

A entrada era comum, com uma portaria e um
jardim modesto. Subimos pelo elevador, o apê era no sexto andar.

O corredor era longo, haviam mais três apês.

- Aqui é bem tranqüilo senhor. Os últimos donos
eram um casal recém casados, se mudaram após o nascimento dos trigêmeos. –
Falou Ronaldo.

- Nossa, três filhos de uma vez só?! Coitados. –
Comentou papai, rindo junto ao imobiliário.

Ignorei o assunto de velhos e entrei no Loft. Que
lugar mais bonitinho. Era pequeno, uma sala com uma copa embutida, que continha
um sofá enorme e bem fofo da cor branca, uma mesa redonda de seis lugares, uma TV
plasma embutida na parede com um rack abaixo e umas prateleiras sobre a TV e
tbm ao lado, uma cozinha americana toda equipada, com geladeira de duas portas,
fogão, microondas e etc, uma sacada ampla com churrasqueira e um banheiro, mais
para o canto havia uma escada, que nos levava até o único e aberto quarto, com
uma cama enorme, um closet incrível e um banheiro com uma banheira de hidromassagem.

- Adorei. – Sorri para papai.

- Gostou mesmo?

- Sim... é uma gracinha.

- Ele já vem mobiliado.

Fiquei mais um tempo andando pelo loft,
enquanto papai e Ronaldo conversavam sobre o valor do aluguel e o que precisávamos
fazer para efetuar a locação.

Passamos essa noite no hotel, liguei para Paulinha
antes de dormir. Eu estava louca de curiosidade para saber o que tanto ela
havia feito. Esperei papai entrar no banho para puxar o assunto.

- Me diz, o que você fez?

- Seu pai saiu é? – Brincou comigo.

- Sim, por pouco tempo então fala logo. – Eu era
uma pilha de curiosidade.

- Hum... – riu. – Não sei se vou contar.

- Paula. – Falei brava.

- Tá bom. Contei sobre nós.

Fiquei petrificada, passavam tantas coisas pela
minha cabeça.

- Ah sim... claro. Conte logo.

- É sério amor. – Riu ao telefone.

- E o que ela disse? – Meu estomago de repente
deu sinal de vida.

- Que não vê nada de errado e que é para sermos
felizes.

Dada a resposta, fiquei mais calma e terminamos
de conversar só as três da manhã, quando papai mandou eu desligar pois não
conseguia dormir.

Domingo chegou logo e com ele a ida de papai
para Cornélio.

Ficou decidido que essa semana eu passaria nos
meus tios, até sexta, quando eu voltaria para casa arrumar minhas coisas.