Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Dias da semana.

Os dias bombaram, mal tive tempo de ler essa semana. Sai
todos os dias a tarde com a galera da Claudinha.

Melissa, uma das meninas, me perguntou se eu namorava. Fiquei
gelada, o que eu poderia falar.

- Sim, ela namora um menino lá de Cornélio. – Falou Claudinha,
lembrando da nossa conversa.

- E ele não fica com ciúmes que você saia com a gente?

- Claro que não, ele entende. – Sorri, congeladíssima por
dentro.

- Foi para ele que você comprou o outro convite?

- Nã...não...- Sorri, tentando disfarçar meu pânico. – Foi para
a minha melhor amiga. Paulinha. – Sorri.

- Que legal, sua Best tem o nome igual do seu namorado. – Brincou
Claudinha.

- Pra você ver como eu escolho a dedo. – Pisquei e todas
rimos, mudando de assunto, para o meu bem.

Sexta feira de manhã.

Acordei com o coração acelerado. A saudades que estava de
Paula era monstruosa. Na aula só conseguia falar dela. O que deixou todos os
meus amigos mais do que ansiosos em conhece-la.

- Calma gente, sábado é nós. – Bati no meu peito e sorri.

Assim que a aula terminou corri para a casa, pelas minhas
contas, Paulinha estaria para chegar logo. Tomei um banho gostoso, com a idéia de
estar totalmente cheirosa para sua chegada.

Vesti langerri preta com fitinhas brancas; uma calcinha fio
dental minúscula e sutiã apertadinho, deixando meus seios maiores. Vesti um
shorts molinho, desses de surfista e uma blusa vermelha, disfarçando minha “maléfica”
intenção.

Pedi o almoço no restaurante da esquina, lasanha de quatro
queijos. Arrumei a mesa e fiquei andando como uma barata tonta até ouvir a
campainha.

O coração na boca, as pernas pesadas, as mãos geladas.

Abri a porta correndo, dando de cara com a minha namorada
mais morena do sol, vestindo shorts e regata, segurando sua mala de rodinhas.

Abri o meu melhor sorriso, abraçando-a forte, mal deixando
entrar.

- Que saudades caray. – Enchi sua bochecha de beijos.

Fechei a porta e beijei-a na boca, matando minha saudade de
seu gosto bom, de seu beijo gostoso, de sua língua molhada.

Paulinha soltou sua malha e me apertou contra seu corpo. Nossos
corações estavam tão rápido que nossa respiração estava falhando. Nos beijávamos
com desejo, saudades, uma loucura gostosa que estava incendiando todo o
apartamento.

Provavelmente nos “comeriamos” ali mesmo, nessa exata hora
se não fosse a campainha tocar novamente. Paramos de nos beijar, sem ar, sem chão.

- Nossa que saudades. – Falei rindo, indo para a porta.

Paulinha ficou andando pelo apartamento enquanto eu pegava a
comida.

- Deixa eu te ajudar. – Sorriu, assim que fechei a porta.

- Fica longe de mim se não quiser que eu te agarre agora. –
Falei séria, encarando-a nos olhos.

Paulinha pegou delicadamente as sacolas da minha mão,
colocou sobre a mesa e me puxou pela mão, fazendo seu corpo colar contra o meu.

- Me agarra então. – Sorriu, invadindo a minha boca com a
sua língua.

Voltamos a nos beijar novamente, fui andando pelo ape,
agarrada na minha namorada.

Derrubamos algumas coisas pelo caminho, mas nem me importei,
só queria saber de Paula sobre mim.

Subimos as escadas com dificuldade até o meu quarto. Empurrei
Paulinha na minha cama, ficando em pé, na beirada dessa.

- Vou te mostrar o que te comprei de boas vindas. – Sorri,
abaixando meu shortinho.

Paulinha acompanhou meus movimentos com seus olhos, abrindo
um sorriso apaixonantemente safado ao ver minha calcinha.

Sorri para ela, erguendo minha blusinha. Ficando apenas com
a langerie preta.

- Você quer ver atrás? – Pisquei, sabendo o quanto Paula é
louca pela minha bunda lisinha e durinha.

Me virei de costas, deixando-a ver apenas o risquinho da
calcinha que me impede de estar semi-nua.

- Meu Deus. – Sussurrou.

- Você gosta né minha emozinha. – Sorri, virando de frente
para ela, me abaixando, ficando de quatro sobre seu corpo, com meus joelhos e mão
em volta desse.

Paula parecia estar encantada por toda aquela névoa de sexo.

Deslizou a mão por todo o meu corpo, deslizando pelas minhas
costas, desprendendo o meu sutiã.

- Mas já? – Sorri, provocando.

- Meu tesão é muito. Desulpe. – Riu, erguendo seu rosto até
meu seio, chupando-o com fome.

Nos amamos pela primeira vez na minha nova casa, na minha
nova cama. Gemi tão alto que pude jurar ouvir ecos. Estava enlouquecendo de
saudades.

Gozamos uma, duas, três, quatro vezes antes de conseguirmos
nos tocar sem transar.

Exaustas e com fome, vestimos nossas roupas e fomos almoçar,
quase na hora do jantar.

Comemos e tomamos um bom banho, juntas, inaugurando também o
meu banheiro.

Assim que saímos meu celular começou a berrar, o que me fez
lembrar que hoje teríamos uma festa para ir, festa da qual Paulinha ainda nem
fazia idéia.