Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Foda-se o mundo, eu
quero é causar.

No
dia seguinte do meu triunfante porre, Maxxie me desceu a lenha.

Veio
com papo de que eu estava fazendo besteira, pois poderia magoar pessoas por
conta da dor que eu estava sentindo.

Conversamos
bastante, só faltou ela me bater, mas no fim ela me abraçou e disse que adorava
meu jeito perdido de ser.

A
semana começou novamente, faculdade, casa, lady’s e por ai vai. Decidi ficar
mais na minha por um tempo.

Eu
estava tão desesperada por uma fuga da dor que realmente não pensei em nada.
Bom, não que o coração dos outros me importe agora, mas minha reputação sim.
Não rola pegar 1000 mulheres em uma semana e na seguinte ser taxada de
vagabunda, não é?

Para
a minha sorte, o feriado de páscoa estava chegando, e ficar em casa abrindo
ovos de chocolate não eram meus planos.

-
Amsterdam, Paula? – Dizia vovó.

-
Sim vó, só por 10 dias... preciso relaxar um pouco. – Mordi o canto do lábio.

-
10 dias... pois você tem aula. – Concluiu vovó, já ligando para seu Aroldo,
secretário do vovô.

-
Oba... – Abracei a minha velhinha e enchi-a de beijos molhados pelo rosto todo.

Eu
estava tão radiante que nem cabia em mim. Depois de tantas lágrimas derramadas
por Micka era isso que eu estava precisando.

Parada
Gay em Amsterdam, sonho de toda sapatão.

Não
sabia ainda a data, mas já estava arrumando as minhas malas. Como lá estava
quente, coloquei mais shorts e blusinhas. O resto poderia comprar por lá, por
que não?

Vovó
apareceu no quarto já com as passagens em mãos.

-
O voo é amanhã as 17:00 horas. – Me entregou.

-
Perfeito vó, muito obrigada.

-
Tem mais, já reservei um hotel e um guia. Não quero neta minha perdida em um
País diferente.

Abri
o maior sorriso do mundo. Minha vó era única. Que bom que era minha.

Terminei
de arrumar tudo e fui para a cidade, aonde encontraria com Leka e Maxxie.

Assim
que cheguei no centro já pude ve-las comendo panquecas na panificadora do João.

-
Vão ficar gordas heim.  – Sorri, me aproximando.

-
Gatinha. – Brincou Maxxie, me devolvendo o sorriso.

Dei-lhe
um beijo no rosto e um em Leka, como estavam em uma mesa para dois, sentei-me
no colo de Maxxie.

-
Tenho uma novidade para vocês.

-
Eu também tenho. – Falou Leka.

-
Ih, o que rolou?

-
Ela terminou com a Duda. – Maxxie, tentando cortar a panqueca.

-
Nossa... que foda... mas ta tudo bem Leka?

-
Tá sim, era melhor... eu cansei de Bucet*. – Falou bocuda, arrancando
gargalhadas minhas e de Maxxie.

-
Essas ht’s curiosas que me racham a cara mesmo. – Brinquei. – Deixa que te
ajudo. – Peguei os talheres de Maxxie e cortei sua panqueca, levando um pedaço
em sua boca. – Melhorou?

-
Hummm... – Revirou os olhos. – Delicia de panqueca de doce de leite.

-
Mas o que você tem pra contar?- Eleonora curiosa como sempre.

-
Vou pra Amsterdam...

-
Uow... – Falaram juntas.

-
Sim, vou... amanhã.

-
Amanhã? – Perguntou Maxxie me apertando. – Muito cedo, não deixo ir.

-
Só por 10 dias... vou ver a Parada Gay. – Cortei mais um pedaço e dei novamente
em sua boca.

-
Que tesão...

-
Tire muitas fotos heim. – Maxxie ainda mastigando.

-
Sim... vocês vão rir demais das minhas loucuras lá... vou estorvar o mundo.
Pode escrever ai. – Cortei mais um pedaço de panqueca, mas dessa vez quem comeu
fui eu.

Ficamos
conversando por mais um tempo e quando começou escurecer Maxxie se despediu de
nós. Disse que tinha que trabalhar. Mas não saiu antes de marcar um almoço para
nos despedirmos amanhã.

Voltei
para casa animada, era estranho eu estar assim. Fazia tanto tempo que não me
sentia bem.

Dormi
cedo, era tanta ansiedade que forcei-me o sono. O amanhã tinha que chegar logo.