Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

17 anos.

Quem diria que meu namoro com Paula duraria. Há aqueles que ainda nem sabem.

Bom, os anos passaram voando. Ontem completamos dois anos e 6 meses de namoro.

Para variar Paulinha me fez uma surpresa.

Ajeitou um piquinique em meio a natureza, próximo a cachoeira na sua fazenda.

Fomos a cavalo, ambas em um só. Fui agarrada ao seu corpo, sentindo o mexer do animal.

Quando achei que íamos apenas nadar, me deparei com a toalha xadrez vermelha., a antiga cesta de palha.

- Uau amor. – Sorri, lhe dando um beijo no pescoço. – Que surpresa linda.

- Linda é você. – Piscou, me olhando, com o pescoço virado. – Desce antes meu anjo. – Estendendo o braço para me ajudar.

Pulei do Menino (cavalo branco), me equilibrando para não cair. Paulinha desceu em seguida, tirando a sela do animal, deixando-o solto para pastar a vontade.

- Vem cá, deixa eu te mostrar o que eu trouxe. – Sorriu, erguendo a mão, para pegar na minha. Encaixei nossas mãos, andando para a enorme toalha de piquenique.

- Toalha igual de desenho. – Sorri, admirada.

- Você não sabe como foi difícil de achar. – Riu. – Na verdade mandei fazer.

Nos sentamos, Paulinha colocou a cesta na nossa frente, abrindo-a.

- Hummm, tem bolo de milho, pão, manteiga, iogurte, uva... – Foi tirando tudo e colocando sobre a toalha. Fui ajudando-a, organizando tudo.

Enquanto comíamos ficamos falando sobre as aulas, esse ano estava bem puxado, e as aulas para o vestibular iriam começar. Paulinha pensava em ser veterinária, cuidar dos seus animais, da sua fazenda. Ou então fazer administração, para tocar os negócios dos avós. Já eu tinha meu sonho de infância. Ser médica. O complicado era que para isso eu teria que me matar de estudar, já que minhas notas nunca foram tão grandiosas. Na verdade, eu teria que estudar triplicado, pois meus pais nunca pagariam 3 mil por mês, que é o custo dessa faculdade. Eu teria que tentar passar na federal. O que complica mais ainda a minha vida, pois só existe faculdade federal na capital, a 500 km daqui.

Sempre que tocávamos no assunto da capital, Paulinha se irritava, então esse era um assunto que deixamos guardado na gaveta.

Nesses 18 meses de namoro, nunca brigamos. Era como namorar a perfeição. As vezes discutíamos, Paula tinha ciúmes quando Lucas me ligava, mas nada que não pudéssemos contornar com beijos e declarações.

- Minhha vida, quer mais bolo? – Disse Paulinha, enxendo a boca.

- Não não. – Ri, das bochechinhas dela cheias.

- Amorrrr. – Me olhou com os olhos arregalados.

- Queeeee?- Disse assustada.

- Amanha...

- Amanha o que amor? – Perguntei confusa.

- 17 anos da Leka.

- Nossa... verdadeeeee... como pude esquecer? Essa mania de lembrar só de festas. – Ri.- Tava achando que era sábado.

- Não, é amanhã. Temos que fazer algo especial.

- Hum. – Pensei um pouco. – A gente podia apresentar alguém especial para ela.

- Mulher? – Paulinha riu safadamente.

- Acho que ela não vai querer não heim. – Mordi meu lábio, pensativa.