Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Conhecendo Paulinha

Foram os 50 minutos mais longos da minha vida,

Volte e meia eu olhava para o relógio, esperando que o sinal tocasse.

Assim que a professora terminou de passar o dever de casa já me levantei, parando de frente para a carteira de Paula.

- Eai novata, firme? – Falei com toda a minha simpatia ensaiada.

Paula sorriu, um sorriso mais animador do que dera as meninas pop’s.

- Sempre... – respondeu, me olhando.

- Oii, eu sou a Leka! – Falou Leka, chegando pelo meu lado e estendendo a mão com punhos fechados, para que Paula lhe desse um soquinho amigável na mão.

- Eu sou a Paula... – Paula olhou para Leka e depois para mim. – você é... ?

- Ah, você descobre. – Brinquei, querendo deixar um mistério no ar.

- Ela é a Micka. – Leka respondeu, cortando meus embalos.

- Poxa, mas não da nem pra ser misteriosa heim.... – ri, colocando uma mão no bolso. – Bom, a gente vai comer alguma coisa, ta afim? Ou já fez uma super amizade com a “moranguinho” e seus amigos?

- Pior... – riu Paula- Odeio patricinhas.

- Saquei pelas suas roupas – Leka se intrometendo novamente. – Vamos então?

Fomos rumo a cantina, Rafaelle ficou encarando enquanto saiamos pela porta da sala.

- Acho que a Barbie paraguaia ficou irritada – apontou Leka para Rafaelle.

- Ts, ela que venha reclamar... já carimbo a cara dela novamente. – Respondi, olhando para traz, mirando Rafaelle e já voltando a olhar para frente.

- Que isso... quanta violência senhora misteriosa. – Brincou Paula.

- Ah... você não sabe o quanto, Paulinha. – Pisquei para Paula, que me olhou e abriu o sorriso mais lindo que já vi.

- Seu sorriso é bonito. – Deixei escapar.

Paula fechou o sorriso, me olhou séria por alguns segundos e sorriu novamente.

- Eu sou toda charmosa. – Afirmou e soltou uma alta gargalhada.

Nos sentamos em uma mesa para quatro pessoas, Leka encheu Paulinha de perguntas.

Descobrimos que os avós de Paula eram extremamente ricos, e que seus pais vieram para cá para ajudar-los com as coisas da fazenda, que Paula não tinha namorado, que havia sido expulsa da sua ultima escola por bater na filha do diretor. Ela nos contou também que seu sonho é ser uma grande publicitária ou arquiteta, e que seu cachorro é seu maior tesouro.

- Também tenho um tesouro – exclamei.

- Sério? Quem é?

Sorri, com uma cara de arteira. Olhei para os lados, para certificar que ninguém estava vendo, alem de Leka, obvio.

- Esta escondido no meu quintal. – Falei séria, como se estivesse penetrada na conversa.

Paula soltou uma gargalhada.

- Mas é besta mesmo. – Brincou

- Besta é pouco... ela é anormal!- Disse Leka, dando um tapinha na minha testa.

- Ai, relaxem, só quis descontrair. – Ri, tocando com o indicador no narizinho arrebitado de Paula, e depois abraçando Leka pela lateral de seu corpo.