Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Carreata de semanas.

E tudo começou a se acalmar.

Agora eu já não chorava tanto, algumas vezes me pegava triste, mas estava mais forte. Me amando cada vez mais.

Meus 18 anos estavam próximos e semana passada eu acabará de terminar o curso da auto escola, estava na fila para o exame.

Minha amizade com Maxxie estava se fortificando a cada dia. Nos encontrávamos na faculdade, nos intervalos e voltávamos juntas para a cidade. As vezes eu a deixava em casa, outras ela quem me dava carona.

Leka estava vivendo um mundo só dela, dela e de Eduarda, a morena de lábios grossos que conhecemos a quase dois meses atrás, no Ladys.

Falando em Ladys, Maxxie foi promovida. Agora ela era gerente ao invés de servir. Claro que eu dei todo o meu apoio né?! Mandar é sempre melhor.

Se bem que, para mim, Maxxie deveria ser cantora. Não canso de passar tardes ouvindo-a tocar violão.

Ontem mesmo ela tentou me ensinar a tocar.

- O dedo você coloca aqui. – Disse, levando minha mão até as cordas.

- Ai, mas dói. – Falei manhosa.

- Dói pq vc esta esmagando a coitada da corda. – Riu, me dando um beijo na cabeça. – Acho que você não leva jeito.

- Ah, como não? –Passei os dedos nas cordas, ecoando um som dramasticamente horrível. – É tvz tenha razão. – Sorri, entregando-lhe seu fiel violão.

Então como um alivio para meus ouvidos ela dedilhou uma canção lenta de Engenheiros do Hawaii.

Acabei dormindo na casa dela essa noite, era gostoso passar meu tempo lá. Eu esquecia de pensar na Micka, na verdade acabava esquecendo de pensar no mundo.

Até Eleonora colocar tudo em baixo d’água. Hoje quando acordei 5 ligações no meu celular.

Me despedi de Maxxie e no caminho de casa liguei para minha amiga desesperada.

- O que foi? – Já a abordei simpática.

- Micka está mal.

- Que?

- É... ela esta mal. Tipo ontem me ligou chorando, falando que estava com saudades de todos. Que não tem forças para vir para cá, com medo de te encontrar com outra.

- Você falou pra ela que eu to sozinha?

- Sim, falei. Mas sei lá... ela começou a chorar mais ainda.

- Eita. – Respondi assim, seca. Mas no fundo comecei a mergulhar em meus pensamentos adormecidos.

- Vamos ir ve-la?

- Você ta louca ou bebeu? – Respondi na defensiva.

- Ah Paula, para de encenar. Você ama a Micka. Já tem dois meses que terminaram e você continua na sua. Chorosa pelo seu quarto que eu sei.

- Tudo bem, eu admito. Mas ai você quer que eu corra pra SP, finja que nada anteriormente aconteceu, me jogue nos braços dela e pronto... tudo o que consegui nesses dois meses já era?

- Amada, o que você conseguiu nesses dois meses? – Me perguntou, me causando arrepios por não saber a resposta.

- Ah... ah... hum... Ah. – Mordi o lábio. – Consegui ficar bem. – Sorri vencedora.

- Mas... pode ficar melhor ainda.

- Para de colocar mer*a na minha cabeça Eleonora.

- Tudo bem, vamos pelo menos lá. Vocês tem muito o que conversar, sei lá...Se está tão firme que não devem voltar, pelo menos serem amigas né?

Pensei um pouco. Leka estava certa. Por mais que meu namoro tivesse acabado, eu não poderia dar as costas para Micka, eramos amigas a cima de tudo. Melhores amigas.

- Tá, amanha é sexta. Vamos para lá.

- Ebaaaaaaaaaaa.  – Leka gritou tão alto que jurei ter perdido um tímpano.

Desliguei o telefone e como de esperado, passei o dia todo com o pensamento em São Paulo.

Seria complicadíssimo encontra-la. Meus sentimentos estavam a flor da pele e as feridas não haviam cicatrizado.

Só uma coisa a dizer: Seja o que Deus Quiser.