Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Um salto em São Paulo

Já tinha cansado de procurar Maxxie com os olhos quando sinto duas mãos passarem pela minha barriga, alguém estava me abraçando por tras.

- Oii... – A voz doce de Maxxie a sussurrar ao meu ouvido.

- Oie. – Sorri, virando-me de frente pra ela.

- Veio me ver. – Me beijou na ponta do nariz.

- Eu estava por perto. – Pisquei, roubando-lhe um beijo nos lábios.

Curtimos a noite, Maxxie deixou de lado seu posto de gerente e ficou o tempo todo comigo. Jogamos sinuca, sentamos para conversar. Comemos fritas. Nenhuma de nós bebeu nenhuma gota de álcool, não precisávamos disso para nos divertirmos juntas.

Quando deu 23:30, Maxxie nos deixou na mesa e foi falar com uma senhora elegante, vestindo blazer social e sapatos bico finos.

Conversaram por uns minutos e sorridente Maxxie voltou para a mesa.

- Estou dispensada por hoje. – Nos avisou, pegando na minha mão. – Vamos para outro lugar.

- Vamos. – Falei, me levantando.

- Eu to indo junto heim. – Leka se portando logo atrás.

Saimos do Lady, indo para o estacionamento.

- Seu motorista não veio hoje? – Maxxie sorriu, notando a ausência da caminhonete.

- Eu sou minha motorista hoje. – Beijei sua mão. – E vc deixa seu carro ai, hoje você está comigo. – Ri.

- Ui, assim me apaixono. – Me abraçou pela lateral do meu corpo.

- Achei que já estivesse apaixonada Maxxie. – Leka sorriu, um sorriso diferente. Maxxie talvez não tenha notado, mas Leka estava irritantemente irônica.

Entramos no carro e assim que girei a chave meu celular tocou.

- Alo? – Atendi sem nem ver no visor.

- Paulinha? – A voz de Michaella estava embolada.

- Michaella? Ta tudo bem? Voz estranha.

- To no meio da rua. – Soltou uma enorme gargalhada.

- Meio da rua? – Fiquei completamente preocupada.

- É... eu te amo. – Ela praticamente gritou.

- Michaella, em que rua?

- Sei lá vou pra casa... mas eu te amo.

- Você ta bêbada. – Balancei a cabeça negativamente, olhando para Maxxie que me encarava.

- To, mas te amo.

- Micka, vai pra casa.

- Vou, mas nossa bebi demais... não sei nem aonde to. – Ela ria, como se tivesse graça/

- Que caralh* guria... olha o que você faz. – Respirei fundo, estava brava, preocupada, meu coração doía.

- Namora comigo? – Ela soltou.

- Nossa... vai pra casa... eu vou prai.

- Vem! Vem me ver... – Desligou o telefone antes que eu pudesse responder.

- Vamos para São Paulo. – Falei ligando o carro. – Você vai querer ficar em casa Max?

- Sim, me deixa la. – Me respondeu seca.

- Ok. – Dirigi em silencio até o velho prédio de Maxxie.

- Bom, se cuidem ok? – Disse já saindo do carro.

- Espera. – Segurei-a pelo braço. – Não fique brava comigo... Micka está bêbada no meio da rua...

- E você vai socorre-la?

- Claro que vou... se fosse para ti que ela ligasse tu tbm iria.

Maxxie então sorriu.

- É verdade... bom, se cuida ok? – Apertou a minha mão.

- Maxxie... – mordi meu lábio.- Temos um problema.

- Lá vem... – ela riu, me mostrando que estava tudo bem.

- Não tenho carteira.

- Sai dai... e dirijo. – saiu do carro, dando a volta.

Abri a porta já com ela em frente. Lhe sorri, olhando-a nos olhos.

- Obrigada. – Respirei fundo, colocando a mão na sua cintura.

- Tudo bem Paulinha... – Me selou os lábios.

Dei a volta no carro, entrando no banco do passageiro.

A viagem foi longa, o celular de Micka só caia na caixa postal. Eu estava ficando nervosa, na verdade eu estava ficando irritada.

- Calma Paulinha ela deve estar bem... é só cachaça... – riu Leka.

- Sei lá... – Dei de ombros.

Paramos o carro em frente ao apê de Micka, quando meu telefone tocou.

- Paula? – Uma voz masculina veio do outro lado da linha.

- Quem é?