Fanfics Brasil - Nem deu tempo de respirar. (Paula) ♠ Talvez. (terminada)

Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)


Capítulo: Nem deu tempo de respirar. (Paula)

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Nem deu tempo de respirar.


Quando chegamos em Cornélio, Maxxie estava com uma cara que dava medo. Parou na rua de seus apartamento e sem muitas palavras nos deu tchau.


Pensei por um momento em puxa-la para conversar, ou então beija-la ali mesmo, no meio da rua, mas estava cansada demais para todo o drama que se seguiria, então apenas a observei sumir porta a dentro.


- Você se ferrou. – Disse minha querida amiga Eleonora, quando entrei no carro novamente, agora no posto de motorista.


- Ah sim, muito obrigada.- Virei meu corpo para trás, para olha-la. – E eu vou de motorista é? Pule pra frente. –ri, seguida de Leka, que obedeceu meu pedido.


Passamos em sua casa, aonde Eleonora buscou algumas mudas de roupas e fomos para a fazenda.


- Oi vovó. – gritei, entrando em casa. Porém nenhuma resposta. – Vovó? Vovô? – Procurei-os pela sala.


- Devem estar no centro. – Leka disse, jogando a mochila sobre a poltrona.


- É, devem estar. – Franzi a testa, preocupada com a ausência de ambos.


- Paula? – A voz do meu pai me assustou por alguns segundos.


- Pai? – Abri um enorme sorriso, abraçando-o. – O que tá rolando?


Papai me abraçou forte e segurou no meu rosto, com as duas mãos.


- Sua vó esta no hospital, mas preciso que você tenha calma, ok?


Pronto, meu mundo caiu. Senti um gosto de sangue subindo na garganta, os joelhos pareciam fracos e tudo de repente ficou escuro.


- Paula? Paula? Paula? – Fui recobrando a consciência aos poucos, vendo ainda tremulo meu pai e Leka, sobre mim. – Vc esta bem? Filha?


- Quero ver a minha avó. – Falei levantando-me do chão, com a ajuda dos dois.


- Tudo bem, vai tomar um banho, vou ligar para seu avô, ver se podemos ir para la.


- Podemos? Mas é claro que podemos. Tsss...- revirei os olhos. – Quero ver alguém me impedir de ver minha avó. – Balancei a cabeça negativamente, subindo as escadas.


Tomei o banho mais rápido do mundo, lavei o cabelo apenas uma vez, saindo já me secando e vestindo a primeira muda de roupas que encontrei sobre a cama.


Calça jeans e uma blusinha branca, no pé meu all star, para dar sorte. Vesti um moletom qualquer, nem me importando se combinava.


Escovei os cabelos descendo as escadas, encontrando papai sentado no sofá, e Leka com os olhos mareados.


Apoiei o corpo na parede, sabendo que viria bomba.


- O que foi? – Mordi o lábio.


- Filha. – Papai veio até a mim, segurando em minhas mãos. – Sua avó esta com câncer.


- O que? – Olhei-o nos olhos, com os olhos arregalados, ardendo, queimando para chorar.


Papai me abraçou forte novamente e começou a chorar  como uma criança, soluçando.


As lagrimas fugiam dos meus olhos mas eu não poderia cair, papai já estava no chão. Alguém teria de ser forte.


Fomos com o motorista até o hospital.


Estava tudo tão quieto por lá que cheguei a acreditar que estava escutando o coração de todas aquelas pessoas na sala de visitas descompassar a cada médico que passava.


- Paula? – Um senhor, provavelmente o médico de vovó, veio me chamar. – Senhora Helena quer ve-la.


Corri até ele, seguindo-o quase colada até a porta do quarto de vovó.


Abri a porta devagarinho, olhando-a deitada naquela cama, cheia de fios nas mãos e nariz.


- Ei vovó. – Me aproximei falando baixo, sentando na cadeira ao lado de sua cama. – Como isso aconteceu? –Respirei fundo, tentando segurar as lágrimas.


- Acho que precisam de mim no céu, filhinha. – Deu um sorrisinho fraco.


- Claro que não. Quem precisa de você sou eu. – acariciei seu braço com cuidado. – Como você está se sentindo?


- Estou bem meu anjo. Sinto até cheiro de limão. –virou seu braço e segurou em minha mão. – Eu quero ver seu sorriso.


- Ah vovó... – Balancei a cabeça. – Não consigo sorrir vendo-a assim.


-Vou ter que te contar uma das minhas piadas então? – Ergueu uma sobrancelha, igualzinho como eu faço.


Não pude deixar de sorrir.


- Até aqui a senhora é inacreditável, sabia? – Sorri novamente, me erguendo da cadeira e abraçando-a com ternura.


- Paula... –Disse com a voz baixa.


- Oi vovó. - me afastei um pouco.


- Se eu não conseguir resistir ao tratamento, me prometa uma coisa.


- Vó pare de falar bobagens, é claro que você ira se curar. – Balancei a cabeça. – Deus não seria tão burro em perder alguém como vc. – Sorri.


- Tudo bem meu amor, mas se caso acontecer... me prometa sorrir sempre ao lembrar de mim.


- Vó, não quero falar sobre isso ok? – Franzi a testa. – Vamos falar da viagem em que faremos quando a senhora sair daqui ok?


- Ok meu amorzinho. – Falou pegando no meu cabelo. – você deveria parar de cortar ele todo torto assim, ele ficaria tão lindo sem essas pontas.


- Vou parar vovó. – Sorri. – Vamos para onde? Itália?


- Gente mau educada... – Franziu o narizinho. Me derretendo de amor.


Ficamos ali até a noite cair, conversamos sobre os países que iriamos conhecer, vovó dormiu um pouco, acordou, dei-lhe suco, conversamos mais um pouco sobre a nossa viagem. Vovó dormiu novamente.


Fiquei parada, na cadeira, olhando-a repousar como um anjo.


- Paulinha. – Falou papai atrás de mim.


- Oi pai. – Virei o corpo, olhando-o.


- Vá para casa, suas amigas estão ali na sala de visitas.


- Não, quero ficar aqui.


- Filha, me deixe passar essa noite com minha mãe. Amanha cedo viajarei, ai você poderá voltar.


Pensei por um momento.


- Está certo. Me ligue. – Levantei da cadeira. Aproximei o rosto do de vovó e beijei-lhe suavemente a face. – Qualquer coisa, em qualquer horário me ligue.- Encarei-o nos olhos e sai do quarto.


Caminhei lentamente até a sala de visitas, meus pés pareciam pesar toneladas. Antes de seguir a diante no corredor, pelo vidro da parede vi Maxxie, andando para os dois lados, sem parar, e Leka, sentada de pernas cruzadas, chutando o ar com a de cima.


Não sei explicar, mas por uma fração de segundo senti meu coração acolhido.


Voltei a caminhar, chegando nelas.


Maxxie antes deu falar qualquer coisa me abraçou fortemente.


- Tudo vai ficar bem. – sussurrou ao meu ouvido.


Apenas apertei o abraço, me sentindo protegida.


Saímos do hospital em seguida.


Paramos em um drive qualquer, pegamos sanduiches e fomos para o apê de Maxxie, que dava 3 quadras do hospital.


Tentei comer, mas meu estomago parecia estar fechado.


- Tenta comer um pouquinho Paulinha. – Faleu Maxxie, levando o sanduiche até minha boca.


- Não consigo, desculpe. – abaixei o sanduiche e sua mão.


- Mas tem que comer.


- Eu não consigo. – Falei mais firme, impondo minha vontade.


- Tudo bem. Uma coquinha então. – Me entregou seu copo.


Dei um ou dois goles e devolvi o copo.


- Isso não pode estar acontecendo. – finalmente desabei em lágrimas.


Maxxie me abraçou apertado, fazendo carinho em meus cabelos.


- Tudo ficará bem.


- Você promete?


- Eu prometo que com o tempo você ficará bem.


Suas palavras arrancaram de mim o choro mais carregado de dor que já chorei em minha vida.


Era isso... todos estavam cientes que vovó iria em breve morrer.


Menos eu... eu tinha todas as esperanças do mundo que ela sairia dessa.


 



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Autor(a): missweb

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 433



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  • bela06 Postado em 13/10/2019 - 23:35:52

    Li essa história já tem um tempo e adorei. Agora só não curti muito o final. Pq mostrou a Micka e Paulinha juntas, mas não deu detalhes se elas iam realmente voltar a namorar

  • MaryPrincess88 Postado em 04/09/2019 - 22:52:53

    Que alegria voltar aqui depois de alguns anos e ver uma história que me marcou muito concluída. Como li em 2011, me esqueci de alguns detalhes, mas nunca me esqueci da Micka e da Paula e como é impossível não torcer por elas, vou reler sua história. Na época fiquei babando pela sua escrita, que escrita perfeita, lembro que passei um domingo inteiro lendo e não vi a hora passar, simplesmente amei. Lembro de ver a forma como você descrevia tudo e pensar "quero ser como você quando crescer". Que alegria ver que você concluiu Talvez e que terei a oportunidade de ler tudo, tudinho. Sério, estou muito contente.

    • missweb Postado em 13/10/2019 - 22:41:33

      muito obrigada pelo seu contato e comentário. que bom que Talvez marcou sua vida. a minha tb *-* Estou com um projeto de abrir mais uma temporada dela. bjs

  • jackjack Postado em 22/08/2014 - 11:42:02

    poha!!! muito foda terminei de ler adorei, muito ansiosa para proxima q tenho serteza q vai ser tao boa quanto a "talvez" gosto muito da maneira q vc faz a gente adorar um personagem e logo em seguida odia-lo e depois ama-lo de novo kkkkkkkkkkkkkk parabens super fá da sua fic dá para notar nékkkkkkkkkkk

  • missweb Postado em 20/08/2014 - 07:40:11

    Obrigada jackjack :))))))) dia 1 começa outra web deixei o link no final de talvez! Será legal tb :))))))))

  • jackjack Postado em 19/08/2014 - 23:49:32

    obrigada por responder... pq me lembro de ter lido e ter gostado muito e quando fui procurar p voltar a ler tinha sumido, com sua explicaçao presumo que estava lendo a "imitaçao" mas fiquei muito feliz por encontrar essa fic parabéns adoro sua historia tenho puco tempo para ler, mas quando chego do trabalho é a primeira coisa que faço, estou quase acabando e assim vou acompanhar as atualizaçoes.

  • jackjack Postado em 19/08/2014 - 00:10:01

    missweb me tira uma duvida, essa fic antigamente tinha outro titulo?

  • leesouza Postado em 18/08/2014 - 17:45:59

    To sentindo sdds ja :c

  • jackjack Postado em 18/08/2014 - 11:15:38

    nova leitora \0/ adorando...

  • leesouza Postado em 16/08/2014 - 20:12:15

    Ai mds tomare q a Micka ñ faça outra merda

  • leesouza Postado em 14/08/2014 - 21:30:16

    Posta mais


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