Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Foi.

Cada degrau que descia era uma tortura boa para o meu estomago.

Ficamos frente a frente, ela com olhos brilhando, eu com uma louca sensação de arrepio, a boca seca, as bochechas quentes.

- Oi. – Falei com a voz falha.

- Hum, prazer? – Brincou, estendendo a mão, para me cumprimentar.

- Que lindo, flores!!! – Gritou Leka, cortando todo o clima e também a tensão do momento.

Sorri, mais descontraída agora.

- Vamos entrar, tenho algumas coisas para falar. – Sorri, um pouco sem jeito, sem saber por onde começar.

Entramos na casa, assim que fechou a porta Micka ficou me olhando com os olhos arregalados, esperançosos, curiosos.

- Então, é pra ti. – Entreguei-lhe o buque.

- Que graça. – Sorriu, olhando dee pertinho as flores. – Cravos. – Sorriu novamente.

- Sim. – Fiquei boba. – Como sabe?

- Ah, gosto de cravos. – Sorriu.

- Incrível. – Ri, entregando-lhe o cartão.

Micka colocou delicadamente o buque sobre a mesa, abrindo o cartão. Ela ficou em silêncio, concentrada no que lia. Eu estava nervosa, um poço de nervosismo e ansiedade.

Olhei para Eleonora, essa estava jogada no sofá, nos olhando, como se fossemos protagonistas de um lindo filme de amor.

- Nossa. – Michaella ergueu seus olhos, procurando os meus. – Nossa. – Repetiu, um pouco sem ação.

- O que tem de tão exclamoso? – Perguntou Leka, se metendo aonde não era chamada.

Fiquei fitando os olhos de Micka, que não se perderam dos meus. Colocou o cartão novamente no envelope, deixou-o perto dos cravos e veio até mim, sem expressar nenhuma palavra.

Meu coração estava acelerado, talvez como nunca tivera antes. Respirava fundo, com medo que me faltasse o ar.

Micka parou na minha frente, a menos de 10 centímetros, pegou minhas mãos, que no momento estavam geladas. Ela apertou-as de levinho, erguendo-as até a altura se seus seios.

- Você é apaixonantemente perfeita, sabia? – Finalmente falou, abrindo o seu maravilhoso sorriso.

Meu corpo todo se relaxou após ouvir sua voz. Parecia que tiraram 1000 kg de cima de meus ombros.

- hum... sou? – Brinquei, já tranqüila.

- Sim, muito. E eu estou completamente sufocada, perdida de amores por você.

A puxei, colando nossos corpos. Beijei-a com todo o meu amor, explorando sua boca doce com a minha língua. O beijo foi intenso e romântico. Gracioso ao ponto de Leka interromper com tiradinhahs de caminhoneiro.

- Nossa vão para um quarto.

Rimos com nossos lábios ainda colados.

- Cala a boca Eleonora. – Disse Micka, me abraçando forte.

Subimos para o quarto, Leka foi para o computador, com fones no ouvido, deixando-me mais a vontade com Michaella.

- Tenho mais uma coisa para você. – Disse, sentando-me na cama.

- Mais? Nossa... me sinto relapsa assim. – Riu, sentando junto a mim.

Sorri, erguendo um pouco minha bunda da cama e pegando as alianças no meu bolso.

- Sabe Micka, não sou muito boa com essas coisas. Na verdade nunca me importei com isso. Mas hoje, hoje senti total necessidade de.... – Respirei fundo. – De ser sua.

Micka fixou seus olhos nos meus, como se estivesse vivendo um sonho.

- Hum.. é... – Tentou falar, mas foi notável que não tinha palavras. Sorri, passei uma mão sobre a sua, acalmando-a.

- Quer ser minha Michaella?

Ela então sorrriu, um sorriso tão lindo que arrepiou-me por completa.

- Só se for pra sempre. – Disse-me sorrindo.

- Então que seja para sempre. Sempre minha. – Pisquei, abrindo a minha mão em sua frente, mostrando as alianças.

Trocamos nossas alianças, não precisávamos dizer mais nada. Nos beijamos.

Apartir de hoje, nossas vidas mudariam ainda mais. Eu me sentia dela, eu era dela e nada no mundo mudaria isso.

Enquanto nossas alianças existissem e honrassem o seu valor, o mundo seria mais lindo, as cores mais vivas e as pessoas menos idiotas.

Meu coração enfim começou a respirar.