Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Carícias que eu não conhecia.

As coisas estavam esquentando, por mais que eu estivesse gostando no fundo um medo estava me travando.

Tudo bem, Lucas já acariciou os meus seios mas foi tão diferente, ele era mais bruto. Paula não, Paula me fazia viajar entre os toques e sua respiração próxima ao meu rosto. Eu estava perdendo o controle de mim e isso me apavorou.

Coloquei minha mão sobre a de Paulinha, que a manteve parada, apenas encostada ao meu colo.

- O que aconteceu? – Me perguntou docemente, ao pé do meu ouvido. – Estou indo rápido demais? – Me beijou a bochecha.

- Um pouco. – Ri. – Sei lá...- Eu estava envergonhada.

Paulinha riu baixinho, aproximou novamente a boca da minha orelha, chegando a encostar seus lábios nessa. – Não fica com medo, juro que não farei nada, só carinhos. – Roçou seus lábios por toda a minha orelha e desceu para o meu pescoço.

A voz me faltou, não havia sequer um pelo do meu corpo que não estivesse arrepiado, minha respiração descompassada entregou meu estado para Paula, que voltou a mexer sua mão pelo meu corpo. Já não havia como fugir desses toques, o melhor que eu tinha para fazer era fechar meus olhos e deixar que a minha menina explorasse meu corpo. E assim fiz.

Mordia-me os lábios tentando acalmar meu desejo enquanto Paulinha deslizava lentamente sua mão pelas minhas coxas, acariciava-as por cima, apertava na parte interna, fingia arranhar a externa. Involuntariamente meus pés se dobravam e eu constantemente mexia minhas pernas.

Nossas risadas se confundiam no silêncio do quarto, eu de nervosa, ela, com certeza ria da minha cara.

Ficamos um bom tempo assim, só nos carinhos que nunca havia recebido antes.

Pudemos ver a luz do sol começar a entrar delas frestas da janela, deixando o quarto um pouco mais claro, como se estivéssemos na cidade, iluminadas pelos postes das ruas.

Fiquei olhando para o rosto de Paulinha, que sorria para mim com o sorriso mais “muleque” que já presenciei.  Retribui o sorriso e respirei fundo.

Paula deslizou a mão sobre o meu sexo, fazendo aquela ebulição de calor vir a tona. Me assustei novamente, não estava esperando por isso nesse momento. Engoli minha saliva á seco, mordi o canto direito do lábio superior, olhando fixo para seus olhos. Paula não desviou o olhar, ficou fitando-me sem piscar. Mexia os dedos, pressionando-os contra o meu sexo, que começou a ficar quente e úmido. Eu sentia que meu espírito iria pular para fora do corpo. Tremores, cócegas, tesão... era um mesclado tão grandioso de sensações que me vi gemendo baixo.

Paula estão parou, subiu a mão pela minha barriga, acarinhando-a. Levou seus lábios ao meu ouvido novamente.

- É gostoso. – Sussurrou. – mas foi só carinho. – Me beijou a face novamente. –Nossa primeira vez será especial então vou parar por aqui. – Riu baixinho. Eu queria mata-la. Para mim já estava mais que especial, não queria velas, rosas ou motel... eu queria ela, ela dentro de mim.

- Você é cruel. – Murmurei.

Paulinha riu, riu ao ponto de acordar Leka, que reclamou inconsciente.

- E você é safada. – Retrucou.

Agora foi minha vez de rir. Rir e abraça-la apertado, grudando nossos corpos.

Dormimos assim, como se fossemos uma só.