Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Decepção. 

Sabe aquela pessoa que você tem certeza que nunca ira te
decepcionar? Bom, essa era a Paula para mim. Era, pois depois de hoje nada mais
me surpreende.

Além de me deixar sozinha na casa da Carol, ainda fez mó
papelão. Impressionante o grau de criancice que chegamos.

Assim que entrou no taxi eu voltei para a festa, puxei Carol
para o canto:

- Ela foi embora. – Falei com o choro entalado na garganta.

- Eita, mas por que? Esquisita. – Carol perguntou, enrolando
uma mexa do seu cabelo vermelho no dedo.

- Sei lá, é louca, disse um monte de merd* e vazou. – Dei de
ombros.

- E você?

- Ah...- Respirei fundo, pensando em como meu coração estava
sentindo. – Eu quero beber. – Ri, recebendo um abraço de Carol e voltando para
o meio da galera.

- A Micka quer cachaça galera. – Ela gritou, já pegando um
copo de vodka e colocando na minha mão.

Eu estava mal, estava bem mal por sinal. Estava com medo,
confusa, sabia que o fim estava próximo. Mas o que eu poderia fazer? Ficar
correndo atrás da Paula? Quanto mais eu chegava perto mais ela se afastava, por
que tanto esforço, se no final iriamos apenas chorar e nos afastar?

Esqueci meus problemas na bebida. Bebi, mas bebi muito, até
esquecer o meu nome.

- Mais umaaaa. – Gritei rindo de Flá que fazia malabarismos
com as garrafas antes de colocar  bebida
em nossos copos. – Quero aprender.

Me levantei, já estava trançando as pernas e fui ao lado de
Flá.

- Acho que não vai ser uma boa ideia. – Ria Juan.

- Para de gorar sua bicha louca. – Ri, acompanhada de todos
no terraço.

Peguei uma garrafa de cerveja, já vazia. Flá estava ao meu
lado.

- Ó, presta atenção. Você faz assim. – Disse, fazendo a
garrafa dar uma pirueta.

- Fácil heim. – Ri, jogando a garrafa pra cima e pulando pra
trás, vendo-a se espatifar no chão. – Ops. – Falei caindo na gargalhada.

- Acho que alguém vai dar PT hoje. – Riu Carol.

- Quem? – Olhei para os lados, em busca da pessoa que estava
tão mal assim.

Continuei bebendo até o dia virar noite, e a noite virar
madrugada.

Pensei em ligar para Paula mas desistia rapidamente ao
lembrar o quanto ela foi otária.

Deixei pra lá o estres, a raiva, a dor e me foquei em ser
feliz.

Quando percebi quem eu era novamente, estava jogada na cama
de Carol, vestindo apenas calcinha e sutiã e no rádio relógio do quarto já
marcavam 10:00 hrs da manhã.

- Caral*o... eu to muito fudid*. – Falei para mim mesmo,
sentando na cama.

- Ah, bom dia morcegona. – Riu Carol entrando no quarto.

- Por que eu to aqui? E assim? – Olhei para o meu próprio
corpo.

- Bom, você não quis nenhuma roupa ontem... e as suas
estavam fedendo a vômito. – Riu. – Veste isso que eu te conto seu lindo
papelão. – Sorriu. – E outra... se você tinha esperança de se resolver com a
Paula, esqueça... depois do que você disse para ela ao telefone... acredito que
nunca mais se falem.

Arregalei meus olhos, minha cabeça doía, meu corpo parecia moído,
minha mente estava bloqueada.

- O que eu falei pra ela? – Vesti a roupa que Carol me
jogou.