Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Encaxassada.

Paula estava com o semblante sério, mas ao me ouvir sorriu.

- Você esta muito mamada. – Disse, chegando mais perto de mim.

- Tô naaaada... – pisquei para ela.

- Está sim. – riu. – vem cá. – segurou na minha mão. – Me desculpa vai. Eu to vendo que você esta desesperada, fugindo do babaca.

- Ah... ufa... tava começando achar que você ia me crucificar eternamente.

Paulinha riu, apertando a minha mão. – Estou com ciúmes.

- Não fique. Ou fique. Mas não brigue comigo, hoje, mais cedo, foi tão perfeito. Não deixe estragar. – Sorri.

- Você está certa. – Disse Paulinha me abraçando.

Meu rosto ficou perdido nos fios do seu cabelo, toda vez que eu respirava sentia o cheiro do seu shampoo, o que deixava meu coração acelerado.

Fechei bem os olhos, para fixar meus sentidos naquele cheiro. Meu corpo parecia derreter junto as palavras que eu queria recitar a ela, mas que me contive, não tinha certeza de nada do que estava acontecendo, era muito cedo para falar qualquer coisa.

- Eu gosto de você. – Sussurrou Paulinha.

Agora sim meu corpo estava prestes a desabar, meus joelhos estavam tão trêmulos que tive que me apoiar na pia do banheiro. Afastei um pouco o corpo do de Paula, para olha-la nos olhos. Por um tempo acreditei que ia mergulhar naquela imensidão azul dos seus olhos. Sorri, sem tirar os olhos dos seus. Paulinha piscou, me fazendo desviar o olhar para sua boca, ela estava sorrindo.

- Você é muito foda. – Ri, puxando-a para perto de mim novamente.

A beijei, um beijo com ternura, ternura e saudades. Esse tempo que estivemos separadas na festa foi o bastante para fazer meu coração apertar de saudades. Enquanto nossas línguas se acariciavam, eu mexia em seu cabelo, enrrolando uma mexinha dele ao meu dedo. Minha respiração estava forte, mas não era ofegante como se estivesse com tesão, bom, claro que eu estava com tesão, mas no momento eu estava mais para apaixonada do que para excitada. Quero dizer, nesse exato momento me sentia vivendo em um conto de fadas.

Terminamos o beijo com selinhos.

- Cara... teu beijo me arrepia demais. – Falei ainda sobre efeito do álcool.

- Arrepia é? – Me olhou com uma carinha safada.

- Arrepia... ó- mostrei meus pelinhos do braço.- é... agora eles estão normais, mas juro, estavam mais eretos que... – Pausei. – Ah... que coisas eretas. – Ri.

- Só me surpreendo por estar apaixonada por uma garota que só fala bobagens. – Riu, me dando mais um selinho.

Ficamos mais um tempo assim, envolvidas em carinho até Leka arrebentar a porta de tanto soco.

- Pra que a violencia? – abri a porta rindo. – Voce deveria ser presa. – ri.

- Xi, ela ainda esta bebada? – Riu Leka, me abraçando.

- Sim... eu to tentando fazer ela melhorar. – Falei, como se a bêbada aqui fosse Paula.

Paula e Leka cairam na gargalhada, o que me deixou sem entender.

- Acho que a hora dela já deu né? – disse Paulinha. – Melhor ela dormir lá em casa, vamos também? – Convidou a Leka.

- Vou só avisar minha mãe e pedir para ela avisar a mãe da bebassa ai. – riu, já discando no celular.

Fomos embora em seguida, de motorista.

No caminho de casa descobri que a caminhonete de Paula tinha teto solar, o que complicou bem a vida das meninas, pois em plena madrugada estava eu, com o corpo para fora daquele carro, cantando todas as músicas antigas que me lembrava.