Fanfic: × thє killєr × d&u [Terminada]

Dulce olhou em volta, incerta, deu um passo para a frente, tinha que sair dali, aquilo era só mais uma das brincadeiras do Killer para assustá-la, tentou se tranqüilizar, mas era difícil, e então ouviu aquele chocalho, que já havia ouvido antes, e então lembrou-se das cobras. “Digamos que ali dentro tem novos e velhos amigos seus.” As cobras, os tubarões, tigres, tudo o que ele já havia usado para aterrorizá-la estava ali, todos os seus medos ali, aquele filho da puta, pensou irritada, como ele tinha coragem? Por que fazia isso com ela? Seus pensamentos foram interronpidos quando sentiu algo frio e aparentemente molhado encostar em suas pernas, olhando para baixo, viu uma cobra, enorme, verde e com a cabeça arredondada, o que a classificava como cobra não peçonhenta, mas isso não diminuiu o medo de Dulce, que em um ato não pensado saiu correndo pelo labirinto, virando a esquerda e terminando de se perder, mas então ouviu um rugido, deu dois passos para a frente, as pernas tremulas, virou e então viu um enorme e maravilhoso leão, ela arfou, ele estava preso por uma coleira de aço , e não estava muito feliz, a sua pata enorme se esticava tentando pega-la, Dulce deu três passos para trás, ela sabia que se ele quisesse soltar-se dali, ele conseguia, afinal, a coleira não era assim tão forte. Suas patas eram enormes e poderiam acabar com ela rapidinho, ela engolindo seco e desesperada tentou sair dali, mas a enorme uma dele passou raspando por sua blusa, rasgando-a , Dulce parou e olhou a blusa, pensando que aquilo poderia muito bem ser ela. Ela começou a rodar o labirinto, dando sempre passos incertos, atenta a qualquer coisa, qualquer som, andou por dois corredores e não viu nada, sorriu um pouco mais tranqüila, afinal, não estava tão ruim assim, só havia perdido uma blusa até agora, deu alguns passos incertos, dobrando a esquina e então reprimiu um grito de susto, uma onça, deitada, dormindo aparentemente, e parecia está solta, Dulce tremeu, observando a boca aberta do animal, os dentes enormes, respirou fundo, e com muito cuidado para não acordá-lo, virou a outra esquina e sumiu sem fazer barulho algum, distraída, não viu aonde ia e só sentiu seu corpo cair. Era um buraco profundo, Dulce havia caído sentada e machucado as mãos ao tentar segurar nas paredes,  não estava reconhecendo, alias estava desesperada por não conseguir levantar, suas pernas doíam muito e ela mal conseguia se mexer, alguma coisa tinha que ter ali, ela pensou desesperada. Esperou um tempo para se recuperar da queda, e nenhum bicho, nada apareceu. Levantou-se, um pouco mais calma, olhou por todos os lados, procurando um meio de sair dali, então colocou as mãos na parede, e tentou escalar, chegou até a metade do caminho, mas então escorregou caindo no chão, sua mão e seus joelhos ralaram na “parede”do buraco. O cheiro do sangue invadiu as narinas de Dulce. Ela tentou mais algumas vezes, e sempre caia, se machucando mais, sua saia havia rasgado, em diversos lugares, suas pernas ficavam a mostra sempre que ela andava, sua blusa também havia rasgado em dois lugares, sem contar que estava completamente suja de terra, e já se encontrava descalça, depois de muito tentar, ela não tinha noção do horário mais ficou cerca de uma hora e meia tentando sair daquele  buraco, e conseguiu com muito sacrifício, estava muito cansada, mal se agüentava em pé quando levantou se apoiando na parede do labirinto e respirando fundo, ela tinha certeza que ainda havia mais coisas pelo labirinto, andou mais um pouco, virou uma esquina e então viu uma mesa, com um a garrafa de água, e uma enorme placa escrito “um pouco de água, afinal não quero que você morra aqui”, Dulce pegou a garrafa e bebeu a água tão rápido que nem ela se reconheceu, ela sabia que a água estava ali estrategicamente, para ela pega-la assim que saísse do buraco, se ela saísse do buraco. Depois que bebeu a água, começou a andar pelo labirinto novamente, passou pelas cobras de novo e saiu quase correndo de lá, colocou uma das mãos na parede e foi andando devagar, virou algumas esquinas e não encontrou mais nada, andando distraída sentiu novamente o corpo cair, dessa vez na água, e decidiu que ia começar a olhar mais aonde pisava. Sentiu as feridas arderem por causa do cloro da mini piscina, e seu corpo ficou mais limpo depois disso, olhou em volta e percebeu que se estava na água, deveria haver algo ali, olhou em volta e viu uma gaiola, então se tocou do que poderia ser. Tubarões, Dulce se desesperou e saiu da piscina, com um pouco de dificuldade, bem a tempo, depois viu a movimentação na água e engoliu seco. As horas se passaram e Dulce não conseguia encontrar uma saída, estava acabada, já havia encontrado o leão umas dez vezes, ele já a tinha arranhado algumas vezes, caiu no buraco uma trinta vezes, e estava acabada por sempre tentar sair dali. Havia encontrado cobras, gorilas, tigres, caído na piscina de tubarões somente três vezes, e encontrado outro aquário com enguias, havia ficado presa em lugares, se machucado, sangrado, chorado, caído e torcido varias coisas durante o trajeto. Andou mais um pouco, virou uma esquina e encontrou novamente a onça, era a segunda vez que a encontrava, o crepúsculo pintava o céu, e a lua começava a aparecer, Dulce viu a onça de mexer e saiu dali o mais rápido que pode. As onças são animais noturnos?Tentou se lembrar desesperada enquanto corria, mal sabia Dulce que do outro lado do labirinto a onça se levantava, completamente solta, e saía em busca da sua caça. Dulce sentia que algo estava errado, até agora se sentia um pouco segura pelo fato dos animais estarem presos, mas agora tudo havia mudado, ouviu um som agudo, como um lamento silencioso, a onça, pensou desesperada, deveria está brigando com algum animal menor do que ela. Dulce corria pelo labirinto, as paredes pareciam se multiplicar a cada passo, em cima da sua cabeça, a lua brilha refletindo o sol, um vulto passou rápido, voltando-se também rápido ela tropeçou nas próprias pernas e caiu, o vulto se aproximou, estranhamente ela não sentiu medo, as mãos frias tocaram seu braço, ela sentiu os olhos pesados, o corpo mole, outra mão tocou-a no outro braço, ela deixou-se cair em um profundo sono, em seguida se viu em uma escuridão.