Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

O que estou fazendo?

- Sua ex-namorada? – Rafael me perguntou branco, branco como pasta de dente.

- É... ai... senta ai Rafa. – Apontei para a cadeira. – Lembra que te falei que antes de te conhecer estava namorando com uma menina? Então... te apresento a Paula.

- E você me conta assim? – Arregalou seus olhos. Tadinho, ele estava realmente chocado.

- Como você quer que eu conte? Fantoche? – Ergui uma sobrancelha.

- Mas, nossa... – Balançou a cabeça negativamente. Limpou o suor do rosto. – Eu fiz papel de idiota, de um otário na frente dela. – Mordeu o lábio.

- Sim. – Ri, não pude segurar, sua cara estava cômica.

- Obrigado Micka... – Ele riu também. – Que merda heim. – Balançou a cabeça novamente. – E o que ela queria aqui?

- Veio me perguntar o porque... – Pensei por um tempo. – Ah... o porque sai tão brava aquele dia da fazenda... – Menti.

- É... eu também não entendi... na verdade...- Ele ficou mudo por um tempo. – Você gosta dela ainda?

Meu corpo todo gelou. Gosto... amo... não, não poderia falar isso... minha chance de esquece-la acabaria.

- Não... nada a ver. – Sorri. – Eu gosto do meu idiotinha. – Me levantei, abraçando-o por tras, por cima, já que estava sentado.

- Que bom. – Sorriu. – Eu tenho que me preocupar com Paula?

- Não... claro que não.

- Melhor para ela... – Ergueu uma sobrancelha. – Sou muito bom em kung fu.

Soltei uma gargalhada, Rafael era tão engraçado.

Na verdade, eram risos de puro desespero. Eu estava tão apavorada em estar sem Paula que o melhor foi engatar em uma paixão muito mais inventada do que sentida. Rafael era bom para mim, me fazia esquecer Paula nos momentos em que estávamos juntos. Me tratava como princesa, me mostrava a minha importância... e isso estava curando meu coração, nem que seja apenas superficialmente.

- Então... fome?- Falei, mais animada.

- Sempre. – Riu, levantando-se e indo para a cozinha. – O que a namorada mais linda do mundo vai querer?

- Panquecasss. – Gritei, erguendo os braços.

- Saindo panquecas de doce de leite... – Sorriu, abrindo a geladeira.

Comemos como duas crianças obesas, conversando nossos dias. Gargalhei por quase 15 minutos com Rafa contando sobre seu professor novo de anatomia.

Lavamos nossos pratos e nos sentamos no sofá para assistirmos um filme.

Ficamos assim, de dengos e carinhos enquanto o filme começava. Eu não sei bem ao certo, mas nossos beijos começaram a esquentar e suas mão grandes passeavam pelo meu corpo, como Luke fazia antes deu conhecer Paula.

- Eu te amo Micka. – Sussurrou no meu ouvido, me deixando gelada novamente.

Afastei o rosto, olhando-o nos olhos.

Rafael sorriu, arrancando um sorriso doce de mim.

Voltamos a nos beijar. Rafa me beijava como se estivesse com sede de mim. Eu fui me entregando a turbulência de sentimentos e reações que meu corpo estava por sentir.

Tirei sua camisa, sentindo aquele peito reto e forte deitar sobre meu corpo. Minha mão era pequena para suas costas, me deixando um pouco perdida nas carícias.

- Vamos lá em cima? – Falou baixinho.

- Sim...- balancei a cabeça.

Ele me pegou no colo, sem fazer muita força e caminhou comigo escada a cima. Me deitou na cama, tirando suas calças, ficando apenas de cueca.

O medo da primeira vez voltou a ocupar meu corpo. Meu coração estava na garganta.

Rafael então me despiu, me senti envergonhada por um momento. Mas seu sorriso me relaxou.

Voltamos a nos acariciar, o calor estava me matando. Achei que seria impossível sentir vontade, mas me assustando eu estava completamente molhada.

- Beep. – Meu celular tocou uma vez, alerta de mensagem.

- Inconvenientes. – Rafa brincou, voltando a me beijar.

Continuamos naquela pegação gostosa até meu celular tocar novamente.

- Pode ser importante. – Falei.

- Cade seu cel?

- La em baixo. – Ri.

- Ah... amanha você ve. – Riu, me beijando novamente.

E então aconteceu... entre chupões e apertos Rafael me penetrou, tirando de vez qualquer tipo de virgindade que eu tivesse. Opa... nem todas... atrás continua intacto.

Vou confessar, odiei. Pau é algo nojento. Chupa-lo me deu agonia e tê-lo dentro de mim doeu mais do que cair de roller no asfalto.

Acabei dormindo, exausta pela agitação toda.

Não sei quanto tempo dormi, acordei com Rafael falando la de baixo:

- Ela já te esqueceu. Nem lembrou de você enquanto pedia por mais na cama.

Arregalei meus olhos, pulando como luz da cama. Me enrolei na coberta e parei no parapeito, olhando-o soltar meu celular na mesa.

- Fora da minha casa. – Falei brava, com a voz roupa e me sentindo nojenta.

Rafael olhou para cima, mais branco do que no começo da noite.

- Micka...

- Cala a boca, se vista e saia da minha casa. Não quero mais ver a sua cara. – Virei-me, entrando no banheiro e trancando a porta. Entrei no banho correndo, me esfregando de todos os jeitos, tentando tirar de mim qualquer digital desse otário.