Fanfic: ♠ Talvez. (terminada)

Raiva, angustia, ciúmes.

Paula deve achar que está namorando uma Amélia, só pode.

Primeiro esquece de me contar que chamou suas amiguinhas para a festa da minha, vamos dar mais ênfase a MINHA melhor amiga, ai depois vem com a maior das caras lavadas dizer que sua ex está presente também? É o cúmulo.

Devo ter virado dois copos enormes de chopp em um segundo, pois até pelo meu nariz estava escorrendo Skol.

Recomposta, com a ajuda de Leka e um banheiro voltei graciosamente para a festa. De fundo via Paulinha, conversando com meninas da sala.

Tentei me controlar, respirei fundo por mais de 10 minutos, tudo em vão, quando descuidava me via xeretando a distância a mesa das meninas de fora, a mesa da ex de Paula.

Fiquei tentando adivinhar quem era a tal da Débora, entre as quatro meninas que estavam lá, sentada, rindo a toa, bebendo toda a cerveja da festa.

Haviam 3 morenas e uma loira. Pelo que eu conheço de Paula eu chutaria a loira, mas ela tinha uma cara tão boa, parecia ser tão amigável que logo conclui que não poderia ser a ex da minha namorada.

Paula às vezes passava por mim, me olhava nos olhos, fazendo meu coração tremer. Se eu não estivesse tão embravecida, aposto que já estaria lá, colada com a minha revoltada.

- Você tem certeza que vai ficar aqui, assim, com cara de velório? – Perguntou a aniversariante.

- Hum. – Pensei por um momento. – Na verdade não, você me acompanha? – Falei com o sorriso mais safado estampado no rosto.

- O que você vai fazer Michaella? – Temeu Leka, se pendurando em meu braço e me acompanhando, rumo à mesa das quengas, por mim, carinhosamente apelidadas.

- Oi. – Falei sorridente, olhando para todas as amiguinhas de Paula.

- Oi. – Falou uma das morenas, sorrindo também.

- Espero que estejam gostando da festa. Parecem um pouco deslocadas.

- Ah, obrigada querida. Não estamos deslocadas, apenas apreciando tudo de longe. – Me respondeu a loira.

- Como se chamam? – Perguntei inocentemente, ofuscando o verdadeiro motivo da pergunta.

- Eu sou a Renata, Renatinha na verdade. – Sorriu. – A loira é a Bianca, a de cabelo mais curto a Valéria e a dona da cerveja ali é a Débora. – Me sorriu. – E você?

Quis fuzilar a Débora com os olhos, ainda mais quando ela riu, debochada, abraçando a garrafa de cerveja.

- Sou a Micka. – Sorri enormemente. – E essa é a Leka, a dona da festa, mas isso vocês já sabem.

- Micka...- Renatinha ficou me olhando. – Micka da Paula?

Ergui minha sobrancelha, com um sorrisinho cretino nos lábios.

- Hum, Micka e mim mesma, mas sim, namorada da Paula. – Pisquei.

Nessa hora eu senti as chamas de ódio de Débora me queimarem.

- Prazer Micka... pedi pra Paulinha nos apresentar mas ela sumiu. – Renatinha, tentando apaziguar a minha apresentação.

- Pois é, também queria saber cadê ela. – Fingi procurar pelo salão. – Alá, conversando com umas amigas nossas.

Nessa hora meu olhar cruzou com de Paula, que virou bruscamente para onde estávamos e veio caminhando em nossas direções.

Na minha mente só passava a frase: “Cara***, vai dar muita merd*”.

- Mas então tá meninas, espero que estejam gostando da festa. Logo a banda começa. – Sorriu Leka, me puxando pelo braço, para sairmos de la.

- Ow Micka. – Uma voz ainda não ouvida me chamou. Me virei e vi que era Débora.

- Oi anjo. – Respondi cinicamente.

- Se eu fosse tu, não deixava a Paula sozinha por ai.

- Ah não? Porque? – Perguntei.

Nisso senti alguém chegando por trás de mim.

- Eai galera. – A voz de Paulinha. – Ei Renatinha, conheceu minha loira? – Sorriu, me dando um beijo no rosto.

- Sim Paulinha, ela é linda e muito simpática. – Falou Renatinha, mal sabendo quem eu era.

- Linda sim, simpática já nem tanto. – Brincou Paulinha. Percebi que Débora não tirava os olhos da minha namorada, o que estava me deixando irritada.

- Linda é a Paula. – Falou séria Débora, tomando um gole de sua bebida.

- É mesmo. – Respondi atravessada. – Mas me diz, por que não deveria deixar a Paula sozinha pela festa?

- Vai que roubam ela né? – Disse Débora, em ar de brincadeira.

- Roubam não... ela é completamente minha. – Sorri. – Licença meninas. – Me virei, puxando Paulinha pela blusa, que me seguiu em hesitar.