Fanfic: × thє killєr × d&u [Terminada]

- DROGA!

- O que foi?
Dulce perguntou, já havia percebido o péssimo humor dele hoje, havia dado algo errado com o plano do Brasil, ela percebeu com um pouco de inglês que ele falou no telefone, ele havia apertado mais do que o normal as cordas hoje.

- E eu pensando que iria demorar de receber outro aviso desses.

- O que foi?

- A policia está começando a pensar como você, Liebe.

Dulce franziu o cenho.

- Fui avisado que policiais foram a agencia de Nova York hoje, só não prenderam ninguém por falta de provas, mas fizeram perguntas, muitas perguntas.

- Mas por que você não tirou o endereço da internet?

- Eu tirei.

E xingou alto, em outra língua que ela reconheceu como alemão, de tanto que já ouvira, mas não conseguiu traduzir, o que, pensou ela, deveria ser bom, pois tinha certeza que ele não tinha falado nada muito bonito.

- Como eles acharam então?

- Alguém que tem a língua maior que a boca, e vai perdê-la assim que eu descobrir quem é.

Ele pegou o telefone e nem deixou ela falar mais nada, estava furioso e Dulce sabia que se falasse demais, e/ou se metesse demais, iria sobrar para ela, que com essa confusão tinha sido esquecida e seu corpo tinha tempo para descansar. Vendo-o falando no telefone, desesperado, tentando impedir a policia, foi que ela compreendeu a fraqueza dele, ele tinha medo de ser preso. Não sabia por que, mas ele tinha, e muito.

- Questo è tutto, e resi pronti.

Ele bateu o telefone e respirou fundo.

- Que língua era essa? Fiquei em dúvida entre italiano e espanhol.

Ele quase sorriu.

- Italiano, está melhorando com as línguas.

- É de tanto ouvir. Achou quem deu o endereço?

- Não, mas eles estão rondando a filial em Nova York, estão fechando o cerco a minha volta.

- E o que você vai fazer?

- Sair voando.

Ele disse, e por um minuto, ela pensou que ele falava realmente serio, mas então entendeu, ele iria achar um jeito de sabotar a policia e sair por cima, tinha certeza. Uma dúvida atravessou a mente de Dulce.

- Se acontecer alguma coisa com você, o Killer acaba?

- Não vai acontecer nada comigo.

- Eu não disse que ia.

Ela rebateu.

- Mas você não tem filhos – Ele lhe deu um olhar gelado- então quem assumiria o seu lugar?

- Não sei, mas sempre tem alguém que nasce para isso, por mais que tente negar como eu fiz, sempre tem alguém que nasce com o espírito Killer, ao ouvi as lendas, ele ou ela vai se encontrar.

- Pode ser mulher?

- Já tivemos Killer’s mulheres.

- Serio?

- Sim.

- Nossa, e eu achando que era uma profissão machista.

Ele chegou a sorrir dessa vez, mas o telefone tocou e o sorriso dele morreu nos lábios. Quando desligou, sua cara estava pior do que antes.

- O que foi?

- Estão tentando corta minhas asas!

- E agora?

- Chegou à hora de confronta o inimigo, cara a cara.

Dulce ficou chocada.

- Você vai se entregar?

- Eu não disse que a cara ia ser minha.

Dulce entendeu. Alguém iria mandar um recado do Killer para os policiais, e ela sabia que não iria ser algo muito gentil.  Dulce viu ele abrir um armário, um que ele nunca havia mexido na frente dela, e tirar uma pasta. Era um arquivo.

- O que é isso?

- Arquivo de pedidos. Quem contratou a empresa para matar quem, quando e o resto mais ai.

Ele disse tão distraído que ela duvidava que ele tivesse ouvido a resposta que ele mesmo havia dado. Dulce se desligou do mundo, um arquivo, ou seja, ali deveria ter o assassinato de sua família e quem contratou a empresa. E entendeu também que ele pretendia chantagear alguém. Ele falou no telefone e depois saiu da sala por um estante, Dulce não prestava mais atenção em nada, ela só queria pegar os arquivos e vê quem havia contratado o Killer para matar seus pais, ele voltou para a sala, e não aprecia feliz.

- O que foi?

- Vou te levar de volta para o quarto.

Disse isso e o fez. Dois minutos depois, Dulce estava trancada no quarto, de novo, pensando em como conseguiria olhar o arquivo, tinha que distrair o Killer, uma idéia iluminou sua mente, já sabia o exatamente o que fazer. Se trancou no armário, ela havia desenvolvido uma técnica de se trocar no armário que sempre dava certo e ela já havia se acostumado, mas ficou muito tempo no armário, sabia que ele seria avisado. Ouviu os passos e vozes do outro lado, depois mais passos e a porta se abrindo, na mesma hora, abriu a porta do guarda roupa, havia pegado um vestido seu e rasgado para que ficasse bem curto, descalça, sem maquiagem e cabelos soltos, ele parou segurando a porta aberta. Ela sorriu já em pé a sua frente.

- O que é isso?

Ele perguntou.

- Você anda muito nervoso. Eu resolvi te acalmar.

Ela disse com um sorriso sedutor e o puxou para um beijo, a porta bateu e eles se entregaram a luxuria no chão do quarto, e depois na cama. Dulce abriu os olhos, ainda sonolenta, olhou para o lado e ele ainda dormia, sorriu, pulou o corpo dele com cuidado e vestiu a blusa dele, foi até a porta e a abriu, não estava trancada, seu sorriso aumentou, foi até a sala, tentou abrir o arquivo, precisava de uma senha. Um pequeno teclado localizado ao lado do arquivo, quase invisível para alguém que olhasse de frente. Droga pensou, não havia prestado atenção e nem percebera ele digitando uma senha, se colocou a pensar. Depois de alguns minutos, algo iluminou sua mente.

- Não pode ser.                                                                                                                                                                 

Sussurrou e depois sorriu.

- Sim, pode ser afinal só eu sei a história, ninguém mais imaginaria isso.

Sorriu e digitou no pequeno teclado, P-E-D-R-O, a porta do arquivo se abriu como mágica. Ela puxou a primeira gaveta, e viu que estava organizado por ano, procurou 2008 entre as gavetas e depois à letra “S”. Achou o nome “Fernando Saviñón”, ela sabia que haveria o nome do caso e não do mandante, era óbvio. Então abriu e olhou as paginas que descreviam tudo, todo o pedido, e sentiu falta de ar, até que por fim, na última linha, havia o nome da pessoa. Seus olhos se arregalaram.

- Meu Deus.

O alarme soou, fazendo ela da um pulo, havia algo errado.