Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Vivendo de amor.

Os meses foram passando. Cada dia que se seguia eu sentia mais e mais o amor da minha namorada.

Todo aniversário de namoro, Paulinha me trazia uma surpresa. Não era nada caro, nem grande, mas eram pequenos mimos que me deixavam perdida.

Muitas vezes Paula me surpreendia com Jantares românticos. Acabei conhecendo inúmeros restaurantes da nossa cidade e também da vizinhança.

Estávamos muito mais grudadas, me surpreendia ninguém desconfiar, já que muitas vezes deixávamos a tensão de lado e trocávamos caricias pelas ruas e cinemas.

As provas finais estavam para começar, logo veriam as férias.

Pela primeira vez em anos minhas notas estavam ótimas, também, minha professora particular era foda. Por mais que não anotasse nada, Paulinha era um gênio. Sorte a minha poder abusar de tudo que ela vinha me ensinando.

Conversamos durante nossos primeiros meses de namoro, decidimos ir com calma na nossa intimidade. Eu sei que já avançamos muitos sinais, mas eu queria ir mais devagar, sentir cada sensação em sua hora.

Próximo ao nosso aniversário de sete meses, Paulinha passou lá em casa por volta das 9:00 horas da manhã. Era um sábado chuvoso, chato, sem vida.

Eu estava sozinha em casa, Papai, Mamãe e Miguel haviam ido para a casa da praia da vovó. Atendi a porta ainda de pijama, com os olhos miúdos de sono e o cabelo todo bagunçado.

- Eita. – Disse Paulinha rindo. Ela ficou olhando para trás de mim, como se procurasse por algo. – Cadê a minha namorada?

- Besta.

- Não, é sério. Só to vendo o rascunho dela. – Soltou uma enorme gargalhada. Não pude deixar de acompanhá-la, foi uma tirada espontânea.

Entramos e fomos direto para o meu quarto. Paulinha tirou seus all stars, entrando nas cobertas.

Me encaixei no seu corpo, com a cabeça em seu peito.

O amor da minha vida acariciava meus cabelos, enquanto meus olhos se fechavam lentamente, até eu cair no sono.

Por volta das 13:00 horas acordei, assustada, mas logo me acalmando, vendo Paulinha dormindo, com os dedos enrolados em uma mecha do meu cabelo.

- Bom dia amor. – Sussurrei ao seu ouvido.

Seus lindos olhos azuis começaram a aparecer.

- Humm... – Resmungou docemente.

- Acorda paixão. – Falei toda doce, apaixoanda.

- Bom dia princesa. – Sorriu para mim, soltando meu cabelo. – Que horas são?

- Não importa meu amor... hoje não temos nada mais para fazer além de nos amarmos. – Sorri. – Você me deixa te amar? – Fiquei olhando-a nos olhos.

Paulinha ficou séria, me encarando.

- Me amar? – Perguntou sem entender.

Sorri, passando a mão pelo seu rosto e lhe dando um beijo nos lábios.

- Vou te mostrar.

Abri minha boca, beijando-a de língua com paixão. Forcei o beijo, deixando-o mais intenso.

Nossas línguas pareciam se devorar, não demorou muito para a respiração de Paula se tornar mais alta.

Eu estava um pouco perdida, não era comum eu tomar iniciativas, mas hoje, bem, hoje era um dia especial.

Minhas mão se perdiam entre os fios negros de cabelo de Paula. Sentia seus toques pelas minhas costas, as vezes mais fortes, me pressionando contra seu corpo. Subi sobre ela, ficando retinha, sentindo seus seios apertadinhos contra os meus.

Não parávamos de nos beijar. As vezes mordia seus lábios, puxando-os e logo voltando a introduzir toda a minha língua em sua boca.

Paulinha abria bem a boca, talvez em busca de ar, talvez por excitação. Ela passava sua língua pelos cantos dos meus lábios, me arrepiando.

Meu corpo estava completamente quente. Eu já não pensava em mais nada. Estava total sem controle. Então Paulinha resolveu assumir a situação. Quando nos girou, me fazendo ficar por baixo dela meu coração disparou. Tanto eu, quanto ele (coração) já sabíamos, estávamos seguros e em boas mãos.