Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

É agora.

Após o almoço corri para a cidade, estava tão ansiosa que fiz meu motorista voar pelas estradas.

Cheguei na loja um pouco após as 13:00 horas. A mesma vendedora que me atendeu anteriormente veio até mim.

- Oi querida, vou buscar suas alianças. – Sorriu.

Balancei a cabeça negativamente assim que ela se virou. Sempre odiei essa mudança de comportamento que os outros tem comigo assim que lêem meu sobrenome ou então vem as notas de 100 na minha carteira.

Não esperei mais de cinco minutos e já estava com as jóias em minhas mãos.

- Agora vamos até a floricultura ok? –Falei ao motorista, entrando na caminhonete.

Deixei a sacolinha com as alianças no carro ao chegar na floricultura.

Passeei pelas inúmeras fileiras de plantas, em busca de alguma que me fizesse interessar.

-Posso ajudá-la? – Me perguntou uma senhora, um pouco mais idosa que minha avó.

- Hum, preciso de uma flor que seja especial. – Ri ao falar.

- Bom minha jovem, todas as flores são especiais. Você quer uma especial como?

- Uma que signifique se entregar...- Mordi meu lábio. – Existe? – Sorri.

- Se entregar? – Perguntou a senhora, arrumando os óculos. – Existe amor eterno, amor leal, declaração de amor.

Pensei por um tempo.

- Não quero rosas senhora, rosas são muito comuns.

A velhinha simpática riu.

- Rosas são de paixão, amor mesmo... eram essas que iria te sugerir, mas também existem as Tulipas vermelhas.

- Tulipas é? – Ergui uma sobrancelha. – Posso ver?

 Fomos até as tulipas, eram belas.

- Elas significam o que mesmo? – Perguntei

- Essas significam declaração de amor.

Parei um pouco para pensar, meus olhos percorreram toda a floricultura, parando em buque maravilhoso, branco com laranja.

- Nossa, o que são? – Apontei, mostrando para a senhora.

- Cravos. – Me respondeu. – Como não pensei neles antes. – Falou andando apressadamente até o buque e o pegando. – Leve esses.

- O que significam? – Peguei o buque nos braços.

- Representa o amor puro e latente, a entrega e também a liberdade.

Abri o maior sorriso que poderia ter dado.

- Levarei esses. Você tem, cartões por aqui?

- Tenho sim, algum em especial?

- Lisos... prefiro escrever do que roubar frases de amor de alguém. – Ri. – Se bem que música caberia bem também.

- Tenho lisos. – Sorriu a senhora, me entregando o cartão e uma caneta.

Parei no balcão, pensando no que escrever.

“Uma senhora me disse que Cravos significam amor puro e latente, a entrega e também a liberdade. Não pude deixá-los da floricultura. É o que espero para nós, um amor puro, fiel, espero me entregar por completo e tê-la assim também. Sem deixarmos de ser livres. Livres, porém compromissadas com nosso amor. Estou amando você Michaella. Leu? Eu amo você.”

Paguei os cravos, coloquei o cartão dentro das flores e segui para a casa de Micka, sem antes ligar para ela.

- Oiii. – Me atendeu animada.

- Oiii pedacinho de sono. – Ri.

- Ei, nem dormi tanto tá? – Riu também, sua risada era tão doce que me derretia por completa ao outro lado do telefone.

- Esta em casa?

- Sim sim, e você? Cadê?

- Estou chegando. Quem está ai?

- Hum, a Leka. Mamãe e Papai saíram com o Miguel. Voltam só depois das 17:00.

- Legal. – Abri um sorriso gigantesco, meus planos estavam dando certo. – Já chego ai. Beijo. – E desliguei prematuramente de tamanho o meu nervosismo.

Cheguei na casa de Micka. Com flores aos braços e a caixinha no bolso de trás do shorts, já que a sacolinha era muito chamativa.

Micka e Leka abriram a porta gritando e bagunçando.

Ao me ver com os cravos nas mãos, Micka parou de andar, me olhando com os olhos mais expressivos e maravilhosos existentes no mundo.